sexta-feira, 30 de abril de 2010
ISE Ratinan Thaijareorn pintando poltronas!!
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Bahia sedia 2º encontro regional do Procultura
Carina Teixeira - Cultura&Mercado
Salvador vai sediar mais uma etapa de discussões para propostas, sugestões e moções ao Projeto de Lei nº 6.722/2010, que cria o Programa Nacional de Fomento e Incentivo à Cultura (Procultura). O debate será conduzido pelo ministro da Cultura, Juca Ferreira, durante reunião pública a ser realizada nesta sexta-feira, 30 de abril, a partir das 10h, no Teatro Castro Alves (Praça Dois de Julho, Campo Grande).
Dentre as principais mudanças na Lei Federal de Incentivo à Cultura estão a renovação do Fundo Nacional de Cultura (FNC), reforçado e dividido em nove fundos setoriais; a diversificação dos mecanismos de financiamento; o estabelecimento de critérios objetivos e transparentes para a avaliação das iniciativas que buscam apoio financeiro; o aprofundamento da parceria entre Estado e sociedade civil para a melhor destinação dos recursos públicos; e o estímulo à cooperação federativa, com repasses a fundos estaduais e municipais.
O debate em Salvador será o segundo encontro regional sobre o PL que está em tramitação no Congresso Nacional. A primeira reunião pública para discutir o Procultura ocorreu em São Paulo, na última segunda-feira, dia 26. Participaram o secretário executivo do Ministério da Cultura, Alfredo Manevy, e os deputados Ângelo Vanhoni e Alice Portugal, respectivamente presidente da Comissão de Educação e Cultura (CEC) e relatora da matéria.
Com apoio do MinC e agendamento feito pela CEC da Câmara dos Deputados, serão promovidos mais cinco encontros regionais – Curitiba, 3 de maio; Porto Alegre, 4 de maio; Belém, 7 de maio; Recife e Rio de Janeiro, 10 de maio – e uma audiência pública em Brasília, no dia 13 de maio. A programação completa, com horários e locais, será divulgada nos próximos dias. Mais informações pelo telefone (61) 2024-2407, na Comunicação Social do MinC. Para conferir a íntegra do projeto, clique aqui.
* Com informações do MinC
Sobre "Carina Teixeira " http://www.ctcomunicacoes.com.br Jornalista e sócia da empresa CT Comunicações. |
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quarta-feira, 28 de abril de 2010
Reunião pública do PROCULTURA x MINC em Salvador
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Entrevista: Leonardo Brant - especialista na área de políticas culturais
sábado, 24 de abril de 2010
"É como tirar tinta e tela de pintores"
Hidrate Seus Cabelos em Casa
Diariamente recebo vários e-mails pedindo dicas de como hidratar cabelos ressecados por tinturas, alisamentos, luzes, mechas, enfim todos esses procedimentos que ressecam e danificam nossos cabelos. Os pedidos foram tantos que acabei resolvendo postar sobre o assunto e para começar selecionei algumas hidratações caseiras, já que elas além de darem um resultado muito bom, ainda são econômicas, né?
- Meio abacate
- 1 gema de ovo sem pele
- 1 colher de mel de abelha
- 1 ampola de arovit
Separe o cabelo em mechas de meio palmo, cada, e aplique a mistura do comprimento para as pontas, massageando o cabelo em movimentos repetitivos (conte até 40). Coloque uma touca ou enrole a cabeça com papel alumínio e deixe a hidratação agir por 30 minutos. Retire a hidratação lavando normalmente o cabelo.
- Duas folhas de babosa
Corte a babosa ao meio e retire o extrato, bata no liquidificador ou amasse com garfo e passe no cabelo, que deve estar separado em mechas de meio palmo. Massageie do comprimento para as pontas repetidamente, depois de ter aplicado a babosa em todo cabelo coloque a touca ou enrole a cabeça com papel alumínio e deixe agir por 30 minutos. Retire a hidratação lavando normalmente o cabelo.
- 2 bananas
- 2 colheres de mel
- 1 copo de Iogurte
Misture tudo e aplique no cabelo, separando-o em mechas. A massagem deve seguir o mesmo padrão das hidratações anteriores, pois ela é tão importante quanto a própria hidratação. Deixe agir por 30 minutos usando uma touca ou papel alumínio. Retire a hidratação lavando normalmente o cabelo.
