domingo, 27 de fevereiro de 2011
“Com quantos gigabytes se faz uma jangada, um barco que veleje”: o Ministério da Cultura, na gestão Gilberto Gil, diante do cenário das redes e tecnol
Tese de mestrado conta a história da Cultura Digital na gestão Gilberto Gil
Eliane Costa estudou física, tornou-se funcionária da Petrobras atuando no desenvolvimento de sistemas de computação, chegou a cumprir créditos para um mestrado nessa área, mas nos anos 90 deu uma guinada na vida e passou a trabalhar com comunicação e cultura.
Essa formação híbrida foi um dos fatores que a levou a estudar, em seu mestrado no CPDOC da Fundação Getúlio Vargas, a relação entre cultura e tecnologia (cultura digital) na gestão de Gilberto Gil no Ministério da Cultura.
Foi estimulada por perceber nesse momento uma dobra na História, onde o país se posicionou de forma pioneira mundialmente. Seu trabalho comprova justamente essa dimensão inaugural da gestão Gil.
O estudo deu origem à dissertação “Com quantos gigabytes se faz uma jangada, um barco que veleje”: o Ministério da Cultura, na gestão Gilberto Gil, diante do cenário das redes e tecnologias digitais, que temos o prazer de publicar na rede CulturaDigital.br pois se trata da história que nos trouxe até aqui.
Eliane é gerente de patrocínio da Petrobras. Assumiu o posto em 2003, mesmo ano em que Gil chegou ao MinC. Desde então, a frente desse cargo, desenvolveu uma série de ações em consonância com as políticas elaboradas pelo Ministério da Cultura, inclusive no fomento à Cultura Digital.
Baixe o trabalho e faça-o circular:
A irrealidade da arte contemporânea
Estranha, a obra de arte é aquilo que é reconhecido como manifestação de um saber. Uma aventura imprevisível, um jogo sem fim, com regras sendo inventadas a todo momento, sem ganhador nem perdedor.
A arte está sempre nos propondo mais problemas que soluções. Uma relação de tensão e desconfiança passou a reger a arte contemporânea, pela sua condição de ser provocativa e recusar a contemplação passiva.
Com a modernidade e suas vanguardas, principalmente Marcel Duchamp, a arte passou a ser qualquer coisa deslocada para o circuito da arte. Um objeto/lugar de um pensamento ou de uma idéia, independente do verniz textual e da autorização de um curador. O artista era um pensador, tinha uma atitude crítica. A produção do belo era a transformação de uma matéria-prima em produto simbólico, segundo a razão e a sensibilidade de um artista que dominava um saber, porque a arte não era um acidente diante da razão. Nos anos 70, no império da arte conceitual, fazer qualquer coisa arte era dominar uma teoria, se posicionar de forma consciente no universo da arte, da sociedade e da cultura de uma maneira geral.
O processo de inventar o objeto estético deteriorou-se com a facilidade e a rotina de um fazer mecânico que se repete sem o hábito da reflexão. Duchamp, quando inventou o readymade tinha consciência da armadilha da facilidade: “Logo percebi o perigo de repetir indiscriminadamente esta forma de expressão e decidi limitar a produção de readymades a uns poucos por ano.” O tempo da arte parece condenado com o descrédito dos paradigmas que norteiam a arte contemporânea. O artista precisa conhecer o seu ofício, é indispensável ter referências, na arte acadêmica o artista dominava um conhecimento que era o artesanato, a técnica, o saber das mãos. As chamadas novas linguagens e os novos suportes utilizados sem a precisão do raciocínio, são inovações duvidosas, muitas vezes, aquém dos suportes tradicionais. Num cômodo deslize, um estilo fácil dominou a contemporaneidade, como se a arte fosse um clichê, uma moda, ou um evento para o entretenimento de um público.
A obra de arte passou a ser secundária. E quem decide é o curador, o marchand, o cronista social ou o produtor cultural. A hegemonia do mercado foi acompanhada do aparecimento do curador em lugar do crítico, do produtor cultural e depois as leis de incentivo a cultura.
O objeto deslocado do contexto de origem, por determinação de um artista, é sustentado pela “teoria” imaginária de um curador. Dessa forma a arte como produto de um conhecimento específico deixa de existir. Por outro lado, esse suporte teórico é incapaz de fazer uma leitura crítica desse sucateado trabalho de arte e situá-lo no seu devido lugar cultural.
Um fluxo descontrolado de produtos artísticos deixa de ser uma surpresa. A imagem da arte não é um fragmento do mundo sensível destinado a ornamentar uma experiência mundana; mas um esquema de ordenamento do espaço plástico, a partir de um modelo abstrato de pensamento. Essa qualquer coisa chamada arte, que se utiliza de fáceis e limitados procedimentos, faz da arte contemporânea um estilo simulador de complexidades, cada vez mais incentivada pelos salões, pelo mercado e pela crítica inventada pela indústria cultural.
A arte contemporânea, recalcada nos anos 70, ficou na moda, faz parte do cotidiano dos atuais salões de arte. O belo é, para os novos especialistas da arte, a negação do pensamento, uma brincadeira da sociedade do espetáculo. A arte foi confinada a um campo restrito de experimentação, que tem como referência a tradição da facilidade. Os salões estão de cara nova, mas continuam com o mesmo modelo de seleção e premiação, o mesmo processo burocrático de outros tempos, que reforça a idéia de cultura como uma superstição, e não algo real.
