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terça-feira, 9 de junho de 2009

Meio Ambiente

Telhados Brancos

O pesquisador Akbari Hashem, do Lawrence Berkley National Laboratory, dos Estados Unidos, afirmou em recente estudo, que pintar os telhados de branco pode ajudar a combater o aquecimento global, diminuindo a temperatura das ilhas de calor nos grandes centros urbanos, vez que enquanto as coberturas escuras absorvem 80% do calor externo, as claras refletem até 90% da luz solar.

O fato é que se nada for feito para reverter o quadro de emissões de gases de efeito estufa, o custo do aquecimento global para a economia mundial hoje de US$ 125 bilhões por ano – maior que o Produto Interno Bruto de 73% dos países do mundo – poderá aumentar para US$ 340 bilhões em 2030, sendo esta naturalmente, a razão maior para se buscar soluções a médio prazo para amenizar o problema, sejam elas curiosas e estranhas no primeiro momento, como a sugestão dos telhados “verdes” e agora dos “brancos”.

A segunda idéia tem mais chances porque já ganhou a simpatia do “guru do clima” do governo Obama, o Secretário de Energia Steven Chu, que empolgado, está sugerindo que pintemos o mundo de branco.

Com base no estudo de Akbari, o Nobel Steven acredita que ao refletirem os raios solares de volta para o espaço, os telhados, calçamentos e estradas, pintados de branco, podem gerar uma economia equivalente a tirar de circulação todos os carros do mundo por onze anos, diminuindo também o uso do ar condicionado nas edificações, já que um telhado branco de 100 m2 compensa cerca de 10 toneladas de gás carbônico, o equivalente à emissão anual de uma típica casa residencial seja americana ou européia.

A solução terá um efeito ainda maior se incluirmos nessa “caiação” geral os imóveis inteiros, como já se faz na costa do Mediterrâneo há séculos.

Com base no estudo de Akbari, Steven quer ainda que - a exemplo da Califórnia onde já existe uma lei que exige que os prédios comerciais tenham o telhado branco - as comunidades, autoridades e famílias usem mais materiais refletores em eventuais manutenções e reparos, defendendo até mesmo grandes campos de culturas agrícolas que brilham à luz do sol, como soja, cevada, trigo, etc.

Sem mencionar o quanto seria emitido de CO2 para produzir e aplicar tinta branca em todas as edificações do mundo, Akbari e Steven querem que os Estados Unidos passem das palavras às ações, para que países grandes emissores de CO2 – como a China - sigam-lhe o exemplo.

Polêmicas e resultados práticos à parte, a idéia é muito interessante para fortalecer o turismo da cidade onde nasci, Salvador no estado da Bahia, Brasil, América do Sul, onde sob influência de um forte misticismo, a maioria das pessoas se veste de branco à sextas feiras e na segunda quinta feira de cada ano, acompanhando as baianas em trajes típicos, um milhão de fiéis sobe a colina sagrada para lavar com água de cheiro, as escadarias da Igreja de Nosso Senhor do Bomfim.

Publicado em arquitectura por carmosa em 9 jun 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Meio Ambiente

Telhados Verdes

Já bastante populares em países escandinavos, os "telhados verdes" com uma longa história também na Alemanha, aos poucos estão conquistando adeptos na América Latina, a exemplo do Mexico, onde a implantação de jardins nos telhados das edificações têm despertado interesse e aceitação.

Além do México, onde o governo estuda a criação de leis que regulamentam a “naturação” em grande escala" “os telhados verdes” começam a surgir também na Bolívia e em Cuba, onde pesquisadores buscam soluções para as condições tropicais que lhe são inerentes, em espaços urbanos densamente habitados.

Na Universidade Humboldt de Berlim, com financiamento da União Européia, foi criada uma rede de cooperação entre instituições acadêmicas envolvendo pesquisadores de universidades da Alemanha, Brasil, Espanha, Grécia, Bolívia, Cuba, México e Equador. voltada para a pesquisa sobre o melhor tipo de vegetação a ser utilizado em cada "telhado verde" onde através de experimentos práticos os especialistas dessas universidades trocam informações constantes.

A idéia é transformar os "telhados verdes" em pequenos pulmões das grandes cidades criando corredores que facilitem a circulação atmosférica, melhore o microclima, reduza o consumo de energia, provoque um decréscimo no uso do ar condicionado em regiões quentes e isolem o frio em regiões com invernos rigorosos, já que sob um telhado coberto de vegetação, as baixas temperaturas demoram mais para chegar aos espaços internos, um problema de pouca importância para o Brasil, mas essencial para países europeus e regiões montanhosas do México e Bolívia.

Outro aspecto interessante é que nas regiões de chuva intensa, as áreas naturadas podem reter de 15% a 70% do volume de águas pluviais, prevenindo a ocorrência de enchentes. Estudos demonstram que para uma cobertura verde leve de 100m2, cerca de 1400 litros de água de chuva deixam de ser enviados para a rede pública. Multiplique este valor pela soma de todas as coberturas de uma grande cidade e veja a contribuição para a redução desse problema.

Os telhados verdes reduzem também os efeitos danosos dos raios ultravioletas, os extremos de temperatura e os efeitos do vento, vez que nesses telhados.a temperatura não passa de 25º C contra 60º C dos telhados convencionais.

Em termos de custos os dos telhados verdes variam entre 80 e 150 dólares o m2, ou seja de um terço à metade do custo das estruturas convencionais. Existem dois tipos de telhados verdes: os intensivos basicamente parques elevados que conseguem sustentar arbustos, árvores, passagens, bancos, etc., e os extensivos que são criados por seus benefícios ambientais mas não funcionam como jardins de cobertura acessíveis.

O telhado verde mais famoso dos EUA é o do City Hall de Chicago que reúne sistemas intensivos, extensivos e intermediários e os mais antigos e conhecidos do mundo são os famosos Jardins Suspensos da Babilônia.

Publicado em arquitectura por carmosa em 5 jun 2009 01:00 PM