Você conhece mais hidratações caseiras? Compartilhe nos nossos comentários.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Cultura e Convergência
Para a entidade, hoje, a parte de promover a proteção dos direitos autorais é a mais importante da data. Tanto é que a Unesco lançou ontem o Observatório Mundial para combater “pirataria”.
Então vamos agregar mais opiniões, argumentos e fatos na discussão. Coloco na sequência, um artigo pontual, muito bem escrito de Paula Tupinambá, com colaboração de Ana Carolina Amorim para o Jornal do Brasil. “Não será através de mecanismos restritivos de uso de obras intelectuais, que atingem em cheio direitos do consumidor, que essa indústria vai querer ressarcir-se dos prejuízos que vem enfrentando devido à (r)evolução trazida pelo advento da internet.”
Os direitos autorais na era da internet
A lógica econômica promovida pela internet deixou de facilitar a escassez de bens e serviços culturais passando a incentivar seu compartilhamento.
O custo de duplicação do artefato cultural através da rede mundial de computadores, com o auxílio das novas tecnologias, tornou-se praticamente nulo, possibilitando um reproduções de forma indiscriminada No entanto, a indústria encontrou, através de diferentes formas de restrições tecnológicas (denominadas DRM Digital Rights Management e TPM Technology Protection Measures), mecanismos para retirar do consumidor o direito de decidir o que fazer com os conteúdos digitais por ele adquiridos.
Esse controle acaba se dando através de diferentes formas, mas especialmente através da “interoperabilidade”, isto é, quando um bem ou serviço adquirido de um determinado estabelecimento ou empresa é compatível apenas com bens ou serviços vendidos por aquela mesma empresa ou estabelecimento.
Esse cenário, além de atingir o campo do direito antitruste e do direito econômico, afeta diretamente a esfera do direito do consumidor, já que cerceia o acesso de consumidores a bens e serviços.
Sob a perspectiva de que a natureza da internet e das novas tecnologias seria justamente a difusão da informação e do conhecimento, de forma barata e sem barreiras a todos, tais formas de controle pela indústria do entretenimento estão em dissonância com a função social do direito e com o Código de Defesa do Consumidor. As formas de restrições tecnológicas utilizadas pela indústria seriam, portanto, um mecanismo de controle abusivo.
Tais medidas “protetivas” também acabam limitando o direito do consumidor de utilizar o produto ou serviço adquirido.
Faz-se necessária uma ponderação dos dois interesses protegidos pelas leis especiais, o direito do autor em fruir moral e economicamente de suas obras (Lei 9.610/98), e o direito do consumidor de aproveitar da melhor forma os bens e serviços adquiridos (Lei 8.078/90).
Certamente que o momento é o de criação de uma nova realidade jurídica e social, tempo de reflexão por parte de juristas, legisladores e sociedade civil na composição e construção das normas, usos e costumes que irão regular essa nova sociedade de comunicação e consumo digital.
Não deve haver, por parte dos formadores de opinião e de jurisprudência, uma corrida que vise apagar incêndio no meio do furacão. Há que se refletir, observar, experimentar e inovar. Soluções novas para novas realidades.
Se a realidade da economia cultural atual se baseia, cada vez mais, em bens não fungíveis e consequentemente, não competitivos, com custo de produção mais baixo, a indústria do entretenimento precisa se convencer de que os tempos mudaram.
Nesse novo processo de criação cultural digital, os intermediários tiveram seus lucros reduzidos, já que, em muitos dos casos, se tornaram prescindíveis. Acreditem que a indústria milionária, à custa da criatividade dos autores e da voracidade dos consumidores (de cultura), está deixando de ser tão milionária, num paradoxo em que a sociedade se enriquece cada vez mais de cultura e informação.
Não será através de mecanismos restritivos de uso de obras intelectuais, que atingem em cheio direitos do consumidor, que essa indústria vai querer ressarcir-se dos prejuízos que vem enfrentando devido à (r)evolução trazida pelo advento da internet.
Nesse sentido, a via judiciária é ferramenta de extrema importância na composição desse novo cenário, seja através dos pleitos dos advogados, que devem provocar e questionar os abusos dos mais fortes, seja através dos julgados dos magistrados a quem tais questões serão submetidas, que devem não só julgar à exemplo do que se passou, mas criar subterfúgios que irão alicerçar a construção de uma nova realidade jurídica.
