segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Blog Day 2009

É hoje o dia! Para quem não faz idéia do que seja, explico: dia 31 de agosto é considerado o "Dia Mundial do Blog". A data, divulgada por blogueiros do mundo todo, é uma referência à linguagem dos programadores, onde 3108 significa "blog". E como nos anos anteriores, neste 5º Blog Day, comemora-se de maneira bem ao estilo do compartilhamento que se espera da blogosfera, indicando cinco blogs que você gosta, lê, admira, etc. É uma forma bem legal de divulgar para os leitores, blogs que você descobriu, sejam eles novos ou não. Este ano a nossa lista é a seguinte:
01 - Educa Tube: O Educa Tube é uma iniciativa de José Roig, a partir de conversa via MSN com a colega Elisângela Zampieri Panisson, educadora e editora do blog Sobre Educação, que lhe solicitara a indicação de alguns vídeos educacionais para utilização em um curso. Depois disso, o José Roig pensou em criar um espaço virtual para reunir seus vídeos preferidos que usava em sua prática escolar, na formação de professores da rede pública estadual do Rio Grande do Sul, em cursos de informática educativa. O Educa Tube passou a reunir vídeos educacionais, curta-metragens, apresentações de slides, indicação de recursos tecnológicos e material diverso. E o que, em tese, fora pensado para servir de apoio aos colegas e amigos, tornou-se um blog destacado e visitado por vários. Diversos colegas passaram a lhe sugerir vídeos e outros recursos. Graças ao Twitter, ampliou os horizontes, recebendo indicações diretas e indiretas, através de outros educadores. o Educa Tube, que era um entre outros blogs que ele tem (educacionais, literários, artísticos e culturais, entre individuais e colaborativos), tornou-se em pouco tempo o seu principal blog, por reconhecimento e visibilidade.
02 - De Mattar:

"Este blog possui várias ‘categorias’ (que aparecem do lado direito da tela), nas quais você pode pesquisar os últimos posts e os respectivos comentários. Depois de lidos, você pode também inserir seus comentários, que serão sempre muito bem-vindos.

Não deixe de ler também os comentários das outras pessoas (clicando em ‘comentários’ em cada post).

Além disso, você pode também capturar os endereços dos RSS das Publicações e dos Comentários, exportando-os para um leitor de RSS. Veja como exemplo o SuprGlu ou o Netvibes.

Por fim, pode também se inscrever no blog (mas, para falar a verdade, ainda não sei o que isso significa… rs).

A partir de 09/2007, eu comecei a controlar os comentários que incluíssem agressões contra pessoas ou instituições, ou que me parecessem ferir direitos de propriedade intelectual, como direitos autorais. Portanto, cancelei alguns comentários que haviam sido postados antes desta data. Quem achar que fui injusto, por favor me envie um e-mail e procuraremos resolver isso. Mais para a frente, se for necessário, pensarei em uma política mais explícita para justificar o que considero agressões ou problemas de direitos autorais."

03 - Obvious: Maravilhoso! "Um olhar mais demorado..." em diversas categorias, como Artes e letras; Arquitetura; Tecnologia; Design; Fotografia; Música; Humor; Motores; Cinema; bd/hq; Televisão; e Outros.
04 - Mônica Firmida: "Tecnologias de informação e comunicação (TICs) são recursos que podem faciltar muitas coisas em nossas vidas nos dias de hoje... Inclusive nos permitir estar aqui, trocando infomações sobre medicina, tecnologias, educação a distância, arte, lazer e vida!"
05 - Fazendo Blogs: Esse é um BLOG com o objetivo de contribuir com a criação de BLOGS na prática pedagógica. Funções, tipos e formas de fazer. Vídeos com exemplos de como criar e de sua relevância para o trabalho docente.

