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sábado, 23 de maio de 2009

ESPECIAL MÊS DAS MÃES!!

http://www.personare.com.br/revista/materia/154/como-deixar-a-culpa-de-lado

para deixar a culpa de lado?

Dicas para lidar com cobranças internas por ficar longe dos filhos

A vida é feita de escolhas que, por sua vez, são frutos de necessidades ou desejos. Não é possível ter todas as coisas ao mesmo tempo, mas é possível vivenciá-las uma por vez, com entrega genuína, se soubermos praticar a dedicação. Quando estamos fazendo algo pensando em outra coisa não existe dedicação. Dessa forma, dificilmente sentimos aquela tarefa como plenamente realizada, fica sempre a sensação de que "eu poderia ter feito melhor". A culpa é a grande vilã na consciência de todos nós. Mas, em relação às mulheres, as culpas que dizem respeito ao seu desempenho como mães são verdadeiros fantasmas.

Em primeiro lugar, creio que seja necessário desmistificar a questão da maternidade. A mulher não se torna deusa nem santa porque teve um filho. Não adquire poderes especiais, não passa a ter força redobrada, seu tempo não se multiplica. O que ocorre é que nossa cultura cultua a maternidade de forma tal, que exige das mães resultados perto do impossível de serem atingidos. A obrigação de sermos seres irrepreensíveis é que nos remete à culpa, e essa é uma cobrança interna... e eterna.

Ora, se até as mães que se dedicam integralmente aos filhos são assaltadas pelo abominável sentimento de culpa, mais recorrente ainda são as que se vêem divididas entre a vida profissional e a deliciosa tarefa da maternidade. Cada fase da vida de um filho exige diferentes cuidados. Mas a realidade se impõe e as mães não têm todo o tempo disponível e tampouco estão emocionalmente prontas para lidar com todas as situações..

Ao colocar seus bebês no berçário, na "escolinha" ou deixá-los com babás ou avós porque precisam trabalhar, o primeiro pensamento que vem à mente das mães é: "Coitadinho... vai ficar longe, vai estranhar...", e imediatamente se culpam. Pior ainda que a culpa, é o medo de que seu bebê passe a amar mais a "tia" ou a avó, ou que esqueça a mamãe porque vai passar o dia longe dela.

Imaginar que as crianças não estejam preparadas para lidar com a ausência física de suas mães é subestimar a capacidade delas de adaptação. É preciso compreender que os vínculos de afeto entre mãe e filho se estabelecem quase que instantaneamente. O instinto de proteção da mãe e de sobrevivência do filho logo que o bebê nasce é um dos fatores que estimula o afeto, o amor maternal e filial e este dificilmente se perderá. Minha experiência profissional me mostrou que o que verdadeiramente importa é que a criança se sinta amada, respeitada, reconhecida. Que conheça limites saudáveis para sua boa formação. O que vale é que essas mães se envolvam, se interessem, busquem o contato físico, conversem, brinquem com os filhos - tudo com o pensamento no momento presente.

Não existe uma cartilha a ser seguida e de nada adianta fazer uma lista de atividades para ser "ticada" no final do dia se o envolvimento emocional não acontecer. O maior equívoco que muitas mães cometem é imaginar que podem compensar sua ausência física sendo permissivas demais, ou seja, quando estão com os filhos "tudo pode". Elas pensam: "Já fico o dia todo fora e quando estamos juntos vou negar o que ele pede?" Ou criam o hábito de levar pequenos presentes ou doces ao voltar para casa, imaginando assim que estão se redimindo junto aos filhos e se livrando da culpa pela ausência. O que elas não percebem é que estão criando um código de afeto falso. A criança não reconhece como afeto, mas usará como arma quando lhe for conveniente: "Você não trouxe o doce? Então não gosta de mim...". É um condicionamento inútil, que só serve para comprar a consciência da mãe. Isso não quer dizer que não se possa presentear fora de hora, mas fazer disso uma regra tem consequências negativas no futuro.

Não é preciso haver conflito entre carreira e maternidade, é possível ser mãe e profissional desde que as mulheres aceitem com prazer e consciência sua realidade. Fazer sempre o seu melhor em cada momento e com dedicação tem um efeito tranquilizador.

