terça-feira, 26 de abril de 2011

Para combater a pirataria, editoras investem em livros personalizados

Para acabar com o xerox, obras são ''fatiadas'' e capítulos, vendidos de acordo com a demanda de universidades; economia estimada com o sistema é de 80%; biblioteca virtual universitária oferece, por meio de assinatura, acesso online a conteúdo didático

Rafael Moraes Moura - O Estado de S.Paulo

Se ler é o melhor remédio, a "leitura fatiada" é o melhor antídoto contra a pirataria da indústria de xerox. Com essa filosofia, editoras investem cada vez mais no mercado de livros customizados, que reúnem conteúdos selecionados de acordo com a demanda de cada instituição de ensino.

Funciona assim: em vez de comprar um exemplar que não será lido nunca do início ao fim, o estudante adquire apenas os capítulos que realmente lhe interessam, a um preço mais em conta e dentro da legalidade. O grupo universitário Estácio, que já entrega gratuitamente o material didático aos seus alunos, levou a ideia a um patamar adiante: vai oferecer os textos em tablets, também de graça.

"Para coibir a pirataria, você precisa oferecer alternativas viáveis e mais eficazes", diz Roger Trimer, diretor-editorial e de conteúdo da Pearson Brasil, empresa do gigante que reúne marcas como Longman, Prentice Hall e a editora Penguin. "O livro customizado surge como uma forma de otimizar o conteúdo. Em vez de um calhamaço de folhas reproduzidas de maneira ilegal, o estudante paga um preço mais justo e acessível por um livro fracionado, que vai acompanhá-lo pelo resto da vida."

Entre os clientes da Pearson, que faz livro customizado desde 2005, estão instituições como a Anhanguera Educacional e a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC). O volume de obras encomendadas cresceu 40% em 2010, quando comparado ao ano anterior. Outras empresas, como a editora Saraiva, também exploram o nicho.

Em tablets. A economia com o livro customizado pode chegar a 80%, calcula Trimer. Além da "leitura fatiada", a Pearson aposta na Biblioteca Virtual Universitária, por meio da qual as instituições fazem uma espécie de assinatura para liberar o conteúdo didático aos alunos na internet.

Mais de 1 milhão de universitários têm acesso à biblioteca online, conseguindo acessar os textos na web, sem baixá-los.

Na Estácio, 5,5 mil alunos vão ganhar tablets para a leitura dos textos - um software está sendo desenvolvido em parceria com a Associação Brasileira de Direitos Reprográficos (ABDR).

"Trocaremos o custo de impressão dos livros e da distribuição deles pelos Correios por um equipamento que só traz vantagens e promove a inclusão digital", comenta o diretor de marketing do grupo, Pedro Graça. Em comum, os tablets da Estácio e os livros customizados respeitam a legislação dos direitos autorais e livram os estudantes da compra de exemplares que não são aproveitados na totalidade.

Desde 2009, a Estácio entrega o material impresso aos matriculados - só no ano passado, pagou cerca de R$ 3 milhões em direitos autorais.

O objetivo agora é estender os tablets aos 210 mil alunos em cinco anos, o que deve gerar uma economia de 240 milhões de páginas no período. O investimento total para a implantação do novo modelo de ensino vai chegar a R$ 40 milhões.

Pirataria. A "pirataria" de livros faz o mercado editorial de obras técnicas, científicas e profissionais perder mais de R$ 1 bilhão por ano no País, de acordo com a ABDR. Todos os anos, seriam reproduzidas pelo menos 4 bilhões de cópias ilegais, apenas entre a população que cursa ensino superior.

A legislação nacional considera a cópia de xerox sem autorização expressa do autor ou de quem o represente uma violação com pena de dois a quatro anos de prisão e multa.

LINK

Dia Nacional do Combate à Hipertensão

Doença é principal causa de AVC e insuficiência cardíaca. Saiba mais sobre o mal
Estima-se que 20% da população brasileira adulta seja hipertensa. Além disso, o Ministério da Saúde estima que cerca de 15 milhões de hipertensos desconhecem que sofrem do mal. Com saúde não se brinca e, para alertar sobre o mal, foi criado o Dia Nacional de Combate à Hipertensão Arterial, celebrado neste dia 26 de abril. Em relatório, a Organização Mundial de Saúde prevê que, em 2015, teremos 10 milhões de mortes por doenças crônicas no país, como é o caso da pressão alta. Atualmente, considera-se que ela é a doença cardiovascular mais frequente, no país, especialmente entre idosos. Mas não são só eles que sofrem do mal. Gestantes e crianças também estão entre os pacientes que devem tomar cuidado com a pressão alta.
A hipertensão é o aumento da pressão sanguínea no sistema arterial e, além de ser a principal causa de Acidente Vascular Cerebral (AVC), está diretamente relacionada ao infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e à insuficiência cardíaca. Diabetes, sedentarismo, obesidade, estresse emocional, uso abusivo de sal e herança genética são os fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de hipertensão arterial. Existem dois tipos de hipertensão: a primária e a secundária. A primária está associada à hereditariedade e é mais comum. Já a hipertensão secundária surge por motivos específicos, como obesidade, gravidez, uso de drogas, álcool e sal em excesso entre outros fatores.
Em geral, as mulheres tornam-se hipertensas mais tardiamente que os homens: elas, a partir dos 50 anos; eles, a partir dos 40. O distúrbio afeta 10% das grávidas e pode levar ao parto antecipado e, sem tratamento, pode levar à morte. Além de dores de cabeça, cansaço, inchaço e palpitações, se não for tratada a tempo, o quadro pode se agravar, evoluindo para a eclampsia - principal causa de morte materna no país.
Entre os idosos e pequenos, o quadro também exige preocupação. Mais de 70% das pessoas acima de 70 anos têm hipertensão arterial. Estilo de vida e má alimentação levam 5% de crianças e adolescentes a precisarem de tratamento. No Rio de Janeiro, a hipertensão juvenil está em torno de 7%. Em Belo Horizonte e Florianópolis o índice é de 12%. Em Salvador, 4% das crianças e adolescentes têm hipertensão arterial.
A prevenção é o melhor remédio para não sofrer do mal. E não é assim tão complicado: hábitos saudáveis, não consumir álcool em excesso, perder peso e fazer atividades físicas regularmente são as regras para fugir da pressão alta. O perigo da hipertensão é que ela é "invisível", quando surgem os sintomas é sinal de que a doença já fez algum estrago no organismo. Nada de pânico! Ainda é possível reverter a situação e ficar de bem com a saúde. Basta querer!