25º CARURU E EXPOSIÇÃO DE FOTOS BLOCO ALVORADA

Governo planeja disseminar internet rápida

Em diversas frentes, o governo federal estuda um plano para disseminar a internet em banda larga no Brasil. Vários países têm adotado esse tipo de política como parte de um conjunto de medidas para enfrentar a crise econômica. No caso brasileiro, onde a turbulência não foi das mais fortes, a ideia não tem esse viés de medida anticíclica. Porém, há uma percepção crescente de que o acesso às redes de alta velocidade pode ser um indutor de desenvolvimento.
Uma versão preliminar do chamado Plano Nacional de Banda Larga deverá ser apresentada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em outubro, pelo ministro das Comunicações, Hélio Costa. Caberá ao ministro a coordenadoria geral do programa. A Casa Civil ficará com a secretaria executiva, explicou Cezar Alvarez, assessor especial da Presidência da República. A pasta das Comunicações vem conduzindo estudos sobre o tema, junto com outros ministérios. Porém, outras instâncias do governo também estão debruçadas sobre o tema.
Anteontem, foi publicado no "Diário Oficial da União" decreto estabelecendo o Comitê Gestor do Programa de Inclusão Digital, que ficará sob o comando da Casa Civil e terá representantes dos ministérios das Comunicações, do Planejamento, da Saúde, da Educação e de Ciência e Tecnologia. "Já vínhamos nos reunindo informalmente", disse Alvarez, que participou ontem do 53º Painel Telebrasil, realizado no Guarujá. A Secretaria de Assuntos Estatratégicos (SAE) da Presidência da República, a cargo do ministro interino Daniel Vargas, também trabalha num projeto de incentivo à banda larga em todas as regiões brasileiras. "Temos que iniciar o debate sobre a perspectiva de mudar a regulamentação do setor (de telecomunicações)", destacou Vargas. A SAE tem várias sugestões: criar regras para as chamadas operadoras "virtuais" - que alugam a rede de empresas concorrentes para prestar seus serviços -, alocar as faixas de frequência do espectro de forma mais flexível e dotar o Estado de uma infraestrutura própria para levar o acesso à banda larga a municípios pequenos. A oferta do serviço ao usuário final caberia a provedores locais.
Segundo Vargas, essa rede estatal poderia utilizar a infraestrutura de outras empresas, como as de saneamento e de energia elétrica. "Outra opção seria criar uma empresa pública para o transporte de dados", ponderou, sem mencionar abertamente o projeto de reativar a Telebrás.
Nenhuma das idéias da SAE, contudo, é mais complexa que a proposta de desonerar os produtos de banda larga. A secretaria propõe que os serviços de acesso à internet, hoje enquadrados como telefonia - ou seja, tributados com ICMS - passem a ser tratados como serviços de valor adicionado, sobre os quais incide o Imposto sobre Serviços (ISS), cujas alíquotas são mais leves. O problema é que o ICMS é de cobrança estadual, enquanto o ISS é municipal.
O assunto começou a ser debatido pela SAE há cerca de dois meses. "A partir do que o governo tem feito, iniciamos um diálogo com lideranças dos ministérios e das agências reguladoras", afirmou Vargas. Segundo ele, os pontos debatidos pela secretaria podem ser incorporados ao Plano Nacional de Banda Larga. No entanto, ele fez uma ressalva. "O que sair neste ano, sai. O que ficar para 2010, que é um ano eleitoral, fica muito difícil."
A ampliação da infraestrutura de banda larga também é objeto do programa que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão ligado ao Ministério de Ciência e Tecnologia, como parte dos preparativos para o Brasil abrigar a Copa do Mundo de 2014. Segundo Eduardo Costa, diretor da Finep, a questão foi apresentada ao presidente Lula na semana passada. Em todas essas discussões, ainda não está claro se o governo pretende investir recursos públicos e se vai encontrar formas de usar os quase R$ 8 bilhões presos no Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust). A abertura desses debates vai ao encontro dos interesses das operadoras de telecomunicações, que há anos tentam emplacar um projeto para o setor com apoio do governo - até agora, sem sucesso.
Ontem, durante evento que reuniu as principais empresas do setor, representantes das teles e de fornecedores de equipamentos redigiram a "Carta do Guarujá" - documento em que sugerem uma união de forças com o poder público para disseminar a banda larga. Hoje, há pouco mais de 11 milhões de conexões de internet rápida no país. Uma das sugestões do empresariado é a criação de um fórum do Estado Digital, instância que reuniria representantes do governo, da iniciativa privada e da sociedade civil para debater temas relacionados à inclusão digital. Outra proposta defendida é a formação da Confederação Nacional de Informação e Comunicações Multimídia. A ideia é reunir federações de empresas que atuam diretamente na oferta de banda larga e de serviços associados.
Nesse sentido, o primeiro passo prevê o fortalecimento da Federação Brasileira de Telecomunicações (Febratel), congregação de sindicatos patronais de telefonia, TV por assinatura e radiocomunicações. A Febratel, que será relançada e receberá aporte dos associados, deu posse ontem a uma nova diretoria. O órgão será comandado pelo presidente da Telefônica, Antonio Carlos Valente, que entra no lugar do presidente do grupo Algar, Luiz Alberto Garcia.
"Quando se define um setor como prioridade nacional, a gente entende que ele deve ser tratado de forma diferenciada", disse Valente, referindo-se à reivindicação das operadoras para que a carga tributária incidente sobre o setor - que ultrapassa 40% da conta de telefonia - seja reduzida.
Executivos das operadoras comemoraram o interesse do governo de começar a discutir a expansão da banda larga no país. "O fato de haver coerência sobre um tema prioritário já é muito importante", afirmou o presidente da Vivo, Roberto Lima. No entanto, ele observou que ainda é preciso alinhar as diversas visões dentro do governo. "Há algumas mais estatizantes e outras menos estatizantes", disse o executivo da Vivo. Na avaliação de Lima, a colaboração com a iniciativa privada pode ser "a melhor forma de trabalhar".
Fontes:
Valor Econômico