No momento em que a diluição e a facilidade são as regras do fazer artístico, a reflexão cessa, a arte deixa de ser saber e passa a ser acessório de um lazer cultural. A ausência de estilo converteu-se num estilo inculto e inseriu o contemporâneo na periferia da cultura, protegida pela publicidade do olhar do espetáculo.
Extraordinário lixo imaginário
O carvão que move a locomotiva do consumo continua sendo a indústria audiovisual global, que se camufla onipresentemente por TVs, computadores, celulares, videogames portáteis e telas em lares, ônibus, metrô, praça pública, bares e restaurantes, pelas bibocas mais longínquas do planeta. Para a indústria do entretenimento tudo é descartável e vira lixo no momento seguinte, quando sai de cena. E quando sai de cena, deixa de existir no mundo maravilhoso da mídia. Mas não da nossa vida real.
O lixo toma conta e denuncia uma sociedade doente, como prenunciava Wall-E, ganhador de Oscar de melhor animação de 2009, enquanto os humanos, distraídos por telas portáteis em um cruzeiro de entretenimento intergalático, são salvos por um simpático robô que comprime e recicla os dejetos humanos, apaixonado por uma sonda em busca de qualquer sinal de natureza na Terra.
Tião é o novo anti-herói brasileiro, devorado pelos abutres da grande imprensa. Se ganhar o Oscar vai parar no Faustão, Gugu, Big Brother, estampará as páginas internas de Caras e a capa da Veja. E voltará ao lixão, como no excelente “A pessoa é para o que nasce”, de Roberto Berliner.
LUTO
Morre o escritor Moacyr Scliar
Morreu neste domingo (27) o escritor e colunista da Folha Moacyr Scliar, 73. A morte ocorreu à 1h. Segundo o Hospital das Clínicas de Porto Alegre, onde ele estava internado, Scliar teve falência múltipla dos órgãos. O velório acontece hoje na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, a partir das 14h.
O escritor sofreu um AVC (acidente vascular cerebral) isquêmico no dia 17 de janeiro. Ele já estava internado para a retirada de pólipos (tumores benignos) no intestino.
Logo depois do AVC, o escritor foi submetido a uma cirurgia para extirpar o coágulo que se formou na cabeça. Depois da cirurgia, ele ficou inconsciente no centro de terapia intensiva.
O quadro chegou a evoluir para a retirada da sedação, mas no dia 9 de fevereiro o paciente foi abatido por uma infecção respiratória e teve de voltar a ser sedado e à respiração por aparelhos.
Por causa da idade, os médicos evitaram fazer prognósticos sobre a recuperação do escritor.
Nascido em Porto Alegre e formado em medicina, o escritor e colunista da Folha publicou mais de 70 livros entre diversos gêneros literários: romance, crônica, conto, literatura infantil e ensaio.
Sua obra tem forte influência da literatura fantástica e da tradição judaica.
Integrante da Academia Brasileira de Letras desde 2003, Scliar recebeu prêmios Jabuti, uma das mais prestigiadas premiações literárias do país, em 1988, 1993, 2000 e 2009.
Entre suas obras mais importantes destacam-se os livros 'A Guerra no Bom Fim', 'O Centauro no Jardim', 'O Exército de um Homem Só' e 'Max e os Felinos'.
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
A história do Crack no Brasil, por Big Richard
segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011
FOTOGRAFIA ALTERNATIVA: LOMOGRAFIA
A lomografia se pratica com uma pequena câmera de plástico e tem 10 mandamentos. O mais curioso deles é nunca pensar antes de apertar o clique da máquina fotográfica. Se o praticante obedecer a esse princípio, conseguirá produzir uma autêntica imagem Lomo. Para levar o selo, a foto nada pode ter de planejada ou montada. As cores não são perfeitas, o foco, muitas vezes, nem sequer existe e, se a composição parecer um mosaico, melhor ainda. A regra básica da lomografia é não seguir a nenhuma norma que serve de guia ao mundo formal da fotografia. Mania surgida no Leste Europeu(1) na década de 1980, a prática começa a ganhar adeptos em larga escala no Brasil. Se lá fora é muito popular, por aqui ainda fica restrita a um grupo pequeno de fotógrafos e amadores curiosos e corajosos. Para quem gosta de fazer experiências, é um mundo encantado.
Quando Janaína Miranda viu uma Holga (modelo clássico da marca Lomo) pela primeira vez, não resistiu. O aparelho pertencia a uma amiga e ela pediu emprestado. Para o trabalho comercial, Janaína usa câmera digital e analógica. Nas produções mais autorais, gosta de manipular filme e imagem, inverter negativos, estourar luzes. A Lomo virou um fetiche. “Gosto da imprevisibildade da coisa. A Lomo é uma grande surpresa. Você tem uma câmera de plástico, que vaza luz, é tudo errado”, brinca.