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Lembrando que vai acontecer, entre entre 26 e 29 de abril, o Simpósio Internacional de Políticas Públicas para Acervos Digitais, a ser realizado em São Paulo, que pretende discutir tecnologias, modelos, limites e ideais de como isso deve ser feito serão discutidos por especialistas e profissionais nacionais e internacionais. Haverá transmissão pela internet, no endereço: http://www.acervosdigitais.blog.br/.
Há muito mais do que iPads, Alice no país das maravílhas 3D e pirataria, para ser discutido sobre o livro na era da cultura digital.
Sobre "Luana Schabib " http://quemteve.blogspot.com Repórter. Trabalhou por um tempo na Revista Caros Amigos, hoje escreve releases de livros. Gosta de gente, de rua e de música. www.twitter.com/quemteve |
Funarte lança 34 editais para premiar mil artistas
R$ 56 milhões para as artes
Com investimento total de R$ 56,8 milhões, a Funarte e o Ministério da Cultura acabam de lançar 34 editais de fomento às áreas de teatro, dança, circo, artes visuais, fotografia, música, literatura, cultura popular e arte digital. Serão concedidos mil prêmios e bolsas de até R$ 260 mil, para projetos de produção, formação de público, pesquisa, residências artísticas, apoio a festivais e produção crítica sobre arte.
Foram lançadas as novas edições dos prêmios Myriam Muniz (teatro), Klauss Vianna (dança) e Carequinha (circo) e da Rede Nacional Artes Visuais – que estão entre as principais políticas públicas para as artes no Brasil. O apoio à literatura, à criação em música erudita e à circulação de música popular também está mantido. Além disso, muitas inovações garantem espaço para novos formatos e novas interações estéticas no país.
Pela primeira vez, a Funarte lança editais para seleção de festivais. Há também prêmios para artes cênicas na rua e o apoio a residências artísticas no Brasil e no exterior. A instituição investe na composição de música erudita, em concertos didáticos na rede pública de ensino e na gravação de CDs de música popular. Nas artes visuais, a Funarte volta a apoiar festivais e salões regionais, além de viabilizar projetos de pesquisa e reflexão crítica sobre artes contemporânea. A fotografia será tratada como categoria à parte, com o Prêmio Marc Ferrez.
ORÇAMENTO RECORDE – O orçamento da Funarte para 2010 é de R$ 101,6 milhões – sete vezes maior que o de 2003, e o maior em vinte anos de história da Fundação. Os programas foram elaborados a partir das diretrizes do Plano Nacional de Cultura, do Ministério da Cultura, com ampla participação da sociedade, por meio de diversos encontros com a diretoria colegiada da instituição e com os Colegiados Setoriais. Os projetos inscritos são analisados por comissões externas, contando sempre com representantes de todas as regiões brasileiras. As inscrições estão abertas em todo o país.
Confira os editais 2010 da Funarte/MinC que estão com inscrições abertas:
Prêmio de Produção Crítica em Música - Edital para apoio a dez trabalhos de pesquisa sobre música brasileira, com prêmios de R$ 15 mil para cada contemplado. Inscrições até 26 de maio.
Prêmio de Composição Clássica – Edital para apoio a 70 obras inéditas para a XIX Bienal de Música Brasileira Contemporânea, com prêmios de R$ 8 mil, R$ 10 mil, R$ 15 mil, R$ 20 mil e R$ 30 mil. Inscrições até 30 de setembro.
Prêmio de Concertos Didáticos – Edital para apoio a 16 projetos de concertos didáticos em escolas da rede pública, com prêmios de até R$ 20 mil para cada proposta selecionada. Inscrições até 28 de maio.
Prêmio Circuito de Música Clássica – Edital para apoio a 12 projetos de recitais de música de concerto, com prêmios de até R$ 75 mil para cada proposta selecionada. Inscrições até 27 de maio.
Prêmio Circuito de Música Popular – Edital para apoio a 12 projetos de turnês de espetáculos de música popular, com prêmios de R$ 65 mil para cada proposta selecionada. Inscrições até 26 de maio.
Prêmio de Apoio à Gravação de Música Popular – Edital para apoio a 20 projetos de gravação e difusão da música popular, com prêmios de R$ 35 mil para cada proposta selecionada. Inscrições até 26 de maio.