Guarda-chuva de ombro

Mais uma invenção japonesa: para ficar com as duas mãos livres embaixo de chuva nada melhor do que esse guarda-chuva com prendedor para o ombro!

sábado, 29 de agosto de 2009

Criatividade na mesa

Pai britânico inventa 'sanduíches-esculturas' para fazer filho comer melhor

Um pai de família britânico está transformando em negócio o que começou como uma brincadeira para tentar fazer um de seus filhos comer melhor.

Mark Northeast, um webdesigner de 36 anos, percebeu que seu filho de 4 anos "devorava" sem problemas legumes, verduras e carnes se eles viessem servidos em sanduíches em forma de animais ou personagens de desenhos animados.

"Meus amigos então começaram a me incentivar a transformar a ideia em uma ferramenta para ajudar pais e filhos a se divertir na hora de comer e a experimentar mais ingredientes diferentes", disse ele à BBC Brasil.

Nesta semana, ele aceitou uma proposta para publicar um livro com suas criações, e pretende estender sua marca, Funky Lunch, a produtos como lancheiras e aventais.

"Também pretendo começar a trabalhar em criações que incentivem um café da manhã e um jantar mais divertidos", contou.

Crianças 'enjoadas':

Para Northeast, ter de inventar comidas para agradar as crianças não deve fazer com que elas fiquem cada vez mais "enjoadas" para comer.

"A prova é que funcionou com meu filho. Ele hoje come tomate, por exemplo, que era algo que ele não comia", afirmou.

Ele reconhece que nem sempre os pais têm tempo e paciência para "inventar".

"Mas espero que eles possam se inspirar no meu trabalho e usar a ideia de maneira positiva para garantir que as crianças façam refeições variadas e saudáveis", disse.

O webdesigner de 36 anos reconhece que muitos pais não têm tempo nem paciência para inventar na cozinha.
Mark Northeast/www.funkylunch.com
Um crocodilo com escamas de pepino, deitado em folhas verdes e frango é uma das criações de Mark Northeast.
Mark Northeast/www.funkylunch.com
Incentivado pelos amigos, Northeast agora tem um site e deve publicar um livro com seus sanduíches divertidos. Ele também espera aumentar a marca Funky Lunch.
Mark Northeast/www.funkylunch.com
O britânico decidiu criar animais e outras figuras para incentivar seu filho de 4 anos a comer melhor. Segundo ele, a ideia funcionou.
Mark Northeast/www.funkylunch.com
Mas ele espera que todos usem suas idéias como inspiração para tornar as refeições mais alegres e saudáveis.
Mark Northeast/www.funkylunch.com

Salvador ganha loja afro

Tem novidade na cidade para quem adora roupas e acessórios inspirados na herança africana. A estilista Saraí Santos, especializada no design afro, acaba de abrir a Ifá Veste. O local oferece roupas e acessórios feitos aqui, mas também produtos importados como tecidos vindos da Nigéria e de Angola.

Saraí já trabalha com moda há 20 anos e agora decidiu investir em expor seu trabalho num espaço próprio. Ela também atua como figurinista do Teatro Vila Velha, além de confeccionar roupas para o candomblé.

É interessante saber que Salvador conta com um espaço deste tipo. Para quem desejar fazer uma visita, a loja fica na Avenida Leovigildo Filgueiras, Edifício Paulus Garden, 160, loja 03, Garcia, telefone 3247-2029.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Internet está completando 20 anos, agora em 2009

Web completa 20 anos: veja toda a história!