Produzida por uma fabricante austríaca de câmeras de plástico inspiradas em modelos toscos vendidos no leste da Europa em países do antigo bloco socialista, a Lomo tem pelo menos 20 modelos diferentes. A Holga é a clássica, mas há também a Diana, com direito a flash, a Pop 9, com nove minúsculas lentes de plástico, que repetem a mesma imagem em um único clique e uma olho de peixe capaz de resultados inusitados.
Em Brasília, há poucos lomógrafos. No entanto, eles foram suficientes para Humberto Lemos, fundador do Fotoclube f/508, decidir montar o primeiro ponto de venda das câmeras no Brasil. Comprou 56 exemplares de uma importadora carioca e vendeu 47. “A Lomo hoje é considerada uma estética e tem toda uma filosofia. O lomógrafo tem um perfil jovem e a estética flutua em torno de um certo descompromisso antes de fotografar. As cores são supersaturadas e os resultados, inesperados. Quando você fotografa em analógico, consegue prever o resultado. Com a Lomo não, é uma coisa muito espontânea”, explica Lemos.
Ser um lomógrafo é cult e significa pertencer a uma pequena tribo de descolados. Para Lemos, a moda funciona como uma maneira de defender a fotografia analógica entre o público jovem. Enquanto a tecnologia digital democratiza o acesso à fotografia, a Lomo recupera um certo romantismo da produção de imagens analógicas. A expectativa começa na total falta de controle desde o enquadramento — muitos desses aparelhos são tão toscos que nem sequer têm visor — e se estende à revelação de efeitos inesperados. “Você prolonga o prazer da fotografia, é uma delícia”, constata Humberto Lemos.
“Ela te pede que você não seja tradicional na forma de fotografar”, completa Rinaldo Morelli. O fotógrafo descobriu a Lomo fuçando na internet. Em 2004, comprou a primeira câmera, um modelo azul, de plástico, com uma sequência de quatro lentes que permitem o registro da mesma imagem. O desafio é conseguir que cada registro seja diferente. Depois, Morelli adquiriu um aparelho com quatro lentes dispostas em formato quadrado. “É antidigital”, brinca. “É bacana porque você desconstrói o ato rígido de fotografar. E como há uma desconstrução da tecnologia, há um preconceito de que não rende boas fotos. Não acho isso. O lowtech me encanta porque é mais desafiador.”
O fotojornalista Arthur Monteiro se encantou com a Lomo por causa de um defeito. Um problema nas lentes faz com que as imagens ganhem contornos pretos, o que Monteiro chama de vinhetagem. “Todas as Lomos acabam fazendo isso. Achei interessante, deu um ar especial à imagem. Infelizmente, o mercado aboliu de vez o analógico, mas para mim é o hobby da minha profissão. É uma coisa meio paranóica, mas também nostálgica.”
Distorções austríacas Tudo começou na antiga União Soviética. O governo queria produzir câmeras baratas, pequenas, simples e robustas. O objetivo era torná-las populares. Em visita a um país do bloco comunista, dois austríacos utilizaram o aparelho e ficaram encantados com as distorções provocadas pelas lentes de plástico e pelo eventual vazamento de luz. Fundaram então a Sociedade Lomográfica com o objetivo de reunir adeptos. A fábrica original fechou, mas a marca continuou nos aparelhos de uma fabricante austríaca que hoje exporta para o mundo todo. Do simples ao luxuoso A Lomo é conhecida pela produção de câmeras muito simples, de aspecto rude, sem muito design. A Diana chega a ser kitsch, com detalhes em cores vibrantes como rosa e amarelo. Mas a fabricante também investe em pequenos aparelhos de luxo, mais elaborados. É o caso da Lubiflex, uma cópia da Rolleiflex. Foi exatamente esse modelo que Emanuel Celestino resolveu comprar. “Quero ter essa experiência nova de conhecer essa câmera. A questão da imprevisibilidade me atrai. Tenho uma digital, mas os efeitos e as cores da Lomo são diferentes”, explica o servidor público, que pratica fotografia como hobby e ouviu falar da Lomo num curso no fotoclube.
Outro modelo mais luxuoso é a Pin Hole Zero. Fabricadas com número de série e tiragem limitada — não estão disponíveis para venda —, essas caixinhas de madeira com dispositivos dourados reproduzem o mais simples dos instrumentos utilizados para captar uma imagem. A Pin Hole é a versão sofisticada da lata de leite pintada de preto. “A gente gosta de uma linguagem diferenciada”, repara Humberto Lemos, dono de um dos exemplares mais cobiçados da Lomo.
A lomografia é um movimento com tantos adeptos que tem direito a comunidades na internet, especialmente nos sites de postagem de fotos. Em algumas páginas do Filckr, os praticantes explicam que a lomografia é uma filosofia na qual se privilegia o instante em detrimento do objeto. Na comunidade intitulada Lomo, um pedido fundamental orienta a postagem das fotos: “Por favor, nada de falsas Lomos ou Lomos digitais
domingo, 20 de fevereiro de 2011
Governo deixa de regular especializações
O Ministério da Educação publicou no dia 17, no Diário Oficial, as regras de transição para o fim do credenciamento “em caráter especial” de entidades não educacionais que oferecem cursos de especialização, como residências médicas de hospitais e MBAs de fundações como FIA, Fipe e Fipecafi.
Na prática, a medida faz com que o governo deixe de regulamentar o setor de pós-graduações lato sensu.