Prêmio de Dança Klauss Vianna - Edital para apoio a 40 projetos de atividades e espetáculos de dança, com prêmios de R$ 40 mil, R$ 60 mil, R$ 80 mil e R$ 100 mil. Inscrições até 23 de maio.
Prêmio de Teatro Myriam Muniz – Edital para apoio a 34 projetos de circulação de espetáculos, com prêmios de R$ 90 mil e R$ 150 mil, e 36 de montagem de espetáculos, com prêmios de R$ 60 mil, R$ 90 mil e R$ 120 mil. Inscrições até 23 de maio.
Prêmio Festivais de Artes Cênicas – Edital para apoio a 36 projetos de festivais de teatro, circo e dança, com prêmios de R$ 50 mil, R$ 80 mil e R$ 100 mil. Inscrições até 23 de maio.
Bolsa de Residências em Artes Cênicas – Edital para seleção de 43 propostas de residência artística para profissionais de teatro, dança ou circo, com bolsa de R$ 45 mil para cada beneficiado. Inscrições até 23 de maio.
Prêmio Artes Cênicas na Rua – Edital para apoio a 63 projetos de apresentação, registro ou preservação de atividades artísticas, com prêmios de R$ 20 mil, R$ 40 mil e R$ 50 mil. Inscrições até 23 de maio.
IBERESCENA - Fundo intergovernamental de apoio às artes cênicas. Criadores e produtores podem inscrever projetos em quatro categorias. Editais e mais informações em www.iberescena.org. Inscrições até 3 de setembro.
Prêmio Carequinha de Estímulo ao Circo – Edital para apoio a 103 projetos de artes circenses nas diversas regiões do país, com prêmios de R$ 15 mil, R$ 25 mil e R$ 40 mil. Inscrições até 23 de maio.
Bolsa para Formação em Artes Circenses – A Escola Nacional de Circo, situada no Rio de Janeiro, amplia seu caráter nacional ao conceder 15 bolsas de R$ 20 mil para alunos de outras áreas. Inscrições abertas até 23 de maio.
Bolsa de Produção Crítica em Culturas Populares e Tradicionais – Edital para apoio a 30 trabalhos de reflexão crítica e teórica sobre a cultura brasileira, com bolsas de R$ 30 mil. Inscrições até 27 de maio.
Rede Nacional Artes Visuais – Edital para apoio a 40 projetos de fomento às artes visuais, com prêmios de R$ 20 mil e R$ 30 mil. Inscrições até 24 de maio.
Bolsa de Estímulo à Criação Artística em Artes Visuais – Edital para apoio a dez trabalhos de criação e de pesquisa em artes visuais, com bolsas de R$ 30 mil. Inscrições até 27 de maio.
Bolsa de Estímulo à Produção Crítica em Artes Visuais – Edital para apoio a dez projetos de produção crítica em artes visuais, com bolsas de R$ 30 mil. Inscrições até 24 de maio.
Apoio a Festivais de Fotografia, Performances e Salões Regionais de Artes Visuais – Edital para apoio à realização de festivais de fotografia e/ou performances e de salões regionais, com prêmios de R$ 95 mil e R$ 260 mil. Inscrições até 24 de maio.
Prêmio Marc Ferrez de Fotografia – Edital de apoio a 36 projetos de no campo da fotografia, com prêmios de R$ 10 mil e R$ 40 mil. Inscrições até 24 de maio.
Conexão Artes Visuais - Edital de apoio a 30 projetos de festivais, salões de arte, mostras, palestras, seminários, debates, oficinas, mapeamentos, publicações e exposições, com prêmios de R$ 55 mil. Inscrições até 8 de maio. Patrocínio: Petrobras.
Bolsa de Criação Literária – Edital para apoio a 60 trabalhos de produção de textos literários, nos gêneros lírico ou narrativo, com bolsas de R$ 30 mil. Inscrições até 27 de maio.
Bolsa de Circulação Literária – Edital para apoio a 50 projetos de atividades de promoção e difusão da literatura, em municípios do Programa Territórios da Cidadania, com bolsas de R$ 40 mil. Inscrições até 27 de maio.
Bolsa de Reflexão Crítica e Produção Cultural para Internet – 60 pesquisadores receberão R$ 30 mil para desenvolver textos críticos sobre arte em mídia digital, ou produzir conteúdo digital para a web.