domingo, 24 de abril de 2011

Viagem ao mundo da Páscoa

As tradições onde coelho não entra
por Marisa Antunes
Falar de Páscoa é, invariavelmente, falar de ovos de chocolate, coelhos, liturgias, procissões, almoços em família e cordeiro. Ou não. Um pouco por todo o mundo, esta época festiva é palco de tradições ligeiramente diferentes daquelas a que estamos habituados: entre ofertas de refeições aos que já partiram, sinos voadores, batalhas de ovos, cartas anónimas, halloween fora de tempo e “espancamento” de mulheres; o limite, por vezes, é a riqueza das lendas que as sustentam. Paralelamente às celebrações religiosas, existe um mundo rico em tradições: que ainda são o que eram.

Contrariamente ao que possamos ser levados a pensar, o coelho não é um símbolo universal e inquestionável da Páscoa. Estes simpáticos animais não têm lugar na simbologia francesa, alusiva a esta festividade: aqui, os símbolos fortes são o peixe - chamado “Poisson d'Avril” (Peixe de Abril) e o sino. De acordo com a tradição, durante a Sexta-feira Santa, todos os sinos de França voam até ao Vaticano, em Roma. Esses “sinos voadores” regressam a França na manhã do domingo de Páscoa, trazendo com eles chocolates e ovos. Essa é a razão pela qual os sinos das igrejas francesas se calam desde a Sexta-feira Santa até à manhã do domingo de Páscoa.

Vistos como uma praga, por destruírem as colheitas, os coelhos também não são bem-vindos na iconografia pascal australiana. Em 1991, uma campanha anti-coelhos, promoveu a sua substituição pelo Bilby, um marsupial em vias de extinção, que passou a ser um dos principais símbolos desta época.

Na Bulgária, a tradição manda que se coma o “Kolache” ou “Kozunak”, pequenos pães semelhantes ao panetone, especialmente decorados com ovos vermelhos - sempre em número ímpar - incrustados. Os pães e ovos, abençoados aquando das liturgias, são oferecidos aos amigos da família que, por sua vez, mostram o seu reconhecimento, retribuindo com dinheiro. Os ovos são partidos, após a missa da meia-noite ou nos dias seguintes, sendo que o primeiro ovo a ser comido deve ser partido na parede da igreja. Após o almoço de Páscoa, ocorre o “Partir da boa sorte”, o aguardado partir dos ovos, em que cada pessoa escolhe um ovo e bate com ele contra o dos outros: aquele que ficar com o seu ovo inteiro, por último, terá um ano de sorte.

Em Berna, na Suiça, esta tradição é apelidada de "Eiertütscha" e leva crianças e adultos a reunirem-se, no domingo de Páscoa, na praça Kornhausplatz, para a “disputa dos ovos”. Ganha o detentor do ovo mais resistente.

Nos EUA, um dia antes da Quarta-feira de Cinzas, ocorre o famoso Festival Mardi Gras - expressão francesa para designar a “Terça-feira Gorda” - e, um pouco por todos o lado, desfiles, festas e bandas de jazz dão o tom à festa. Por ser considerada uma data auspiciosa, pelos americanos, o dia de Páscoa é, normalmente, uma data fértil em casamentos.

O mesmo não acontece na Suécia, onde casar e realizar baptizados na Páscoa é considerado inapropriado. As tradições pascais suecas, tal como as de outros países escandinavos, têm cor e sabor a Halloween norte-americano. Na Quinta-feira Santa, ou na véspera da Páscoa, as crianças suecas disfarçam-se de bruxos e visitam, secretamente, os seus vizinhos, deixando um cartão decorado - a "carta de Páscoa" - e esperando receber, em troca, um doce ou dinheiro. Esta tradição também reúne adeptos na Dinamarca. Mas há mais: neste país, os ovos cozidos, depois de terem sido decorados, são literalmente atirados por uma colina abaixo: vence aquele que conseguir que o seu ovo chegue mais longe.

Entre a panóplia de tradições pascais existentes em Itália, a mais espectacular é o “Scoppio del Carro”, que há mais de 300 anos existe em Florença: uma estrutura é arrastada pela cidade, fazendo-se depois explodir num impressionante espectáculo de fogo-de-artifício.

Muitos são os pontos do mundo que complementam o cariz mais solene das celebrações pascais com música e danças. Em algumas zonas de Inglaterra, por exemplo, é comum dançar-se a Dança Morris, no Domingo de Páscoa, para espantar os espíritos do inverno.

No Canadá, país onde existe o maior ovo de Páscoa do mundo – com 8,5 metros e 1 tonelada de peso -, o Carnaval de Inverno do Quebec é um dos pontos altos das celebrações da época.

Na Alemanha, a festa cristã sobrepôs-se à que se dedicava a Ostara, deusa da primavera. Entre fogueiras e festivais, no sul festeja-se a tradicional “Alemannische Fasnet”: a quinta estação do ano, como é conhecido o período que começa em 11 de Novembro e termina na Quarta-feira de Cinzas. O clímax da extravagante festa é o período que começa na "Schmutziger Donnerstag" (Quinta-feira Suja) e que vai até a Quarta-feira de Cinzas. Na Segunda-feira de Carnaval realizam-se os grandes desfiles: as pessoas fantasiam-se e vão para as ruas espantar o Inverno. Em algumas regiões, enfeitam-se árvores com ovos coloridos, símbolo de renovação. Ao contrário do Brasil, por exemplo, na Alemanha a Páscoa coincide com o início da primavera, o que reforça a simbologia do renascer da natureza, da vida e da esperança.