Alunos que ingressarem até 31 de julho deste ano em cursos que já possuíam a chancela do MEC terão o reconhecimento do ministério em seu diploma – depois disso, o certificado será expedido apenas pela entidade. Os pedidos de novos credenciamentos foram suspensos.
Mesmo as pós-graduações lato sensu oferecidas por instituições de ensino (faculdades e universidades) deixarão de ter aval do ministério. Essas instituições, no entanto, ainda precisam do reconhecimento oficial para funcionar, pois as graduações de nível superior, assim como os programas de mestrado, doutorado e pós-doutorado, continuam sob supervisão do ministério.
O presidente da Câmara de Ensino Superior, órgão deliberativo do Conselho Nacional de Educação (CNE), Paulo Speller, acredita que a medida não trará grande impacto para o setor. “Antes, o MEC tinha de avaliar as condições do local, o currículo. Agora serão cursos livres, ou seja, as entidades poderão continuar a oferecer as especializações, mas sem a necessidade de aprovação”, explicou.
Segundo Speller, os membros do CNE estão atualmente discutindo novos modelos de regulamentação das especializações, como forma de garantir a qualidade dos cursos.
“Quando determinamos o fim do credenciamento especial houve uma grande reação, porque as entidades consideravam importante ter esse reconhecimento”, afirmou o presidente da câmara.
O QUE MUDA
Credenciamento especial
Mudança
Transição
União quer retirar baianas de acarajé das praias de Salvador
Uma das maiores tradições culturais da Bahia -- as baianas de acarajé que comercializam produtos típicos nas praias de Salvador -- pode sumir das areias soteropolitanas. Na última quarta-feira (16), a Superintendência do Patrimônio da União (SPU), órgão ligado ao Ministério do Planejamento, encaminhou um ofício à prefeitura de Salvador pedindo a saída das baianas de acarajé das praias sob a argumentação de que a lei federal de gerenciamento costeiro proíbe a ocupação da faixa de areia na praia para o comércio.
O ofício da SPU pede, inicialmente, que as baianas sejam notificadas, mas não coloca uma data exata para a retirada das ambulantes. O texto inclui, além das baianas, vendedores de queijo coalho, brincos, camarão e todos que vendem alguma coisa na faixa de areia, segundo a prefeitura. O comunicado ocorre meses depois de a Justiça Federal determinar a demolição de todas as barracas de praia da capital baiana, que também causou polêmica em Salvador.
“Não posso concordar com a proibição do trabalho das baianas de acarajé na orla de Salvador. Elas fazem parte do cenário das nossas praias. No que depender da administração municipal, as baianas jamais serão prejudicadas. Não podemos ficar de braços cruzados diante desta situação”, disse o prefeito João Henrique Carneiro (sem partido), ao ser informado do pedido de retirada das baianas pela SPU. Para tentar contornar o problema, neste sábado (19), João Henrique marcou para a próxima segunda-feira (21) uma reunião com representantes da SPU, da prefeitura e da Abam (Associação das Baianas de Acarajé, Mingau, Receptivo e Similares da Bahia) para resolver o impasse.
“Existem baianas que estão trabalhando na orla há 30, 40 anos, e estão desesperadas com esta determinação”, disse a presidente da Abam, Rita dos Santos. De acordo com ela, cerca de 650 baianas trabalham nos 51 quilômetros da orla de Salvador. “Por causa desta decisão da SPU, a prefeitura não está concedendo mais licenças para que as baianas instalem os seus tabuleiros nas praias.” No ofício encaminhado à prefeitura, a SPU recomendou que as baianas fossem transferidas para o calçadão, segundo informações da Sesp (Secretaria Municipal de Serviços Públicos).
“Trabalho na orla de Salvador desde 1979. Vendendo acarajé e outros produtos, consegui criar meus três filhos e comprar uma casa”, disse a baiana Ana Santiago Santana. “Se eu sair daqui não sei o que será de minha vida.” No final da manhã deste sábado (19), a turista mineira Jéssica Rodrigues, 26, criticou a recomendação da SPU. “Esta decisão é uma afronta à cultura e a um dos maiores símbolos da Bahia. Acho que faltou sensibilidade social para quem tomou esta decisão.”
O superintendente da Sucom (Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo, órgão ligado à prefeitura), Cláudio Silva, disse que a autarquia não vai contribuir para a retirada de equipamentos das baianas de acarajé das praias. “Na questão das barracas de praia, eram equipamentos fixos e tínhamos uma decisão judicial que obrigava a prefeitura a tirar os equipamentos. Quando retiramos as barracas, notamos uma situação de degradação ambiental e foram encontradas mais de uma fossa em algumas barracas. Já a situação das baianas é diferente. São equipamentos móveis e elas recolhem, inclusive, os detritos”, disse Silva.