Já são mais de 200 milhões de sites, mais de 1 trilhão de URLs e quase 2 bilhões de usuários.
O www completou, em 2009, 20 anos de existência. O "maluco" que inventou a rede mundial de computadores é um cientista inglês chamado Tim Berners Lee. Em duas décadas de vida, já são mais de 200 milhões de sites, mais de 1 trilhão de URLs e quase 2 bilhões de usuários. Quer saber toda a história da Internet? Então confira a matéria acima!
Agora... quer fazer uma viagem ao passado e visualizar a internet de anos atrás? No site WayBack Machine, você consegue acessar todos os sites da rede desde a sua criação. O Olhar Digital, por exemplo, já teve várias caras diferentes. Clique e confira. É, no mínimo, curioso!
Link:

Colagens de Audrey Smith

Com cores, formas e texturas suaves, as colagens de Audrey Smith tem grande efeito visual, e devem ficar um charme emolduradas, na parede!!! Para ver mais visite sua loja no Etsy.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Juíza discute situação do negro no século XXI

Nesta quarta-feira, 26, a juíza Luislinda Dias de Valois Santos, lança seu primeiro livro, “O negro no século XXI”, pela editora curitibana Juruá. O lançamento acontece na livraria Saraiva do Salvador Shopping, às 19h30.

Em setenta e duas páginas, Luislinda faz um ensaio sobre a situação atual do negro em diversas áreas, como lazer, educação, trabalho, justiça social, políticas públicas, esporte. A juíza abandona o ‘juridiquês’ e escreve numa linguagem simples e direta, de fácil compreensão. Os exemplares estão a venda por R$ 19,90.

Luislinda ainda terá sua vida contada no livro “A juíza que rodou a baiana”, escrito pela jornalista Lina de Alburquerque e que deve ser lançado no final deste ano. “O projeto prevê cerca de cinquenta horas de gravação de entrevistas com a personagem e pessoas diretamente ligadas a ela”, conta Lina.

É sempre o negro o delinquente.

O professor pediu o material de desenho, a custo o pai de Luislinda conseguiu com­prar um, meio remendado. Pois bastou o professor ver o material para magoá-la para sempre. “Menina, deixe de estudar e vá aprender a fazer feijoada na casa dos brancos”. Ela chorou, ainda se emociona quando relembra, 58 anos depois. Mas tomou coragem e retrucou: “Vou é ser juíza e lhe prender”. A primeira parte, ela cumpriu. Em 1984, a baiana Luislinda Valois Santos tornou-se a primeira juíza ne­gra do País. Não à toa, também foi ela quem proferiu a primeira sentença contra racis­mo no Brasil. Em 28 de setembro de 1993, condenou o supermercado Olhe Preço a indenizar a empregada domésti­ca Aíla de Jesus, acusada injustamente de furto. Aos 67 anos, lança em agosto seu primeiro livro, “O negro no século XXI”.
Como foi sua infância? Imagino que não tenha tido muitos recursos…

Faça uma pequena ideia (risos). Mi­nha mãe era lavadeira e costureira e meu pai era motorneiro de bonde. Minha infância foi miserável, mas meus pais sempre primaram pela educação e pela nossa saúde. Quan­do eu tinha 9 anos, estava começan­do a estudar, um professor pediu um material de desenho e meu pai, coi­tado, não pôde comprar o que ele pediu, mas comprou outro. Quando cheguei à escola, feliz da vida, ele disse: “Menina, se seu pai não pode comprar o material, deixe de estu­dar e vá aprender a fazer feijoada na casa dos brancos”. Imagine como foi marcante pra mim (chora). Saí cho­rando. Mas sou muito impetuosa. Voltei, fui em cima dele e falei: “Não vou fazer feijoada para branco, não. Vou é ser juíza e lhe prender”. Em ca­sa, ainda tomei uma baita surra do meu pai. Naquela época, não se po­dia desrespeitar professor.

Começou a trabalhar cedo?

Com 7 anos, quis aprender datilo­grafia e, para pagar o curso, minha mãe sugeriu que eu lavasse aquelas fraldas de pano que se usava na épo­ca. Aí fiz isso. Mas, trabalhar real­mente, comecei com 14 anos, como datilógrafa. Comecei na Companhia Docas da Bahia e, logo em seguida, minha mãe tinha acabado de mor­rer, me arrumaram um trabalho no DNER (Departamento Nacional de Estradas e Rodagem, hoje Dnit). Fui crescendo lá: trabalhei como escre­vente, escriturária, chefe de orça­mento. Estudei filosofia, não con­cluí, depois comecei teatro, mas meu pai não me deixou cursar, disse que era coisa de prostituta. Aí, um dia, decidi fazer direito. Já tinha uns 34, 35 anos. Me inscrevi e passei na Universidade Católica. Me formei aos 39 anos, no dia 8 de dezembro e, no dia 9, começaram as inscrições para o concurso de procurador do DNER. Passei em primeiro lugar no Brasil. Mas não pude assumir aqui.

Por que não?