Noutras paragens, as tradições de Páscoa são sinónimo de produções cénicas e, em alguns casos: ”pancada”. No México, por exemplo, ao meio dia do Domingo de Páscoa, os bonecos que representam Judas - o apóstolo que traiu Jesus - são espancados, enforcados e queimados. Em algumas cidades, dita a imaginação mais doce que Judas seja representado por uma piñata - um jarro cheio de doces - que as crianças devem tentar partir, para comer os doces.

Na República Checa, a partir da meia-noite do Domingo de Páscoa, e durante vinte e quatro horas, é legalmente permitido “bater” nas mulheres, com bastões de madeira - os pomlazka. Os bastões são enfeitados com fitas coloridas e, a cada “espancamento”, a “vítima” deve pendurar uma nova fita no bastão do seu “torturador”. Além da fita, os homens recebem ovos previamente pintados, chocolates, sanduíches ou um cálice de alguma bebida caseira. Caso pretendam repetir o cálice, basta que chicoteiem a perna direita da jovem e, de seguida, a esquerda. Diz-se que os rapazes tentam ser o mais gentis possível no manuseio das suas pomlazkas, embora também haja registros de jovens mulheres que sentem bastante dificuldade em sentar-se, no dia a seguir às festividades.

Em algumas regiões da Roménia, na segunda-feira após a Páscoa, os rapazes, carregando baldes de água, vão de casa em casa procurar raparigas solteiras: se estas estiverem a dormir, eles atiram-lhes água. Acredita-se que, com isto, as raparigas casarão em breve. Em troca, elas oferecem-lhes belos ovos decorados ou o bolo tradicional da época, o “Pasca”.

Esta tradição também tem seguidores na Polónia: manda o “Dyngus”, ou “Smingus Dyngus”, que os rapazes molhem as raparigas com perfume ou água perfumada, perpetuando o simbolismo de purificação, que está associado à data. As mulheres húngaras têm a mesma “sorte” na segunda-feira de Páscoa: são molhadas pelos rapazes com perfume ou água perfumada, retribuindo a “bênção” com um beijo e um ovo vermelho.

Mais sóbrias e contidas são as comemorações na China onde, durante o "Ching-Ming", uma festividade que ocorre na mesma época da Páscoa, são visitados os túmulos dos familiares e feitas oferendas, em forma de refeições e doces, para deixá-los satisfeitos com os seus descendentes.

No Médio Oriente, a cerimónia do lava-pés é um dos pontos altos das comemorações: na Quinta-feira Santa, os padres convidam mendigos a entrar, lavam-lhes os pés e oferecem-lhes presentes, para lembrar o acto de Jesus Cristo.

Depois de conhecermos algumas destas tradições, poderemos ser tentados a pensar que comemorar a Páscoa apenas com recurso a inofensivos ovos de chocolate e inexpressivos coelhos clonados, poderá ser, no mínimo, falta de imaginação.

Sobre a autora: Marisa Antunes apaixona-se por tudo e pelos nadas e passa a vida a sonhar acordada. Tem uma assumida tentação pelo abismo e pelas quedas livres - sem rede - e acredita que tudo é possível.

A Páscoa pelo mundo

A Páscoa é uma época cheia de tradições, que não ficam só nos ovos e no famoso coelho. É uma festa muito antiga. Embora seja comemorada pelos cristãos como a morte e ressurreição de Jesus Cristo, já existia muito antes de Cristo, na Antiguidade.
Para os judeus, a Páscoa (Pessach) lembra a fuga do povo judaico do Egito. E a festa remete também a rituais celtas em homenagem ao Sol. O ovo, presente em muitas das comemorações, era um símbolo da fertilidade para os egípcios.

Sinos que voam

Na Áustria, por exemplo, os sinos das igrejas não podem tocar entre a quinta-feira e a missa do domingo de Páscoa. Diz a lenda que os sinos voam até Roma nesse intervalo. No lugar dos sinos, coroinhas tocam uma espécie de chocalho de madeira enquanto entoam orações e cânticos, fazendo bastante barulho.
E, na França, adivinha quem traz os chocolates? Nada de coelho! São os mesmos sinos, que, na volta da viagem a Roma, distribuem doces para a alegria de todos.

Ovos, muitos doces e desfile de chapéus

Em muitos países, como Alemanha, Áustria e Suíça, há a tradição de pintar ovos cozidos. Ou então as cascas dos ovos são furadas e esvaziadas, e os ovos, depois de pintados, formam árvores e arranjos.
No Canadá, conta a editora Ann Elisabeth Samson, as brincadeiras de caça aos ovos envolvem bairros inteiros. "É um jeito divertido de os vizinhos se reunirem." Em outros lugares, assim como no Brasil, os pais escondem doces ou chocolates pela casa para as crianças procurarem.
Outra brincadeira tradicional na Austrália, nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha são as orelhas de coelho: as crianças usam gorros ou bonés enfeitados com orelhas. As crianças britânicas enfeitam os chapéus também com flores, já que a primavera está começando por lá.
E, nos EUA, "quanto maior o chapéu, melhor", conta Linda Murray, editora-chefe do BabyCenter local. Na tradicional parada de Páscoa de Nova York, dá para ver os chapéus mais malucos, enormes e cheios de enfeites (orelhas ou não!).

Coelho alternativo

O coelho é parte importante da festa em quase todos os países onde o BabyCenter está presente, mas com variações. Na Suécia, na Alemanha, na Áustria e na Suíça, o símbolo da Páscoa é mais precisamente a lebre, não o coelho.
Na Austrália, coelhos são vistos como uma praga, porque sua superpopulação está prejudicando o meio ambiente do país.
Por isso, há uma certa campanha para promover a símbolo da Páscoa o bilby, um marsupial em extinção, que até parece um coelho: tem orelhas compridas e o mesmo jeitinho, mas com o focinho mais afilado, como você pode ver na foto ao lado, cedida por Bruce Gayleard, da The Australian Bilby Appreciation Society.
Não é difícil encontrar na Austrália, por exemplo, um bilby de chocolate como o da foto.