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Drogas: CRACK 1
Após 12 anos, 29% dos usuários abandonam o crack
Os 107 pesquisados passaram por cerca de três semanas de internação no Hospital Geral de Taipas entre 1992 e 1994. Depois da alta, foram submetidos a três avaliações: após dois, cinco e 12 anos. Ao longo desse tempo, verificou-se uma diminuição no ritmo de mortalidade, o que, segundo a principal autora do estudo, a psicóloga Andrea Costa Dias, revela que os usuários se adaptaram ao contexto de violência do crack e desenvolveram estratégias para minimizar o risco associado ao consumo da droga. "As mortes por crack são principalmente causadas pela violência. Nossa hipótese é que os usuários foram aprendendo a lidar com a polícia, com os traficantes e desenvolveram estratégias para evitar a overdose e conseguir manter um uso controlado", afirma.
Os dados da pesquisa, continua Andrea, mostram que há diversos padrões de consumo da substância e contrariam a ideia de que o crack é uma droga avassaladora, que mata em pouco tempo e deixa pouca margem para recuperação. "Existe uma aura de terror em torno da droga que acaba estigmatizando os usuários. Isso faz, por exemplo, que os profissionais de saúde se sintam menos motivados em ajudá-los."
Segundo a autora, não foi possível identificar os fatores determinantes para a recuperação dos dependentes. Mas verificou-se que a interrupção no uso estava associada à busca por outros tratamentos após a internação no Hospital Geral de Taipas, ao aumento na empregabilidade e a atividades religiosas.
LINK
Drogas: CRACK 2
Dilma anuncia "luta sem quartel" contra o tráfico e consumo de crack
sábado, 12 de fevereiro de 2011
Carreira e Redes Sociais
5 dicas para não comprometer sua carreira nas redes sociais
Afinal, como ganhar visibilidade e aparecer de forma diferenciada na rede social, quando todos se apresentam com clichês como motivado, inovador, dinâmico, focado em resultados? Como se conectar a pessoas certas e tornar produtivos esses relacionamentos? Como entrar em grupos sem se sentir ou ser considerado um "penetra" chato e indesejável?
A rede social tem uma lógica: o usuário aumenta o número de conexões com pessoas que realmente conhece ou com quem mantém algum tipo de relacionamento – e, a partir desses contatos, ele se conectará progressivamente a pessoas que não conhece no mundo físico. Ou seja, no networking virtual, o céu é o limite.
Mas, apesar desse caráter, digamos permissivo, da rede, o profissional precisa ter organização, objetividade, foco e persistência. Alguns conselhos:
Planeje sua entrada na rede social
Não caia na rede apenas porque todo mundo está lá. Defina objetivos, avalie as ferramentas, calibre a imagem e as mensagens que queira transmitir. Não convide desconhecidos apenas para alavancar sua rede. Procure se conectar a pessoas e grupos com os quais tenha interesses em comum.
Não confunda alhos com bugalhos
Todas as ferramentas contribuem para o networking, mas cada uma tem uma funcionalidade específica. Se você quiser apresentar seu currículo, procurar contatos em sua área, prospectar negócios ou participar de discussões profissionais de seu interesse, o LinkedIn é a melhor ferramenta, pois tem um foco mais corporativo. O Facebook é mais democrático e serve para você compartilhar novidades, idéias, falar de sua vida, do jogo do domingo, de sua paixão por cachorros. Isso não quer dizer que a ferramenta deva ser descartada para relacionamento de caráter profissional, pelo contrário.
Vá além dos clichês
Procure, quando oportuno, mostrar suas experiências profissionais concretas, como projetos que liderou, resultados que obteve, desafios que superou. Compartilhe conhecimentos, pois essa é uma forma de você se diferenciar na rede.
Tenha bom senso
Não entre em grupos de discussões de temas que não o interessam, que você não domina ou com o qual não tem familiaridade. Você será visto como bobo, ingênuo e oportunista.
Tente trazer para o mundo real os relacionamentos virtuais
Aproveite oportunidades para conhecer pessoalmente pessoas com as quais mantém contatos virtuais – em eventos, congressos, feiras, festas corporativas, campeonatos ou happy hours, mas sem forçar a barra. Se você acha que albatroz, birdie e eagle só existem no mundo da ornitologia, não convide ninguém para jogar golfe.
Por fim, trabalhe as redes de forma sistemática e metódica, pois incursões eventuais não constroem relacionamentos.
Marcelo Mariaca é presidente do conselho de sócios da Mariaca e professor da Brazilian Business School.
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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
A economia é criativa
A lógica perversa do capitalismo transforma tudo em commodity. E com a arte e a cultura não é diferente. Vale lembrar que dentre os vários conceitos relacionados à economia criativa, o mais comum é associá-la a tudo aquilo que gera riqueza pela exploração da propriedade intelectual. Há ainda os que a conectam com o conceito de diversidade cultural.
Em crise profunda, o capitalismo agora produz a economia sustentável, solidária, criativa. Mas continua sendo economia, com a mesma lógica e os mesmos instrumentos de apropriação do público em direção ao privado. Novos mercados criados para gerar novas oportunidades de negócios, ou novas abordagens para os mesmos mercados. A economia é criativa.
Há um perigo de associação incutido no conceito de economia criativa que me preocupa. O risco de tornar mais invisível a linha que divide a arte do serviço “artístico”, como a propaganda, o design e a moda: aquele material criativo travestido de instrumento fetichista, feito sob encomenda para satisfazer o consumo, gerar necessidades e subtrair do indivíduo sua autonomia, independência e subjetividade.