A pessoa que passou em último tam­bém era daqui da Bahia. Como eu não tinha padrinho político, algu­mas autoridades me puseram numa sala e falaram: “Doutora, precisa­mos da sua vaga aqui. Vamos lhe oferecer Sergipe ou Paraná”. Aí fa­lei: como vocês estão me mandando embora, vou logo para longe. Fui para o Paraná. Com 90 dias, o chefe da procuradoria de lá se aposentou e fui designada para a vaga dele. Morei lá quase 8 anos.
Li que, antes de estudar direito, a senhora participou de um concurso de beleza. Como foi isso?

Trabalhava no DNER, tinha uns 20 anos, e um dia me chamaram na diretoria e falaram: “estão abrindo um concurso da Mais Bela Mulata e você vai ser a nossa miss” (risos). Aí eles foram falar com meu pai. Era de maiô e tudo, imagine… Meu pai fi­cou bastante reticente, mas por fim pediu a seu Rangel, que era o chefe do administrativo, para assinar um documento se responsabilizando pela minha integridade física (risos). A integridade física da época era a tal da virgindade, a preocupação era essa. Teve várias etapas. As mais im­portantes foram no Forte de São Marcelo e na Rua Chile, que era o point. Ganhei como Miss Simpatia.

E como se tornou juíza?

Estava em Curitiba e vim de férias pa­ra cá, soube do concurso pelo jornal A TARDE, que meu pai comprou. Fa­lei: pronto, é agora. No dia seguinte, fiz a inscrição e as provas. Aí, uma noite, o telefone tocou e a menina disse que eu tinha sido aprovada. Acordei meia Curitiba, né? (risos). O fato de ser a primeira juíza negra do Brasil só me dá responsabilidade. Até hoje só temos dois ministros ne­gros nos tribunais superiores. Por que isso? A inteligência não é priva­cidade de nenhuma raça. Até por­que só existe uma raça, a humana. Ser juíza não é difícil. É só ter bom senso, estudar de manhã, meio-dia, de tarde e de noite e gostar de lidar com gente. Não pode pensar que, só porque o cidadão é marginal, ele já merece estar enclausurado. Primei­ro se vai ver por que aquele sujeito virou marginal. A sociedade é quem escolhe quem vai delinquir. E te digo mais: nesse momento, a sociedade escolheu que é o negro, pobre, jo­vem, da periferia. Na hora que se tem de condenar, se não tiver a quem condenar, se condena o ne­gro, mesmo que ele ainda esteja no ventre da mãe.

A senhora falou que não é “porque o ci­dadão é marginal que já merece estar en­clausurado”. A sociedade espera uma resposta, de todo modo.

A sociedade não colabora para que as pessoas não cheguem a delinquir. O que é que se tem de dar? Oportu­nidades. Primeiro, educação de qualidade e continuada. Imagine uma pessoa que tem oito, dez filhos, se depara uma manhã sem ter o pão para alimentar seus filhos. Se não ti­ver muito equilíbrio, faz bobagem.

Já se viu diante de um caso desse? Como a senhora agiu?

Já, no interior. Resolvi da seguinte forma: fui até o prefeito e consegui um serviço de jardinagem para ele. A pena que dei foi que, com o primei­ro salário, ele pagasse o que tinha pego. Nunca mais ouvi falar que es­se rapaz fizesse nada de ilegal. Digo sempre o seguinte: se tiver eu e uma loira juntas, o que sumir primeiro, fui eu que peguei. É sempre o negro que é o delinquente de hoje.

No seu trabalho como juíza, ainda sofre muito preconceito?

Sou a sétima juíza mais antiga do Es­tado e nunca consegui ser convoca­da para o Tribunal. Me sinto prete­rida. Tenho certeza de que já era pa­ra eu ser desembargadora há muito tempo, preencho todos os requisi­tos. Para se saber o que é racismo, é só ficar negro por 48h. Certa vez, no juizado de Piatã, aproveitei o tempo para arrumar uns processos. Che­gou uma advogada e falou: ‘O juiz vem hoje?’. Eu aí fiz um sinal para a moça não dizer que era eu. A advo­gada ficou lá, reclamando que juiz nunca chegava na hora, coisa e tal. Na hora da audiência, subi, pus a to­ga e, quando ela me viu, não acertou fazer nada. Tive de adiar a audiên­cia. Falei: ‘Tenha paciência, a senho­ra toma um chazinho de erva-cidreira e, amanhã, nós continuamos’. Precisa maior racismo do que esse?

A senhora proferiu a primeira sentença contra racismo no Brasil. Como foi a re­percussão do caso?