Jejum e comilança

O chocolate, aliás, parece mesmo ser a comida mais importante da Páscoa em todo lugar -- até em países de maioria muçulmana, como a Malásia. Ele aparece em forma de ovos e coelhos, mas também em formatos mais criativos. "Na Catalunha, há grandes esculturas de chocolate, em forma de castelos ou de navios piratas", afirma Isidra Mencos, editora do BabyCenter en Español.
O jejum dá o tom mais religioso do período que antecede a Páscoa. No México, os chocolates e o coelho da Páscoa só fazem parte da rotina das classes mais altas, mas o respeito ao princípio de não comer carne na Sexta-Feira Santa é respeitado pela maioria das famílias -- e não vale só para a sexta antes da Páscoa: é seguido em todas as sextas-feiras da Quaresma, ou seja, depois da Quarta-Feira de Cinzas.
Se a carne fica fora do cardápio, os doces estão sempre lá. Em países de língua inglesa, como Grã-Bretanha e Austrália, são tradicionais os bolos com frutas secas, à moda da colomba pascal, mas que formam uma cruz, simbolizando a crucificação (especiais para a Sexta-Feira Santa).
Na Irlanda e na Inglaterra, o bolo tradicional de Páscoa é feito desde a Idade Média, com frutas secas e 11 bolas de marzipã em cima, representando os 12 apóstolos, menos Judas. Na França, o "Gâteau de Pâques" é um bolo assado em formato de cordeiro.
Como é primavera nos países do Hemisfério Norte, os piqueniques são comuns para celebrar a Páscoa. Ou então a reunião familiar e entre vizinhos acontece em torno de fogueiras: "Costuma ser o primeiro churrasco do ano depois do inverno", conta Cordula Zastera, do BabyCenter Alemanha.

Halloween fora de hora

Se no Brasil temos a bagunça do Sábado de Aleluia e a tradição de malhar o Judas, na Suécia as crianças se vestem de bruxas e bruxos -- vassoura, chapéus, cachecol, bochechas vermelhas e sardas falsas. "É um pouco como o Halloween", diz Carina Westling, do BabyCenter Suécia.
Nas Filipinas, há uma procissão que marca o encontro de Jesus com a mãe depois da Ressurreição. Os homens seguem atrás de uma imagem de Cristo, e as mulheres, da imagem da Virgem Maria, coberta por um pano negro. As duas fileiras se encontram, e menininhas vestidas de anjo retiram o véu preto de tristeza. A partir daí, o clima é de alegria.
Na Índia, a Quaresma é vista como uma época de sacrifícios, nos muitos lares cristãos do país. As famílias economizam durante todo esse período, pondo algum dinheiro numa caixa de oferendas em casa, e depois, na Páscoa, doam o dinheiro à igreja local, a orfanatos ou entidades beneficentes.

Inspire-se nas brincadeiras

Veja aqui algumas brincadeiras com o tema da Páscoa:
Caça aos ovos: Há a versão simples, esconder os ovos de chocolate pela casa para as crianças acharem, e a mais elaborada, com dicas do coelho em "pistas" que vão levando a outros lugares, e até patinhas de coelho feitas com talco ou farinha branca. Se seu filho é pequeno e você está preocupada em dar muito chocolate, uma sugestão é fazer embrulhinhos com dois ou três confeitos de chocolate cada e espalhar pela casa.
Corrida dos ovos: Crianças se alinham e têm de correr e empurrar um ovo cozido com um taco ou outro objeto adaptado (vassourinhas infantis, por exemplo) até a linha de chegada. Essa brincadeira é tradicional na Casa Branca, a sede do governo dos Estados Unidos, onde há todo ano uma festa de Páscoa.
Zwänzgerle (ovos e moedas): Depois de esvaziar os ovos e pintar as cascas, as crianças suíças desafiam os adultos a quebrá-los lançando moedas. Sempre que eles erram, a moeda fica para as crianças. Se acertarem e quebrarem o ovo, ficam com a moeda.
Batalha de ovos: Duas crianças ficam de frente uma para a outra, segurando cada uma um ovo cozido (e pintado). Uma bate a pontinha do ovo na pontinha do ovo da outra. Quem conseguir quebrar o ovo da outra e ficar com seu ovo intacto ganha. O jogo é tradicional na Alemanha e na Áustria.

Indianos choram a morte do reverenciado guru Sai Baba

Depois da notícia da morte de Sathya Sai Baba ser divulgada, milhares de indianos foram ao hospital para dar seu último adeus ao famoso guia espiritual

O guia espiritual indiano Sai Baba, um dos gurus mais conhecidos da Índia, morreu na manhã deste domingo em um hospital de Puttaparthi, no sudeste do país, informou o centro médico.

"Sai Baba já não está entre nós fisicamente. Respirou pela última vez às 07h40 e morreu por parada cardiorrespiratória", informou em um comunicado o Instituto Superior de Ciências Médicas de Puttaparthi, localizado no Estado de Andhra Pradesh. "Seu corpo será exposto durante dois dias, na segunda e terça-feira, para que seja reverenciado", completou a nota.

Sai Baba, 85 anos, estava hospitalizado havia mais de três semanas em estado crítico em sua cidade natal devido a problemas cardíacos, pulmonares e renais.

Depois de a notícia ser divulgada, milhares de indianos foram ao hospital para dar seu último adeus ao famoso guia espiritual. A polícia teve de colocar barreiras para conter as massas, e pediu tranquilidade aos cidadãos depois de ter sido anunciada a morte do guru.

Devotos do guia deslocaram-se para Puttaparthi nas últimas semanas para realizar orações especiais, que pediam um milagre para que Sai Baba se recuperasse.

O guru tinha milhões de seguidores no mundo todo, que lhe atribuíam poderes sobrenaturais, como fazer objetos aparecerem ou curar doenças em fase terminal.