A manipulação dos mitos, gerando a mais sutil e perversa simbologia, desconectando signos dos seus significantes e significados, aplicando neles uma cola mágica que agrega valor às marcas e produtos de consumo, ainda é um padrão vigente e dominante em nossa sociedade.
Não quero condenar esses meios de produção, como se existisse uma lógica única de apropriação do vasto material simbólico da sociedade. Se por um lado esses mercados se desenvolvem dentro do capitalismo global, descolando de maneira inconsequente e irresponsável a ética da estética, por outro observamos uma tendência de desenvolvimento de formas alternativas de mercado, onde a criatividade trabalha a favor da sociedade e as marcas são meios condutores de atitude positiva. Isso fica ainda mais evidente nos mercados de nicho, fora do campo de ações dos meios de comunicação de massa.
Sempre defendi a participação de artistas e agentes culturais no mercado, não como forma única e ideal de atuação, mas como um dos meios necessários de subsistência. Mas vou além, considero fundamental a apropriação desses instrumentos de mercado por parte dos artistas, pois acredito muito na possibilidade de alterarmos rotas, lógicas e procedimentos, a partir de uma visão e aplicação mais ampla, complexa, ética e responsável desses mecanismos de poder.
Vejo com bons olhos a iniciativa do Ministério da Cultura, que lança agora uma secretaria totalmente voltada para a Economia Criativa, comandada por Claudia Leitão, alguém com grande experiência em gestão pública (foi secretária de Cultura do Ceará) e também do mercado. Nos últimos anos debatemos com muita intensidade este conceito, sobretudo a partir de inúmeros artigos de Ana Carla Fonseca Reis e Lala Deheinzelin, duas das cabeças impulsionadoras e articuladoras desse conceito, no Brasil e no mundo. Vale a pena ler de novo.
Pois, se a economia é criativa, por que não pode a criatividade ser também econômica?
Doenças que seu gato pode contrair na rua
Animal fica exposto a infecções e parasitas
Definitivamente, rua não é lugar para gato. Lá eles podem encontrar muitas doenças e confusões que não encontrariam no aconchego do lar.
E por que um gato sai de casa? Por vários motivos, mas os principais: para namorar, para fiscalizar seu território, para caçar passarinhos, ratos, lagartixas, baratas e outros bichinhos e para fazer suas necessidades no quintal do vizinho. Aliás, diga-se de passagem, parece que eles não gostam dos vizinhos e nem os vizinhos deles.
Mesmo em inocentes voltinhas pelos telhados da vizinhança, os gatos podem ficar expostos a várias doenças. O contato com outros gatos nem sempre limpos e saudáveis e locais contaminados pode possibilitar a transmissão de viroses, infecções bacterianas e protozoários. Veja na próxima página as principais doenças e parasitas que um gato pode contrair em seus passeios.
Doenças e parasitas que os gatos podem contrair
Rinotraqueíte é conhecida como a gripe dos gatos. Causada por um vírus que ataca principalmente o sistema respiratório, é muito grave quando acomete os filhotes. O bichano fica com os olhos e o nariz cheios de secreção, e mesmo após o tratamento, a doença pode acompanhar o animal por toda a vida a cada queda de resistência.
Clamidiose é uma bactéria que causa conjuntivite nos gatos e pode estar associada à rinotraqueíte.
Panleucopenia é uma virose do trato intestinal que ocasiona diarreia e vômitos.
Toxoplasmose é uma zoonose, ou seja, pode passar dos animais às pessoas e vice-versa. É especialmente grave se contaminar uma mulher no início da gestação. O protozoário mora no intestino do gato e a contaminação de humanos se dá através do contato com as fezes dos gatos contaminados.
Dos vários tipos de vermes que um gato pode pegar, o dipilidium é um dos mais frequentes. Transmitido pela pulga, parece um grão de arroz achatadinho e que se movimenta. Por isso, ao tratar verminoses nos gatos é indicado aplicar também um antipulgas, conforme orientação de seu veterinário.
Hemobartonela também é um protozoário transmitido pela pulga, mas parasita o sangue, especificamente as hemácias, causando anemia.
Sarna é um ácaro que coloniza os folículos pilosos, principalmente nas orelhas e face. Existe também a sarna de ouvido, que forma aquela sujeirinha preta dentro do conduto auditivo. Como você sabe, as sarnas fazem os animais se coçarem o tempo todo.
Bem, e as pulgas dispensam apresentação.
Além de tudo isso, os gatos ainda estão sujeitos à PIF (Peritonite Infecciosa Felina), Leucemia e até mesmo Aids Felina. Isso mesmo, existe Aids Felina, mas não tem relação nenhuma com a Aids humana.
Como prevenir doenças e parasitas nos gatos
Agora vem a parte boa. A prevenção de todas essas doenças e parasitas é muito fácil. Para quase todas as viroses existem vacinas. Mantenha-as em dia, conforme orientação do seu veterinário. Vermífugos e antipulgas devem ser periódicos. E mantenha seu amigo peludo dentro de casa ou no seu quintal.