Me lembro bem. Aíla Maria de Jesus foi a um supermercado e quando es­tava saindo, o segurança a humi­lhou, disse que ela tinha posto na bolsa um frango congelado e dois sabonetes. Ela falou que, se ele cha­masse a polícia, ela abriria a bolsa. Aí, a polícia chegou e viu que não ti­nha nada. Na época, a repercussão foi que o feitiço virou contra o feiti­ceiro (risos). Comecei a receber ameaças, o pessoal ligava para a mi­nha casa dizendo: “Onde é que essa negra faz supermercado?” Fiquei com medo e pedi afastamento, re­solvi voltar para Curitiba. Aí fui ao banco com meu filho, me sentei e ele foi resolver as coisas para mim. Passou um tempo o segurança ficou me olhando, depois veio outro, depois veio o gerente. E eu lá sem saber o que fazer. Pensei: se eu me mexer para pegar minha car­teira de juíza, eles podem pensar que eu estou armada e me matar. Quando meu filho voltou, criei alma nova. Ele falou: “O que é isso com minha mãe?”. E o gerente respondeu: “Ela ficou muito tempo aí sentada”. Chorei a tarde inteira.

No livro “O negro no século XXI”, a senhora diz que “a Justiça é inacessível ao negro pobre”. A senhora é uma das idealizadoras do Balcão de Justiça e Cidadania, que atende moradores das pe­riferias. Isso vem melhorando?

Sim. Criei o Balcão de Justiça e Cidadania, o Justiça Bairro a Bairro, Justiça Itinerante da Bahia de Todos-os-Santos e o programa Justiça, Escola e Cidadania, para levar a Justiça às escolas públicas. Recebi em Brasília, em 2006, o Primeiro Premio de Acesso à Justiça, pelo trabalho desenvolvido pelo Balcão. A ideia é resolver conflitos pela mediação, inclusive divórcios, separações, pensão alimentícia, que são os casos mais frequentes. As pessoas acham que, para ir até a Jus­tiça, têm de estar com uma roupa muito arrumada, mas não precisa nada disso. Hoje, trabalho no juizado da Unijorge, que eu implantei.

Por que a Justiça na Bahia é uma das mais lentas no Brasil?

Primeiro, temos um número pequeno de magistrados e um número inaceitável de desembargadores. No Paraná, que é bem menor que a Bahia, são 120 desembargadores. Aqui, são apenas 35. É humanamente impossível. E a falta de re­cursos colabora bastante negativamente.

O movimento negro muitas vezes pleiteia políticas específicas, como as cotas. Isso não fere a Constituição, que diz que “todos são iguais perante a lei”?

Não se pode igualar os desiguais. Tudo que é inferior é encaminhado ao negro. As cotas são importantes, mas não permanentemente, por­que senão parece esmola. É enquan­to se equipara o ensino público e pri­vado. O problema é que a qualidade da escola pública não melhora.

A maioria das vítimas de homicídio em Salvador são jovens negros. Qual é a par­cela de responsabilidade da Justiça? Há apenas duas varas do júri para julgar es­ses casos.

Depois da visita a presídios, resolvi criar um projeto: Inclua no trabalho e na educação e exclua da prisão, para ocupar os jovens da periferia. A te­levisão fica com aquele ‘compre, compre, compre’. O adolescente vê um tênis e quer adquirir, seja como for. Pai e mãe também não têm con­dições, saem para trabalhar, deixam o menino sozinho. O que acontece? O traficante vai e coopta. O poder pú­blico é culpado por não dar condi­ções para as famílias terem uma vida mais digna. Isso tudo vai desaguar no Judiciário, e falta estrutura.

No livro, a senhora também fala sobre aborto. É a favor da descriminalização?

Acho que se trata o assunto olhando somente a mulher pobre. A mulher rica faz aborto a todo instante, mas isso não vem a público, ela não mor­re, nem é presa. Acho que tem de deixar de ser crime, sim. Ninguém aborta porque quer.

A senhora é de santo, e o pastor Márcio Marinho, da Igreja Universal, assina a contracapa do seu livro. Como é a relação de vocês?

Me criei no candomblé, sou filha de Iansã. Acho que, primeiro, não se deve olhar a religião da pessoa, mas sim quem ela é. Já fiz parcerias com a Igreja Universal, e eles sempre cum­priram o papel deles.

Laptops Disfarçados

Com larápios sempre esperando por um vacilo é bom usar a criatividade e tentar de tudo para não ter o notebook roubado. Por isto são ótimos estes cases que imitam jornais.
São cinco opções de publicações feitas para laptops que caibam nas medidas 37,7 x 27,5 x 3,4 cm, como o Mac Book Pro da imagem. Custa 60 euros e pode ser encontrado AQUI
FONTE: Bem Legaus

CRIA convida para Mostra de Artes

Para saber mais acesse www.criando.org.br

terça-feira, 25 de agosto de 2009

3 de setembro às 18 hs no Páteo da Escola de Belas Artes

Homenagem a Bule Bule dia 28 de agosto na Biblioteca Juracy Magalhães Jr.