LINK

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Economia Criativa: saindo do século XIX e entrando no século XXI

Por Lala Deheinzelin

Eis aqui uma notícia que deveria estar em manchete nos jornais, trazida por Wang Xingquan, da Shanghai Academy of Social Sciences: neste ano, e como conseqüência da crise financeira, a Economia Criativa passou a ser a estratégia número 1 de desenvolvimento da China! Sábia decisão: por se tratar de economia baseada em recursos que não apenas não se esgotam, mas se renovam e multiplicam com o uso, a Economia Criativa é uma das únicas soluções possíveis para um futuro sustentável. Afinal, os recursos naturais são finitos, mas cultura, conhecimento e criatividade são recursos infinitos (ainda mais se aliados aos infinitos bits das novas tecnologias).

Enquanto isso, por aqui, nota-se que a Economia Criativa começa a estar na pauta de candidatos e governos, o que me deixa feliz, já que sou pioneira do tema no Brasil. Pena que avance tão pouco e que ainda seguimos modelos importados que não se aplicam ao nosso cenário. Seguem algumas sugestões de estratégias na esfera pública para que a Economia Criativa cumpra seu papel como motor de desenvolvimento sustentável.

Convergência: Planejamento e gestão devem ser feitos de forma integrada, unindo várias pastas, como Planejamento, Ciência e Tecnologia, Relações Interiores, Cultura e outros. Para isso são necessários instrumentos de governança, instâncias de tomada de decisão e gestão como Agência de Desenvolvimento, ou Agência de Sustentabilidade que “orquestram” a ação integrada (e tem um plano de longo prazo e técnico, que não pode ser mudado com novos governos).

Para nos orientarmos necessitamos duas coordenadas que se cruzam e nos localizam. Seguem alguns pares interessantes.

Visão sistêmica: hardware + software: Considerar não apenas a parte “hardware” (estrutural, recursos materiais, tangível, ecossistema ambiental) mas principalmente a parte “software” (processos, recursos humanos, intangível, ecossistema sócio cultural). Exemplo: os processos de restauro e revitalização geralmente contemplam apenas o estrutural, as obras arquitetônicas. E tendem a fracassar pois não tem o “software”: a parte humana, os processos ligados à educação, geração de conteúdo e de renda, mudança de mentalidade. Neste sentido, são assustadoras as perspectivas em relação ao que está sendo pensado para Copa do Mundo e Olimpíadas – “hardwares” caríssimos que tendem a deixar pouco além de enormes dívidas.

Setorial + territorial: tradicionalmente a Economia Criativa é organizada e fomentada em setores (audiovisual, moda, artes plásticas etc). Problema 1: está cada vez mais claro que a chave está no local, no território, é aí onde o desenvolvimento pode acontecer. Problema 2: o futuro está na economia de nicho, onde muitos e diversos produzem para muitos e diversos. Ocorre que o “blend” que diferencia e gera valor de cada criativo, coletivo, empresa ou município é uma mistura de setores. Problema 3: o futuro não é setorial, pois os limites entre as linguagens e área serão cada vez mais difusos. Problema 4: metade dos municípios do Brasil tem até 10.000 habitantes, fica difícil pensar em estratégias setoriais quando a escala é pequena.

Produção + circulação/promoção: as políticas geralmente dão apoio a produtos (e não a processos) ou seja à produção. Mas o maior investimento deveria ser feito nos pontos de gargalo de todas as áreas da Economia Criativa: circulação (ser distribuído) e promoção (ser visível e desejado). Garantir a circulação e visibilidade resulta em produção (vide o caso do Circuito Fora do Eixo).

Transdisciplinar, multifuncional: Esse é o conceito que deveria orientar tanto a formação de novos profissionais pois precisaremos muito de profissionais “modem” que dominem várias disciplinas, conectando linguagens e áreas diferentes, quanto a criação de espaços públicos, que devem ser pequenos, adaptáveis, multifuncionais o que permite otimizar recursos, espaço e tempo.

Formular política que atenda a estes quesitos é possível e já foi feito. Por exemplo aquela criada por Célio Turino: os Pontos de Cultura/Programa Cultura Viva, um dos conceitos mais em sintonia com o futuro que conheço e que espero que tenha continuidade.

Agora resta aos nossos líderes não perder o bonde da história, o que acontecerá se continuarmos com políticas e economia ainda com cara de “milagre brasileiro”, anos 70, indústria de commodities…

Vamos avançar para o século XXI?

[Fonte: Mercado Ético. Publicado em 19/01/2011]

terça-feira, 19 de abril de 2011

Com a Palavra o Escritor recebe Mãe Stella de Oxóssi

A Fundação Casa de Jorge Amado recebe, no dia 27 de abril, quarta-feira, às 17h, a ialorixá e escritora Mãe Stella de Oxóssi, no projeto Com a Palavra o Escritor. Em sua primeira edição de 2011, o projeto anual, que neste ano completa 17 anos, busca proporcionar um espaço de aproximação entre o público o trabalho da autora e sacerdotisa, estimulando o intercâmbio de ideias e experiências.

Antes de comentar sua trajetória como escritora e responder perguntas, Mãe Stella será apresentada por Yeda Castro, etnolingüista, Doutora em Línguas Africanas pela Universidade Nacional do Zaire, Consultora Técnica em Línguas Africanas do Museu da Língua Portuguesa e membro da Academia de Letras da Bahia.

Maria Stella de Azevedo Santos, conhecida como Mãe Stella de Oxóssi, Iya Odé Kayode, é respeitada por suas idéias no país e no exterior, sendo uma referência em termos de diálogo inter-cultural e inter-religioso. Com cinco obras publicadas – “Daí Nasceu o Encanto” (em co-autoria), “Meu Tempo é Agora”, “Oxóssi – O Caçador de Alegrias”, “Òwe – Provérbios” e “Epé Laiyé – Terra Viva”, Stella foi a primeira ialorixá a escrever livros e artigos sobre sua religião. Mãe Stella viajou várias vezes para a África, visando aprofundar os conhecimentos sobre a cultura iorubá (que é, basicamente, oral), e conseguiu transformá-la em uma herança escrita. Isto possibilitou uma maior divulgação dos cultos africanos e da religião dos orixás, em todo o país. Tem proferido palestras e participado de seminários em diferentes partes do Brasil e do mundo. Atualmente, tem uma coluna fixa no jornal A Tarde (Bahia).