Para mantê-lo em casa, o primeiro passo é castrá-lo. Assim você diminui bastante o desejo dele de dar uma escapadinha para namorar. Deixe sempre uma bandeja com areia higiênica para seu gato usar como banheiro. Troque a areia toda vez que ela estiver suja, senão ele procura outro lugar para suas necessidades e seu vizinho pode não gostar. Gatos não apreciam que suas tigelas de ração e água fiquem perto de seus banheiros, e estão certos nisso.
Uma última dica: quanto aos gatos caçadores e territorialistas, o conselho é castrá-los o mais jovem possível, antes que peguem o gosto de sair à rua.
terça-feira, 8 de fevereiro de 2011
O Elo7 está contratando!
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RemuneraçãoOferecemos para todas as vagas acima remuneração compatível com o nível de experiência de cada profissional: - R$ 3 a 10 mil por mês + benefícios (alimentação, saúde etc.). Tudo negociável! - R$ 7 mil pra você montar seu local de trabalho. Você pode comprar o computador que quiser e decorar sua mesa como quiser! - Auxílio relocação: se você precisar se mudar para Campinas, ganha salário em dobro no primeiro mês.Local de trabalho- Campinas - SP, no complexo empresarial do Shopping Galleria.Como participarPor favor envie seu currículo para cv@elo7.com.br |
domingo, 6 de fevereiro de 2011
Mudar de vida radicalmente é tendência perto dos 40 anos
As mudanças fazem parte da vida, do processo evolutivo. Mas muita gente tem problemas em efetuar transformações radicais em suas rotinas, especialmente na carreira, por comodismo ou medo, enquanto outras fazem a transição com naturalidade, sem grandes dramas. Para estas, a felicidade e a qualidade de vida vêm em primeiro lugar.
A psicóloga organizacional Rosana Bueno,da RB Consultoria, explica que há uma tendência apontando para mudanças de carreira atualmente e justamente quando as pessoas se encontram próximas à quarta década de vida. “Como vamos viver mais e não paramos de trabalhar depois da aposentadoria, fala-se até em terceira carreira. Por isso as pessoas buscam novos desafios”, diz ela. Outro motivo, segundo a psicóloga Anette Lewin, é que depois de 20 anos, muita gente se cansa de realizar o mesmo trabalho. “Nos ambientes corporativos, a ilusão de chegar à diretoria e à presidência com o tempo acaba ou diminui. Por outro lado, parece menos comum um médico ou profissional que trabalha com o bem-estar humano querer mudar de carreira”.
Ana John: set especial na abertura da Bienal de Arte em Sampa
Com a situação econômica do país mais estável é mais fácil tentar outros rumos. E o peso que se dá à carreira e ao status social também conta. “Quem tem o objetivo máximo de ganhar dinheiro, suporta melhor um emprego que o desagrada, mas paga bem”, diz Anette.
O ideal, segundo Anette, é tentar conciliar as duas ocupações, como ela mesma fez. Anos atrás Anette resolveu realizar seu sonho de juventude e virar atriz. “Me inscrevi num curso e comecei a trabalhar. Fiz comerciais e peças profissionais.”
Mudança programada
Para a psicóloga Adriana Takahashi, quando o trabalho não traz mais satisfação e passa a se tornar um martírio, é bom repensar e verificar se vale realmente a pena permanecer dessa forma, desgastando-se e se prejudicando mental e fisicamente. “Geralmente é neste momento que se avalia se vale correr o risco de fazer o que se gosta para se sentir mais pleno e satisfeito. Mas é importante ponderar os ganhos e as perdas”, diz ela. E se preparar. “Qualquer pessoa pode mudar de carreira, mas é preciso estar consciente de sua decisão e planejar, o que pode levar tempo. Verifique a viabilidade da mudança, considere que no início será difícil, já que provavelmente ganhará menos. Neste processo vale fazer pesquisas, conversar com familiares, amigos e profissionais da área em que pretende atuar”, explica Adriana.
Case de sucesso
Ricardo Alcerito Roque, 36 anos, em 2009 trocou o salário de executivo em uma multinacional pelo sonho de ter sua empresa e horários flexíveis para poder ver a filha crescer. “Depois de 14 anos trabalhando em ambiente corporativo altamente competitivo, que eu nunca gostei, a intolerância cresceu e pedi demissão”, diz ele.
A ideia do novo negócio já estava plantada. Ricardo queria fazer, aqui no Brasil, um biscoito holandês, o stroopwafel. Quando contava aos amigos, eles reagiam espantados. “Você largou tudo pra fazer bolacha?”, lembra rindo. Até que um deles virou seu sócio na empresa Sobremesas do Mundo. “Passei 40 dias na Holanda aprendendo a fabricar o doce. Voltei com uma máquina e iniciei a produção”.
Hoje ele também faz uma rosquinha da África do Sul, koeksusters e em breve lançará sobremesas típicas da Índia, México e Nova Zelândia. “Vamos dar a volta ao mundo”, diz Ricardo, que vende seu produto diretamente para as empresas do ramo e cafeterias.
Diferencial
A mudança de Ricardo foi programada ao longo dos anos, com investimentos que permitiram a abertura do negócio. Mesmo assim, para quem olha de fora parece coisa de louco, avalia Rosana. “Muita gente associa mudança com fracasso, não imagina que a pessoa está feliz”, explica.