Prêmio de Arte Contemporânea – Edital para apoio a 15 projetos de artes visuais para exposição nos espaços culturais da Funarte/MinC no Rio de Janeiro, São Paulo, Brasília e Belo Horizonte, com prêmios de R$ 40 mil, R$ 50 mil e R$ 80 mil. Inscrições até 27 de maio.
Além de editais para a ocupação de galerias e outros espaços expositivos, foram lançadas 11 seleções públicas para projetos de música e de artes cênicas a serem desenvolvidos em salas de espetáculos e teatros no Rio de Janeiro, São Paulo e Brasília.
Ascom Funarte
Mais informações: www.funarte.gov.br - Portal das Artes Funarte
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Financiamento à cultura
Todo o investimento que visa garantir os direitos culturais ao cidadão é responsabilidade constitucional do Estado. Isso inclui criar e manter equipamentos culturais, valorizar o patrimônio, formar e informar o cidadão, além de oferecer acesso à tecnologia de informação e comunicação.
Assim como o fluxo econômico depende de infra-estrutura viária e energética, o país precisa de um investimento de base que desenvolva o fluxo simbólico. O potencial simbólico de um povo e de uma nação está intimamente ligado à sua capacidade de desenvolvimento artístico, estético, de linguagem e de mercado.
O Brasil precisa desenvolver fundos públicos autônomos, qualificados e com orçamento para lidar com essa emergência. O fomento não pode estar à mercê do mercado, tampouco sujeito às intempéries do governante de plantão.
Há uma grande concentração de iniciativas localizada entre o experimentalismo e a indústria. Nosso modelo de financiamento precisa incentivar o empreendedorismo, possibilitando o diálogo com o mercado, ao mesmo tempo que se pensa e se estruture como atividade artístico-cultural. Os mecanismos de mecenato, já existentes e consolidados, precisam se readequar para atender a essa imensa demanda.
As indústrias culturais estão entre os setores econômicos que mais crescem no mundo, auxiliando na exportação de produtos brasileiros, gerando empregos e recolhimento de impostos. Elas necessitam de incentivo direto para ampliar sua capacidade operacional, como redução da carga tributária ou concessão de empréstimos subvencionados.
* Trecho do livro O Poder da Cultura.
Sobre "Leonardo Brant " http://www.brant.com.br Pesquisador de políticas culturais. Autor do livro "O Poder da Cultura" e diretor do webdocumentário Ctrl-V::VideoControl. |
Mobilização em prol de Abdias Nascimento
As dúvidas que eu tinha sobre a autoria da indicação de Abdias Nascimento para receber o Prêmio Nobel da Paz 2010 foram devidamente esclarecidas por Ana Maria Felippe, coordenadora executiva do Memorial Lélia Gonzalez. Transcrevo abaixo a mensagem que recebi, pois é importante percebermos o esforço e colaboração de várias pessoas e instituições.
No mais é ficarmos agora na torcida.
Mui estimada Cleidiana Ramos e leitoras/es,
O “Informe de Memorial Lélia Gonzalez” divulgou esta bela notícia sobre a expectativa de que tenhamos, para o Brasil, na pessoa do grande guerreiro Abdias Nascimento, o prêmio Nobel 2010.
A iniciativa, junto ao Comitê Nobel, foi do Professor Clóvis Brigagão, cientista político e estudioso dos processos de paz e das relações internacionais; diretor do Centro de Estudos das Américas da Universidade Candido Mendes. No mês de junho de 2009, quando se encontrava em Oslo, como Fellow do Instituto Nobel da Paz, entregou pessoalmente sua indicação do professor Abdias Nascimento para o Prêmio Nobel da Paz de 2010.
A partir de 03 de julho de 2009, nós, de Memorial Lélia Gonzalez, demos continuidade para que os endossos à candidatura chegassem ao Comitê Nobel. Nossa primeira mensagem está no link.
A parti daí, de tempos em tempos, voltávamos à carga, nos Informes (conforme pode ser buscado em nossa página do “www.grupos.com.br”). Também fizemos contatos diretos com parlamentares, com intelectuais negros, colocamos nas listas de interação. Enfim, realmente nos empenhamos nesta proposta que todas/os entendemos como muito importante e de grande significado.