Em 2001, ganhou o Prêmio Estadão, na condição de fomentadora de cultura; em 2005, recebeu o título de Doutor Honoris Causa da Universidade Federal da Bahia (UNEB). É detentora das comendas Maria Quitéria (Prefeitura do Salvador), da Ordem do Cavaleiro (Governo da Bahia) e comenda do Mérito Cultural (Presidência da República). Na Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), contra o racismo e a intolerância, ocorrida em Durban, em agosto de 2001, ela foi uma das mais fortes lideranças brasileiras.

O Com a Palavra o Escritor, há 17 anos, promove o encontro entre autores e público através de depoimentos informais. No evento, escritores de ficção e poesia, críticos, historiadores e tradutores já tiveram ocasião de partilhar sua experiência pessoal sobre a aventura de publicar um livro. Em 2011, o projeto receberá, entre outros, Raimundo Gadelha, responsável pela editora Escrituras, Alexandre Bonafim (MG) e Janaína Amado.

LINK

O merecimento de cada um

Por Teruo Yamada
Por vários anos ouvia frases do tipo: Ah!!! para ter tudo isso você precisa ser merecedor!
Ah!!! para ter muitas coisas na vida você precisa ser merecedor!
E todas elas me acompanharam até hoje tendo a certeza que a você também.
O que mais impressionava é que existia um poder de barganha por trás, você tinha que ser alguém ou realizar algo para ser merecedor.
Nunca nos sentimos merecedores por apenas "sermos", havia sempre uma troca, uma barganha, precisaríamos ser bons, caridosos, inteligentes, cultos para merecer algo.
Nunca nos demos conta que sempre fomos merecedores de absolutamente tudo, fomos enganados!!! é verdade!!! fomos enganados, por religiões, por nossos pais, por nossos professores, por nossos amigos, fomos enganados pelo mundo. Deixamos de ser o que éramos para nos sentir merecedores, tivemos que as vezes deixar de ser nós mesmos para sermos merecedores dos outros, da amizade, da atenção, da relação de alguém por alguém.
Fomos postos em prateleiras com preços à vista de todos.
Aquele ali você pode levar, mas tem que merecer.
Isto tudo estava embutido até na mais inocente época: o natal, isso mesmo, você só ganhava presentes do Papai Noel se fosse merecedor, tinha que se matar de estudar, tinha que se matar para ser educado.
Mas que coisa é essa que tudo o que temos somos obrigados a abrir mão de algo para sermos merecedores, quem inventou isso? de onde tiraram esse absurdo? de onde tiraram esse poder de barganha?
Será que pelo menos uma vez na vida não podemos nos sentir merecedores de qualquer coisa sem ter que abrir mão de outra?
Será que nosso censo de amor próprio está tão baixo assim que nos sentimos merecedores de algo se formos abrir mão de nossa felicidade, abrir mão de nossa alegria e mesmo assim quando recebemos o que queríamos invariavelmente nos sentimos frustrados e tristes, conseguimos nos sentir até incapazes de vivenciar a alegria tão prometida pela culpa embutida?
Hoje cheguei à conclusão que se temos tudo o que temos é porque somos merecedores por nós mesmos, nós podemos e devemos nos sentir merecedores de toda a alegria, de toda a beleza, de toda a riqueza, de toda a prosperidade do mundo.
Temos tudo porque "somos", nós "existimos" e a partir daí é que podemos e devemos chegar à grande conclusão que se "somos" e "existimos" já somos merecedores de absolutamente tudo o que o universo nos dá gratuitamente.
O Universo abundante nos dá sempre, merecendo ou não quem se sente é você e não os outros que vão ditar se você é ou não merecedor.
Quem dita as regras é você, quem sabe de você é você mesmo e mais ninguém.
Portanto não deixe que alguém dite a você aquilo que você é ou poderá ser.
Merecimento não é barganha, não é troca.
Merecimento é você quem faz por suas próprias mãos.
--
TERUO YAMADA
TAROLOGO E TERAPEUTA ENERGETICO
PHONE: +55-11-8399-0009
FACEBOOK: TERUO YAMADA
SKYPE: TERUO YAMADA

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Chinês de 80 anos coloca as pernas em volta do pescoço; você consegue?

O corpo de um aposentado de 80 anos é tão flexível que ele é capaz de colocar as pernas em volta do pescoço. Chen Daorong, de Zhangzhou, na província de Fujian, ao sul da China, nunca recebeu qualquer formação profissional, mas começou a praticar em casa há 12 anos por problemas na região lombar.
"Tinha esse transtorno crônico nas vértebras lombares, e nenhum tratamento, como acupuntura, massagem ou medicação foi eficaz. A dor às vezes me deixava sem sono à noite", explicou o chinês ao "Orange News".
Chen teve a ideia de praticar exercícios de flexibilidade após assistir a um show acrobático. "Foi um número em que vários acrobatas podiam dobrar o corpo de modo flexível e apresentar formas diferentes, então pensei em tentar para aliviar as dores", contou.
Ele começou com posturas fáceis e números para esticar os músculos e tendões. Agora, o chinês pode se sentar em uma cadeira e colocar as pernas em volta do pescoço, ou pode dormir usando o pé como um travesseiro.
Chen, que se levanta às 5h, pratica seus exercícios por uma hora. Depois, à tarde, sai para uma corrida de dois quilômetros ou caminha por 20 km.
"Só queria, originalmente, tratar minha doença e nunca esperei me tornar um contorcionista. Agora eu me sinto tão saudável e cheio de energia que posso viver até os 100 anos", finalizou

domingo, 17 de abril de 2011

Sua caixa de mensagens vive lotada?