A psicóloga Anette sofreu intolerância quando resolveu dar vazão ao seu lado artístico. “As psicólogas que trabalhavam no meu consultório achavam que eu tinha ficado maluca e me agrediram verbalmente e com atitudes grosseiras. Os atores do primeiro grupo que participei me diziam que aquele não era o meu lugar. Conciliar é possível, mas é preciso lidar com a pressão”.
A publicitária e bailarina Ana Paula Caldas, 39 anos, que há um ano e meio também deixou um alto cargo no departamento de marketing numa multinacional para dedicar-se exclusivamente ao seu hobby de DJ, conviveu especialmente com a desconfiança da família. “Este tipo de transformação assusta. É difícil entender como alguém super bem sucedido muda de carreira. Minha mãe ficou muito preocupada, mas hoje já compreendeu que estou muito mais feliz e realizada, pois além de trabalhar à noite, horário que mais gosto, posso acompanhar meus dois filhos crescerem. E inclusive ganhando mais do que antes”, diz Ana John, seu nome artístico.
O trunfo de Ana foi buscar o seu diferencial, tocando jazz. “Percebi que havia uma demanda para o mercado de luxo e investi nele. Hoje abro eventos como a Flip (Festa Literária de Paraty) e a Bienal de Arte. E no final do ano fechei o show do Caetano Veloso com a Maria Gadú, entre outros”, comemora.
Além disso, produz e dirige o pocket show Hollywood Monday, que acontece no restaurante Trindade às segundas-feiras, em São Paulo. Um espetáculo de jazz com canções clássicas do cinema, que tem a colaboração do crítico Rubens Ewald Filho. Ana também dá cursos de marketing para músicos e DJs, está abrindo uma empresa de agenciamento de artistas e planeja ter uma banda no futuro próximo.
Hora certa
Às vezes a mudança não é programada com antecedência. Foi o caso da nutricionista Débora Leite dos Reis Moreno, 38 anos. Ela trabalhou durante 13 anos em hospitais, mas o último emprego foi tão estressante que resultou no pedido de demissão. “Foi então que meu marido sugeriu que eu fizesse o curso de maquiagem que eu sempre quis e nunca tinha tido tempo.” Lá ela conheceu o maquiador Dario Marinho, com quem começou a trabalhar como sua assistente. Um ano e meio depois, Débora trabalha em dois salões, atende clientes particulares, faz eventos e participações em programas globais. “Nunca fiz nada na vida que gostasse tanto e sentisse tanto prazer”, diz ela, feliz, feliz.
No seu caso, ela contou com o apoio emocional e financeiro do maridão, que segurou as pontas enquanto ela fazia estágios sem ganhar um tostão. “Fui a muitos eventos só para aprender e fazer contatos.” Valeu a pena. Hoje ela até dá aulas sobre sua técnica.
Medo
Um pouquinho de frio na barriga no início é normal. “Claro que eu tinha receio de deixar o salário filé mignon, mas não me arrependo de maneira alguma”, diz Ricardo.
Para Débora, o problema foi o ganho menor. “No primeiro mês fiquei desesperada porque estava recebendo muito menos, mas no segundo consegui sete trabalhos, que aumentaram minha confiança”, conta a maquiadora.
Se você está pensando em seguir o mesmo caminho, avalie se está disposto a mudar seu padrão de vida, pelo menos por um tempo. “Também é importante não ser muito medroso, ter boa autoestima e sentir prazer em aprender algo novo. Lembre-se de que você sairá do cargo de expert para o de iniciante”, lembra Anette.
Adriana afirma ainda que toda mudança, mesmo sendo boa, demanda muita energia e é desgastante. “Mas o ganho com a troca, quando feita com seriedade e consciência, certamente compensa.”
sábado, 5 de fevereiro de 2011
Corpo e Bem-estar
Após três semanas, você estará pronta para aumentar o esforço. Nessa fase, diz Marco Antônio, o recomendável é fazer três séries de 15 repetições, pelo menos três vezes semanais. O nível avançado começa três semanas mais tarde, também com três séries de 15 repetições por, pelo menos, três vezes semanais. Quando os exercícios ficarem mais fáceis, você pode aumentar de três para quatro séries de repetições.
Acessórios
Eduardo Furtado, da Physical, sugere ainda o uso de uma bola suíça (aquelas grandes), que permitem fazer diversos exercícios com eficácia e sem tanto esforço. Um colchonete também ajuda. O professor é ainda mais otimista que Marco Antonio: "Para quem não precisa perder muita coisa, oito a 12 semanas de treinamento aliados a uma dieta bem balanceada costumam trazer bons resultados".
sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011
Apagão atinge ao menos sete Estados do Nordeste
"Passando essa fase de restabelecimento, vamos então ver a causa da ocorrência", disse o presidente da Chesf.
Em Recife (PE), boa parte da energia retornou por volta das 3h, no horário local (4h no horário de Brasília), mas alguns bairros continuavam às escuras por volta das 5h. Segundo os bombeiros, o retorno foi gradativo e com pequenos apagões de minutos. O "JC Online", de Pernambuco, afirma que há relatos de saques no Recife. O site informa também que o fornecimento de energia elétrica já foi normalizado em Fortaleza, mas cidades do interior do Ceará ainda estão sem energia.
*Com informações da Agência Estado e da Folha.com