Para refletir:
  • Seu filho é um indivíduo, separado de você, que reconhece em você a fonte de afeto necessário para o desenvolvimento seguro dele.
  • Colocar limites nas crianças é colaborar para sua formação. Permitir tudo sem limites afasta a criança da realidade do mundo, onde ele vai ouvir muitos "nãos".
  • Afeto não se barganha e não é substituível por presentes.
  • Não confunda "preocupação" com "controle". 90% das coisas com as quais nos preocupamos não passam de desejo de controlar. Portanto, quando estiver trabalhando, confie nas instruções que deu a seu filho e esqueça o telefone.
  • Quando estiver com seu filho, entregue-se. Interesse-se por seu dia, ouça com atenção o que ele tem a lhe dizer, confira a agenda da escola, enfim, dedique seu melhor quando estiverem juntos.
  • Seu filho precisa ter vida própria, desatrelado de você. Estar atento é uma coisa, ficar "grudado" é outra.
Se a culpa atormentar você, apenas se pergunte:
  • Estou fazendo meu melhor?
  • Minha realidade permite que eu faça de outra forma?
  • Meu filho está suprido no que eu entendo por amor e atenção?

Não esqueça que por mais que façamos, sempre fazemos o melhor sob o nosso ponto de vista. Nem sempre o nosso melhor é o melhor para os filhos. Mas não temos como saber e eles também não, pois terão essa percepção só depois de adultos. Com isso quero dizer que a clássica pergunta "Onde foi que eu errei?" não faz o menor sentido. Não há erro, mas diferenças de perspectivas. Muita conversa pode ir ajustando a relação de vocês com o passar do tempo.

NÃO HÁ CULPA EM:
Querer realizar-se profissionalmente.
Precisar trabalhar para complementar a renda da família ou mesmo para sustentá-la.
Levar a vida com leveza, de acordo com o que lhe é possível realizar.
Colocar limites saudáveis em seu filho, isso é amor.
Não poder oferecer tudo o que ele quer. Ofereça sua dedicação enquanto estão juntos.
Ter alguém de confiança com quem você possa deixá-lo enquanto trabalha ou mandá-lo para a escolinha, isso apenas faz parte da realidade de vocês.
Não ter o pai presente. Você não pode se responsabilizar por escolhas que não são suas.
Querer se divertir sem a companhia dele. Você também tem vida própria e deve confiar em seu bom senso.
PARA CONTINUAR REFLETINDO SOBRE O TEMA
Livro Educar sem culpa, de Tânia Zagury. Editora Record - Veja mais em http://www.taniazagury.com.br/livros

quarta-feira, 6 de maio de 2009

MÊS DAS MÃES!!

Quais os desafios da maternidade?

Fonte: PERSONARE

Ser mãe é um desafio diário. Seja qual for a idade dos filhos, há sempre alguma situação em que não se sabe qual a melhor forma de agir. Porque como diz aquela expressão popular, "filho não tem manual de instruções". Embora as mães conheçam seus filhos como ninguém, muitas vezes gostariam de recorrer à ajuda de profissionais para confirmar qual o melhor caminho a seguir.

Consultamos algumas mães para descobrir quais os desafios que estão vivendo atualmente. E contamos com a ajuda dos psicólogos Melissa Mell e Rodrigo Garcez e da psicoterapeuta Célia Lima, colaboradores da Revista Personare, para orientá-las. Confira a seguir.

Crianças até 4 anos
  • Limites

"Como saber se estou acertando?", perguntou Carla, mãe de uma menina de 2 anos. Ela revelou que tem dúvidas a respeito dos limites e quer evitar que a filha pense que pode ganhar tudo no grito. Por outro lado, chamar atenção toda hora pode reprimir a criança?

A psicoterapeuta Célia Lima esclarece que a primeira coisa que as mães devem ter em mente é que não vão acertar sempre. Ela sugere que Carla não tenha medo de "contrariar" sua filha, mas que converse, explique suas razões. E que não diga "não" se tiver certeza de que vai dizer "sim" caso ela insista. "Aos poucos sua menina compreenderá que precisará de bons argumentos para conseguir o que deseja, sem ser através da agressividade ou da manha. Tenha paciência", explica a psicóloga.