Reflita sobre como ter tempo no dia-a-dia, priorizando as tarefas

"Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já têm a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos" - Fernando Pessoa

Ouvimos e falamos o tempo todo. Tempo é dinheiro. Não tenho tempo. Meu dia precisava ter 48 horas. Onde vou arrumar tempo? "Tempo, tempo, tempo, tempo", como no estribilho da canção de Caetano Velloso, Oração ao Tempo. E aí ficamos atordoados, preocupados e não tratamos a nossa melhor unidade, o tempo, como deve ser tratada. Não lhe damos carinho, só reclamações. Não lhe damos descanso, só trabalho. Não lhe damos consideração, só atropelamos. Não lhe perdoamos de nada, somos implacáveis. E que tal começar a ver o tempo na sua real dimensão? Valorizá-lo, não barganhar. Só trocar quando for absolutamente necessário.

Quando eu era criança, o melhor quadrinho para mim era aquele em que o SuperHomem, com a sua super-velocidade, corria ao redor da Terra, dando a volta ao contrário, para fazer o tempo retroagir. Como eu gostava de imaginar que isso fosse verdade, sobretudo no dia após feriado... Queria continuar sem fazer nada, a não ser ler o que quisesse, brincar até me aborrecer. E ainda por cima, à noite, em minha casa, feriado era como domingo. Não tinha jantar, tinha lanche.

E lá vinha o horrível dia seguinte: arroz, feijão, legume, hora de tomar banho, de ir à escola, de "corre, você está atrasada para o ballet". Ou para o piano, ou para a declamação, ou para qualquer coisa que era sempre obrigação. Jamais estive atrasada para ver televisão, brincar, ler, comer pizza ou dormir à tarde.

Foi essa relação plantada na infância de todos nós: o tempo era dedicado só ao que devia ser feito, ao prazer e a diversão era o que sobrava. Hoje, adultos, ficou em nós a eterna e culpada sensação que falta tempo. Priorizamos as obrigações que só fazem crescer com a idade e o correr das mudanças do ciclo de vida. Casamos e aí vem o tempo a se dedicar ao companheiro. E também aos filhos, as atualizações que o trabalho exige, aos parentes idosos, aos amigos da vida inteira... E ao esforço diário de cuidar da manutenção.

Livre-se da caixa de e-mails lotada

O dilema é permanente. Começamos o dia com uma enorme caixa de entrada de emails que só parece crescer. O que escolhemos para responder ou ver: a oferta da compra coletiva, o convite da festa do amiguinho, o orçamento que o seu gestor pede pra ontem, mandar um cartão de agradecimento? E lá vem mais: marcar médico, cortar o cabelo que está um pavor, a sua mãe pediu para não deixar de ligar para sua madrinha. E a reunião que foi desmarcada? É de enlouquecer! E o tempo que se perde no trânsito?

Como fazemos para conviver com o tempo, esse senhor implacável? Primeiramente tratando-o muitíssimo bem. Dando-lhe importância. E vamos começar eliminando, por meio do planejamento de nossas ações, aquilo que pode ser eliminado. Que tal, ao invés de despejar o armário toda manhã, escolher a roupa de véspera? E evitar ver email que não lhe interessa, abrindo uma pasta para aquela colega de colégio desocupada que só lhe manda spam e textos longos? As mensagens ficam na pasta, longe da sua visão e longe de você gastar tempo abrindo.

Dizer que tempo é prioridade não é o que espelha o nosso dia-a-dia. Pense em sua vida como um grande show. As prioridades são a hora de entrar no palco, o momento de se arrumar para show, a vez de descansar depois do espetáculo e colher o sucesso. Então, faça como os grandes produtores e artistas: calcule seu tempo, troque coisas, enquanto a orquestra ensaia, troque de roupa. Enquanto fazem o acerto de luz, ensaie. Pense que tudo é bom quando é pensado com antecedência. Isso é tratar o seu tempo com carinho.

Faça como disse Caetano. Diga que ele é lindo. O deus tempo vai lhe retribuir.

"Por seres tão inventivo

E pareceres contínuo

Tempo tempo tempo tempo

És um dos deuses mais lindos

Tempo tempo tempo tempo"

"Oração ao Tempo", Caetano Veloso.

terça-feira, 12 de abril de 2011

CEAFRO LANÇA DOCUMENTÁRIO SOBRE DRAMATURGIA NEGRA ARGENTINA

CEAFRO LANÇA DOCUMENTÁRIO DE CARLOS PRONZATO SOBRE DRAMATURGIA NEGRA ARGENTINA, DIA14/4, ÀS 18H30 EM SUA SEDE
O CEAFRO, programa do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia (UFBa), lança na próxima 5ª feira, dia 14 de abril, às 18h30, o documentário Comédia Negra de Buenos Aires – Teatro afro-argentino, dirigido pelo cineasta e poeta argentino, radicado em Salvador, Carlos Pronzato. O filme dá visibilidade a facetas do processo de exclusão racial dos negros/as argentinos/as, a partir de depoimento de Carmen Platero, que, junto sua irmã Susana, criou a Comédia Negra, na década de 80.
O lançamento acontecerá no auditório Milton Santos, na sede do CEAO/CEAFRO, na Praça Inocêncio Galvão, Largo Dois de Julho. Após a exibição do documentário haverá uma mesa de debate que contará com a presença de Carlos Pronzato, do diretor e ator de teatro e coordenador do Coletivo de Atores Negros Abdias do Nascimento (CAN), Angelo Flávio, e da atriz e diretora teatral Fernanda Júlia. Carmen e Susana Platero são netas do primeiro escrivão negro do país, Tomás Bráulio Platero e elegeram o teatro como espaço capaz de denunciar o racismo na Argentina e de promoção da inclusão da história e cultura negras naquela sociedade. Carmen relata ao antropólogo Alejandro Frigério a história da Comédia Negra, suas conquistas e embates.
O documentário, com 37 minutos de duração, permite algumas comparações, decorrentes do processo de negação do povo negro na diáspora. Enquanto no Brasil se ‘criou’ o mito da democracia racial, na Argentina, difundiu-se a idéia de que lá não existem mais negros/ as. Na verdade, o povo negro argentino sofreu vários processos de genocídio, tendo sido os principais escolhidos a lutar pelo país nas várias guerras latinas e, assim, tornaram- se os primeiros desaparecidos do país, representando hoje, algo em torno de, apenas, 7% da população. Há poucos meses a população negra argentina realizou o seu 1º congresso nacional. Cópias do documentário serão vendidas no dia do lançamento por R$15,00. Mais informações, favor contatar com: Carlos Pronzato: Tel.: (71) 9214. 4402

segunda-feira, 11 de abril de 2011

O que é a UAB?