Em 12 de janeiro de 2010, às vésperas do encerramento do prazo, colocamos um formulário “online” no sentido de alertar a todos e a todas sobre os prazos para a indicação, conforme nosso comunicado no link:
Bem, ao final do processo (o prazo se encerrava em 01 de fevereiro) havíamos conseguido reunir 550 assinaturas no formulário “online”, apesar de que a indicação para o Comitê de Oslo devesse ser individual. Essas assinaturas foram encaminhadas ao governo do Brasil, na pessoa do Excelentíssimo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e ao Comitê Nobel.
Ressaltamos que esse foi um trabalho de instituições e militantes do movimento negro e de integrantes da causa anti-racista, em conjunto com IPEAFRO – Instituto de Pesquisas e Estudos Afro-Brasileiros – http://www.ipeafro.org.br
Estamos felizes pela alegria que você demonstrou na postagem.
Axé!
Coordenadora Executiva de Memorial Lélia Gonzalez
http://www.leliagonzalez.org.br
Rio de Janeiro
Publicação “Pano da Costa” é lançada nesta sexta-feira (23), pela FPC e IPAC
Publicação “Pano da Costa” é lançada nesta sexta-feira (23), pela FPC e IPAC
O pano da costa que – segundo alguns historiadores - foi o principal produto africano exportado e consumido na Bahia nos séculos 18 e 19, referência cultural para as nações da costa oeste da África e indumentária sagrada para candomblés baianos, é o principal tema da mais nova publicação do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), órgão do Governo do Estado, vinculado à Secretaria de Cultura (Secult-BA).
O livro intitulado ‘Pano da Costa’ e ilustrado com fotos, pinturas, desenhos e gravuras, será lançado – em parceria com a Fundação Pedro Calmon (FPC) – na próxima sexta-feira, dia 23 (abril, 2010), às 17 horas, na biblioteca Manuel Querino, localizada no secular imóvel do Solar Ferrão (Rua Gregório de Mattos, 45), no Pelourinho, em Salvador.
Na mesma ocasião, o IPAC lançará, também, o folder ‘Patrimônio Cultural da Bahia’ que, pela primeira vez na história do Estado, reúne em uma só publicação todos os bens culturais, materiais e imateriais, existentes no território baiano. Trata-se de bens que estejam protegidos pelos poderes públicos estadual e federal, através de notificações, registros ou tombamentos, respectivamente, como ‘Patrimônio da Bahia’ ou ‘Patrimônio do Brasil’.
O livro ‘Pano da Costa’ traz artigos de historiadores, sociólogos e especialistas do IPAC, além de artistas plásticos e artesãos, constituindo em um importante estudo sobre a história e o método de tecelagem dessa peça têxtil, bem como num resgate histórico e homenagem ao mestre dessa arte, o baiano Abdias do Nascimento Nobre (1910-1994), nascido no bairro de Santo Antônio Além do Carmo, Centro Histórico de Salvador, e descendente de africanos. “O lançamento do livro é o reconhecimento da importância dos ensinamentos do mestre Abdias para a cultura baiana e a garantia do acesso à sua obra pelas próximas gerações”, destacou o diretor geral da FPC Ubiratan Castro de Araújo.
A publicação é fruto do ‘Projeto Mestre Abdias e a Tecelagem do pano da Costa’ elaborado pelo IPAC em 1984. Ainda neste ano, foi instalado no terreiro de candomblé Ilê Axé Opô Afonjá o primeiro curso dedicado ao pano da costa, com coordenação do mestre Abdias e da sua filha e seguidora, a artesã Maria de Lourdes Nobre, ambos funcionários do IPAC. Em 1986 foi montado outro curso no mesmo terreiro e, em 1987, o IPAC sedia no seu museu Abelardo Rodrigues, no Solar Ferrão, a exposição ‘Pano da Costa’.
De acordo com o diretor geral do Instituto, Frederico Mendonça, essa é a primeira publicação da coleção ‘Cadernos do IPAC’ que reunirá trabalhos desenvolvidos pelas equipes de técnicos e especialistas da instituição. “Além de promover a preservação dos bens culturais, o IPAC tem por obrigação regimental, pesquisar e promover a produção técnica e científica com a qual trabalha e colaborar na formulação da política de educação patrimonial; com essa primeira publicação cumprimos todas essas prerrogativas”, afirma Mendonça.