Em comemoração ao Dia Nacional do Folclore (22 de agosto), a Biblioteca Juracy Magalhães Jr., no Rio Vermelho, realiza no dia 28 (sexta-feira), às 14h30, uma homenagem especial ao repentista, cordelista, poeta, músico e cantador Bule-Bule, um dos mais representativos artistas populares da Bahia. A programação traz atrações musicais, poesia, cordel e a apresentação do repentista Paraíba da Viola e Antonio Queiroz, artistas populares que fazem shows diariamente no Mercado Modelo, onde comercializam folhetos de cordel. O evento é gratuito e aberto ao público.
A homenagem a Bule-Bule será o encerramento das atividades realizadas pela Biblioteca durante todo o mês de agosto, Mês do Folclore. Na programação: contação de histórias abordando o tema folclore, no setor infantil, uma exposição de documentos do seu acervo sobre o tema e objetos do artesanato nordestino, aberta a visitação até o dia 31 e uma roda de capoeira em comemoração ao dia do capoeirista com o mestre Canguru e seus alunos, no dia 27, às 10h. Fizeram também parte das comemorações ao Folclore na Juracy Magalhães, o professor e cordelista Antonio Barreto que apresentou o seu novo cordel sobre o acordo ortográfico no dia 07/08 e o filme Patativa do Assaré, exibido no dia 18/08.
Bule Bule, nasceu em 22 de outubro de 1947, na Cidade de Antônio Cardoso no Estado da Bahia. Ao longo dos seus mais de 38 anos de carreira gravou seis CDs (Cantadores da Terra do Sol, Série Grandes Repentistas do Nordeste, A fome e A vontade de Comer, Só Não Deixei de Sambar, Repente Não Tem Fronteiras e Licutixo), quatro livros editados (Bule Bule em Quatro Estações, Gotas de Sentimento, Um Punhado de Cultura popular, Só Não Deixei de Sambar), mais de oitenta cordeis escritos, participação em vários seminários como palestrante, varias peças teatrais e publicitárias. Atualmente ocupa o cargo de Gerente de Cultura da Prefeitura Municipal de Camaçari, diretor da Associação Baiana de Sambadores e Sambadeiras do Estado da Bahia e da Ordem Brasileira dos Poetas da Literatura de Cordel. Recentemente foi premiado com o Prêmio Hangar de Música no Rio Grande do Norte junto com Margaret Menezes e Ivete Sangalo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Secretaria da Educação do Estado da Bahia - Todos pela alfabetização

Adesão das entidades negras ao programa TOPA
"Todos pela alfabetização"
OFÍCIO CED/DIREM /SUDEB Nº 19/2009

Prezados (as) organizações negras da Bahia,

O Governo do Estado da Bahia vem promovendo uma ação de redução do analfabetismo através do Programa TOPA – Todos pela Alfabetização, implantado em 2007, que estabeleceu como meta reduzir o analfabetismo até o ano de 2010, em 1 milhão de pessoas acima de 15 anos. Para tanto, em 2008, o TOPA teve a adesão de 411 municípios e 441 entidades dos movimentos sociais e sindicais, perfazendo uma demanda de 404 mil alfabetizandos/as.
Em atendimento às Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira, a Secretaria da Educação, por meio do Programa TOPA e da Coordenação de Educação das Relações Étnico-Raciais e Diversidade, está desenvolvendo uma política de mobilização das organizações negras para a adesão ao TOPA. A adesão das organizações sociais negras ao TOPA é estrategicamente importante para possibilitar que o processo de alfabetização implantado pelo TOPA na Bahia, onde se concentra umas das maiores populações negras da diáspora africana no mundo, se realize a partir da valorização da história e cultura africana, afro-brasileira e quilombola.

Dessa forma, as organizações do movimento social negro contribuirão com o processo de erradicação do analfabetismo em nosso Estado, e, de forma inovadora e necessária do ponto de vista político-pedagógico, garantindo a inclusão digna da História e Cultura Africana e Afro-Brasileira.

Nessa perspectiva, estamos convidando todas as Organizações dos Movimentos Negros Baianos para participarem de uma reunião no dia 27 de agosto de 2009 às 14:00h, no Colégio Estadual Central da Bahia, na qual iremos disseminar maiores informações e já credenciar as organizações interessadas nessa parceria.