A Universidade Aberta do Brasil é um sistema integrado por universidades públicas que oferece cursos de nível superior por meio do uso da metodologia da educação a distância. O público em geral é atendido, mas os professores que atuam na educação básica têm prioridade de formação, seguidos dos dirigentes, gestores e trabalhadores em educação básica dos estados, municípios e do Distrito Federal.
O Sistema UAB foi instituído pelo Decreto 5.800, de 8 de junho de 2006, para "o desenvolvimento da modalidade de educação a distância, com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior no País". Fomenta a modalidade de educação a distância nas instituições públicas de ensino superior, bem como apóia pesquisas em metodologias inovadoras de ensino superior respaldadas em tecnologias de informação e comunicação. Além disso, incentiva a colaboração entre a União e os entes federativos e estimula a criação de centros de formação permanentes por meio dos polos de apoio presencial em localidades estratégicas.
O Sistema UAB propicia a articulação, a interação e a efetivação de iniciativas que estimulam a parceria dos três níveis governamentais (federal, estadual e municipal) com as universidades públicas e demais organizações interessadas, enquanto viabiliza mecanismos alternativos para o fomento, a implantação e a execução de cursos de graduação e pós-graduação de forma consorciada. Ao plantar a semente da universidade pública de qualidade em locais distantes e isolados, incentiva o desenvolvimento de municípios com baixos IDH e IDEB. Desse modo, funciona como um eficaz instrumento para a universalização do acesso ao ensino superior e para a requalificação do professor em outras disciplinas, fortalecendo a escola no interior do Brasil, minimizando a concentração de oferta de cursos de graduação nos grandes centros urbanos e evitando o fluxo migratório para as grandes cidades.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Dez criativas campanhas pela preservação das águas

Preserve o mundo (e a si mesmo)

Para ilustrar a campanha que tinha como frase "Preserve o mundo. Preserve-se.", a WWF apostou na foto de uma cachoeira que parece com o rosto de uma pessoa.

Literalmente nas suas mãos

O mundo está literalmente nas nossas mãos nesta campanha da WWF.

Poluindo milhões de litros

Uma única lata de tinta é capaz de poluir milhões de litros de água. Para passar esta informação, a WWF 'sujou' o rio de uma cidade em campanha.

Feito pelos homens

Plantas marinhas cinematográficas são vistas por mergulhadores nesta campanha da WWF. Com a frase "O futuro é feito pelo homem", a ONG quis mostrar que a vida subaquática está ameaçada com a poluição das águas do mar.

Tubarão de moedas

A campanha de doação para a WWF diz que as pessoas podem salvar o planeta com poucas moedas. Para demonstrar isso, a ONG 'construiu' um tubarão de moedas.

Animais de brinquedo

Dando continuidade à campanha "O futuro é feito pelo homem", apenas tartarugas de brinquedo aparecem em uma praia pela noite. A vida marinha é mais uma vez o alvo desta mensagem.

Onde fica a sua casa?

O planeta é a casa de todos nós, e para reforçar esta ideia a WWF colocou ursos polares caminhando em um deserto árido e rodeado por indústrias. Neste cartaz, a evolução tecnológica sobrepôs a preocupação com a natureza.

Cidade debaixo d'água

Por causa do aquecimento global, a cidade mostrada nesta campanha da WWF aparece debaixo d'água depois do derretimento das geleiras. O texto diz: "Aquecimento global está mudando as temperaturas do planeta rapidamente. Geleiras estão derretendo, o nível dos oceanos está subindo, a natureza está em revolta. Aja agora, economize energia e trate o planeta com respeito, ou viveremos em um mundo de águas".

Tarzan sem floresta

A preservação das florestas está diretamente ligada à da água e a de outros recursos naturais. É por isso que, na campanha acima, um personagem parecido com o Tarzan é surpreendido pela falta de árvores e está prestes a cair no chão.

Ainda há alternativas

Greenpeace apostou no uso do transporte público como forma de reduzir as emissões de gases poluentes e preservar a água e a natureza toda por tabela. Entre as alternativas apresentadas, aparecem andar de bicicleta para o trabalho, usar transporte público, dar uma carona para seus colegas de trabalho ou se preparar para uma situação devastadora em um futuro não tão distante.

domingo, 3 de abril de 2011

Só no Japão: fotógrafa gata lança ensaio sensual em 3D para 3DS

Depois que o Nintendo 3DS foi lançado, a fabricante do aparelho tem se esforçado em lançar conteúdos - principalmente vídeos em 3D - para o aparelho.
Bom, um clipe da banda OK Go é bacana, mas uma fotógrafa japonesa antenada com as novas tecnologias resolveu lançar algo mais interessante: o primeiro álbum de fotos em 3D para o portátil.
O nome dela é Ai Amano, que também é modelo e artista gráfica. Ela é conhecida do público geek pela coletânea de fotos chamada Hardware Girls, que combina garotas de pouca roupa e equipamentos eletrônicos, incluindo aí videogames.
Na ensaio - gratuito, disponível neste link - para Nintendo 3DS, Amano explora mais uma vez sua veia gamer, fazendo cosplay de personagens de diversos jogos, além de se deixar fotografar de biquíni. Por isso fica o aviso: algumas imagens são sensuais.
Ai Amano fez o primeiro ensaio sensual para o Nintendo 3DS (esta é uma das comportadas)