quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Morre o antropólogo baiano Vivaldo da Costa Lima

Natural de Feira de Santana-Bahia, Vivaldo da Costa Lima era odontólogo por formação, mas pouco exerceu a atividade.
Apaixonado pela influência africana na formação da cultura da Bahia, ele passou a se dedicar às pesquisas sobre o tema. Foi um dos fundadores do Centro de Estudos Afro-Orientais (Ceao) da Universidade Federal da Bahia (Ufba) e assumiu a titularidade como professor de antropologia da instituição em 1966, depois de participar de estudos em universidades da Nigéria e de Gana.
Na década de 1970, exerceu o cargo de diretor-geral do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), tendo como foco ações de revitalização do Pelourinho. Profundo conhecedor da gastronomia afro-brasileira, nos últimos anos desenvolvia estudos sobre antropologia na alimentação, que planejava publicar.
Autor de obras fundamentais na área, como "A Família de Santo nos Candomblés Jejes-Nagôs da Bahia" (1977), considerado um dos mais importantes estudiosos da cultura afro-brasileira, o antropólogo Vivaldo da Costa Lima, de 85 anos, morreu ontem, dia 21, na Fundação Baiana de Cardiologia, em Salvador-BA, onde estava internado.
O antropólogo foi sepultado no fim da tarde de 22 de setembro de 2010, no Cemitério do Campo Santo, em Salvador.
"Imagino quantos Candomblés farão soar seus atabaques esta noite e pelos próximos dias", disse Juca Ferreira, Ministro da Cultura, em nota de pesar divulgada na tarde do dia 21.