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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Arte: Abstração II

Kandinsky e a primeira aquarela abstrata em 1910

Teria Kandinsky em 1910 consciência plena do que significava o título que deu a este seu trabalho? Seja como for não foi por acaso que chegou a esta pintura emblemática. Sabia que a fidelidade ao real colidia com a fidelidade aos sentimentos que pretendia expressar. Esta foi, de resto, uma demanda de muitos artistas, sobretudo dos expressionistas, que desembocou nos muitos caminhos de que é feita a Arte Moderna. No caso de Kandinsky, Malevitch, Mondrian, etc. o caminho levou à abstração total.

Não desdenhando a arte meramente figurativa ou representativa, tenho um particular apreço pela arte abstrata, tendo consciência de que vivo num tempo em que já nos é possível apreciar a arte pela arte. Acho fundamental - até como ato pedagógico e cultural - que se consiga olhar para uma pintura, uma escultura, uma instalação, etc. e dizer pura e simplesmente: gosto ou não gosto. Este tipo de apreciação é produzida não pela consciência plena mas pela sugestão, o que até há menos de 100 anos era conseguido apenas pela Música ou pela Poesia.

Considero, por isso, a arte abstrata uma espécie de maioridade alcançada após um longo caminho iniciado pelos operários da Corporação dos Pintores há um bom par de séculos quando acharam que não valia a pena imitar o Mundo e sim criar cada um o seu próprio mundo: o das emoções.

FONTE: OBVIOUS

Arte: Abstração I

Lichtenstein e seu Caminho da Abstração
São relativamente conhecidos os percursos pictóricos dos primeiros abstracionistas há cerca de 100 anos atrás: Mondrian com as suas árvores progressivamente simplificadas; Kandinsky com o abandono da figuração em benefício da expressão da cor. Por esta altura, muitos outros notáveis trilharam caminhos idênticos e as suas obras são também emblemáticas, como Picasso ou Klee. Menos conhecidas são as experiências bem mais recentes de Roy Lichtenstein neste domínio, ele que foi um dos ícones da figuração pop. Admiremos a evolução deste simples desenho de um touro e percebamos porque Lichtenstein foi um dos mais dotados e sutis praticantes da Pop Art.
FONTE: OBVIOUS