  • Paciência

Paciência é o que também deseja Ana Cristina, mãe de uma menina de 1 ano e 5 meses. Professora, ela pretende dar mais qualidade ao tempo que passa com sua filha. "Um dos fatores que eu mais me cobro é a questão de ter paciência, já que passo o meu dia exercitando isso com o filho dos outros", confessa. Célia Lima recomenda que Ana Cristina tente separar bem a vida pessoal e profissional. "Ao sair do trabalho, saia mesmo! Dedique-se à sua pequena, vocês duas são um universo particular que não tem nada a ver com seu trabalho. Respire fundo e recomece sempre que sentir que a paciência lhe falta. Uma fórmula floral composta por Impatiens, Aloe Vera, Olive, Pine e Elm pode lhe ajudar a encontrar calma", recomenda Célia.

  • Dormir sozinho

Para Fernanda, mãe de um menino de quatro anos, o desafio é fazê-lo dormir sozinho em seu quarto. A aromaterapeuta e psicóloga Melissa Mell indica que Fernanda use um difusor elétrico (do tipo que se pluga à tomada) no quarto dele e coloque 7 gotas de óleo de lavanda alguns minutos antes dele ir para a cama. O óleo de lavanda possui propriedades relaxantes muito fortes. Além disso, combate a insônia, irritabilidade e o medo. "Não é à toa que utilizam tanto o "cheirinho de lavanda" em produtos infantis", explica Melissa.

A partir de 8 anos
  • Livros x internet

Uma dúvida compartilhada por muitas mães de crianças e adolescentes é como estimular os estudos e o interesse pela leitura nos filhos hoje tão ligados em internet. Chantal vive isso com sua filha de 11 anos e pergunta: "Como despertar essas potencialidades"?. Célia Lima sugere que sejam feitos acordos: "Colocar limites no número de horas na internet é fundamental, mas deixe que ela se responsabilize pela escolha do período que deseja estar conectada. Pode ser depois de finalizar a lição, por exemplo. Quanto ao interesse por leitura, é importante que desde pequenas as crianças percebam a importância e despertem o gosto pela informação e pelos livros, e isso depende do exemplo dos pais. Uma dica é ler o mesmo livro que sua filha e propor que conversem sobre as impressões que tiveram" .

Outra sugestão para a questão levantada por Chantal é usar óleos essenciais para potencializar a capacidade de concentração. Segundo Melissa Mell, o óleo de limão melhora a capacidade de concentração e combate o cansaço mental, por isso é muito bom para momentos de leitura e estudos em geral.

  • Ansiedade

A aromaterapia também pode ser uma aliada para Adriana, que deseja lidar melhor com a ansiedade de suas filhas de 8 e 10 anos. Ela conta que as meninas sentem necessidade de antecipar assuntos e informações que deveriam ser abordadas mais para frente, como sexo, por exemplo. Melissa indica o óleo de laranja, que é calmante e reduz a preocupação. Basta colocar 7 gotas do óleo no difusor elétrico e deixá-lo nos quartos das crianças.

  • Sexo

E quando realmente chega a hora de conversar sobre sexo, como agir? Assim como Adriana, Simone também tem uma filha de 10 anos, que acompanha a novela "Malhação". Como o programa mostra cenas de sexo, ela quer saber como abordar o tema de forma que sua filha sinta segurança em lhe perguntar as suas curiosidades. O psicólogo e terapeuta reichiano Rodrigo Garcez explica que o mais importante é tratar o assunto com naturalidade. "Não se antecipe levando informações que sua filha talvez não esteja preparada para receber. Assista ao programa com ela quando tiver oportunidade. Conforme ela lhe trouxer dúvidas, vá esclarecendo-as. Lembre-se sempre de utilizar uma linguagem acessível. A educação sexual vinda de casa é um grande passo para fomentar o diálogo sincero entre pais e filhos", completa Rodrigo.

E para você, qual o principal desafio da maternidade? Os especialistas da Revista Personare prepararam artigos sobre diversos temas ligados ao cotidiano das atuais e futuras mamães. Confira outros textos do Especial Dia das Mães e veja se você se identifica com algum:

http://www.personare.com.br/revista/materia/147/quais-os-desafios-da-maternidade