A primeira tiragem da impressão do livro ‘Pano da Costa’ é de três mil exemplares que serão distribuídos para bibliotecas públicas estaduais, através da FPC, escolas e instituições que trabalham com a temática de matriz africana e com o segmento têxtil, entre outros, além de faculdades, universidades e órgãos de preservação cultural. Com a nova publicação resgata-se um passivo de conteúdos específicos da área de patrimônio cultural que já deveriam estar sendo difundidos nos 40 anos de existência do IPAC. “Depois do ‘Pano da Costa’ já dispomos de mais quatro outras publicações que serão editadas, e a próxima será sobre o ‘Carnaval de Maragojipe’ festa popular do Recôncavo que desde o ano passado (2009) está registrada como ‘Patrimônio Cultural da Bahia’”, revela o gerente do IPAC, Mateus Torres.
quarta-feira, 21 de abril de 2010
Abdias Nascimento está na lista do Nobel
O grande Abdias Nascimento está na relação dos candidatos que podem receber o Prêmio Nobel da Paz 2010. Pelo que ficou explícito no e-mail que recebi com a informação, a indicação partiu do Memorial Lélia González. Se a informação estiver incorreta, por favor, quem de direito, corrija, mas uma notícia dessa não pode esperar muito para circular.
Segundo o comunicado do Comitê que organiza o prêmio, 237 pessoas de todo o mundo estão concorrendo. O resultado deve sair em meados do mês de outubro.
Militante das causas contra o racismo, poeta, escritor, dramaturgo, dentre outras atividades, Abdias Nascimento é um dos mais importantes intelectuais negros do mundo. Fica aqui a torcida para a premiação vir, pois ela terá uma simbologia fantástica para o Brasil.
Para saber mais sobre Abdias, vale conferir o site oficial sobre a sua vida e obra. É só clicar aqui.
domingo, 18 de abril de 2010
Jean-Michel Basquiat
Apesar de não ter qualquer educação formal e de ter morrido bastante jovem, Jean-Michel Basquiat entrou para a História da Arte americana e, consequentemente, para a mundial. Quem era este jovem que foi amigo íntimo de Andy Warhol e, segundo consta, namorou com Madonna?
Jean-Michel Basquiat nasceu em Brooklyn, em 1960, mas os pais eram imigrantes de Porto Rico e do Haiti. Conhecendo bem a vida nos subúrbios e os problemas a ele inerentes, como o racismo, a imigração e a exclusão social, Basquiat tornou-se um símbolo dos desenhos urbanos dos anos 80.
sábado, 17 de abril de 2010
Roda Viva: segunda-feira - 19 de abril 2010 às 22h00
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Artes sob Pressão
Para Smiers (2003), as obras de arte tornaram-se veículos com mensagens comerciais e “têm a função de criar um ambiente no qual a produção do desejo possa acontecer. Esse contexto é frequentemente cheio de violência”, diz.
A indústria audiovisual e seu extremo poder de alcance, das salas de cinema aos lares de todo o planeta, por meio de DVDs, games e websites interativos, é o melhor exemplo disso, como aponta o Relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), de 2004, intitulado Liberdade cultural num mundo diversificado. De acordo com o documento, o comércio mundial de bens culturais – cinema, fotografia, rádio e televisão, material impresso, literatura, música e artes visuais – quadruplicou, passando de 95 bilhões de dólares norte-americanos em 1980 para mais de 380 bilhões em 1998. Cerca de quatro quintos desses fluxos têm origem em 13 países.
Segundo o relatório, Hollywood atinge 2,6 bilhões de pessoas e Bollywood (indústria de cinema indiano) cerca de 3,6 bilhões. O domínio de Hollywood é apenas um dos aspectos da disseminação ocidental de consumo. “Novas tecnologias das comunicações por satélite deram lugar, na década de 1980, a um novo e poderoso meio de comunicação de alcance mundial e a redes mundiais de meios de comunicação como a CNN”. O número de aparelhos de televisão por mil habitantes mais do que duplicou em todo o mundo, passando de 113, em 1980, para 229, em 1995. Desde então, aumentou para 243.
O resultado disso é a criação de um padrão de consumo global, com “adolescentes mundiais” compartilhando uma “única cultura pop mundial, absorvendo os mesmos vídeos e a mesma música e proporcionando um mercado enorme para tênis, t-shirts e jeans de marca”, afirma o relatório.
* trecho do livro O Poder da Cultura
Sobre "Leonardo Brant " http://www.brant.com.br Pesquisador de políticas culturais. Autor do livro "O Poder da Cultura" e diretor do webdocumentário Ctrl-V::VideoControl. |