Atenciosamente,

Nádia Cardoso

Coordenação de Educação das Relações Étnico-Raciais e Diversidade

Secretaria da Educação do Estado da Bahia

domingo, 23 de agosto de 2009

Caras da moda

Se as suas roupas tivessem uma cara, quais seriam elas?!
Brincadeiras à parte, este é o trabalho de Bela Borsodi, que faz incríveis produções usando apenas peças de vestuário.
Com trabalhos feitos para dezenas de editoriais de revistas, além de campanhas publicitárias para inúmeras marcas famosas, seus cliques e animações são simplesmente sensacionais.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Pintura em bandejas de ovos

EGGCUBISM
Esta é mais uma daquelas formas de arte expressas em objetos totalmente inimagináveis: bandejas de ovos!
Enno de Kroon, artista holandês, criou o que ele chama de "Eggcubism".
Suas pinturas nas clássicas bandejonas de transporte de ovos têm um apelo diferente,
mudando de tons, cores e perspectivas conforme o ângulo do espectador e graças ao
formato totalmente improvável de suas "telas".
Alinhar à esquerda

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Festa dos tambores

Festa dos Tambores

A festa vai ser conduzida pelas bandas dos blocos afro Ilê Aiyê, Cortejo Afro, Ókánbí, Os Negões, Malê Debalê e Muzenza. Começa a partir das 21 horas na Praça Tereza Batista, no Pelourinho. Segundo França é a primeira vez que os mais conhecidos blocos afro da cidade realizam uma apresentação conjunta do porte da que vai acontecer. O encontro marca também a celebração dos 211 anos da Revolta dos Búzios, comemorados no último dia 12.

Alinhar ao centro

Lançamento Histórias de Negro

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Comemora-se hoje o dia mundial da Fotografia.

São 170 anos!

19 DE AGOSTO - DIA MUNDIAL DA FOTOGRAFIA

Retrato de Louis Daguerre, 1840
Por Enio Leite - Focus Escola de Fotografia
http://www.focusfoto.com.br
Foi numa manhã, mais precisamente no dia 19 de agosto de 1839, que a fotografia se tornou de domínio público em território francês. O anúncio oficial foi feito na Academia de Ciências e Artes de Paris, pelo físico François Arago, que explicou para uma platéia espantada os detalhes do novo processo desenvolvido por Louis Jacques Daguerre. O físico apresentava e doava ao mundo o daguerreótipo.
Naquele momento o ato parecia uma mágica. Uma caixa escura, ferramenta capaz de captar e fixar numa superfície o mundo "real".
Dizem as lendas que em seguida à cerimônia várias pessoas saíram as ruas em busca de uma máquina de fazer daguerreótipos e essa vontade de produzir imagens nunca mais cessou.
Daguerre não perdeu tempo. Antes de doar seu invento a França já havia patenteado o mesmo nas Ilhas Britânicas, Estados Unidos e nos quatro cantos do mundo.
"De hoje em diante, a pintura está morta" declarava o pintor Paul Delaroche. Nos círculos mais conservadores e nos meios religiosos da sociedade, "a invenção foi chamada de blasfêmia, e Daguerre era condecorado com o título de "Idiota dos Idiotas''".O pintor Ingres, ainda que utilizasse os daguerreótipos de Nadar para executar seus retratos, menosprezava a fotografia, como sendo apenas um produto industrial, e confidenciava: "a fotografia é melhor do que o desenho, mas não é preciso dizê-lo".
Baudelaire, um dos mais expressivos representantes da cultura francesa, negava publicamente a fotografia como forma de expressão artística, alegando que "a fotografia não passa de refúgio de todos os pintores frustrados", e, sarcasticamente, celebrava a fotografia "como uma arte absoluta, um Deus vingativo que realiza o desejo do povo, e Daguerre foi seu Messias. Uma loucura, um fanatismo se apoderou destes novos adoradores do sol".Com estas declarações, Baudelaire refletia o impacto causado pela fotografia na intelectualidade européia da época".
Um artigo publicado no jornal alemão Leipziger Stadtanzeiger, ainda na última semana de agosto de 1839, ajuda a compreender melhor este confronto:"Deus criou o homem à sua imagem e a máquina construída pelo homem não pode fixar a imagem de Deus. É impossível que Deus tenha abandonado seus princípios e permitido a um francês dar ao mundo uma invenção do Diabo".(Leipziger Stadtanzeiger ,26.08.1839, p.1) A nova concepção da realidade conturbou o mundo cultural e artístico europeu.
Como entender que a fotografia viesse para ficar, a não ser em substituição das tradicionais formas de representação? Já se havia gasto vãs sutilezas em decidir se a fotografia era ou não arte, mas preliminarmente, ainda não se perguntara se esta descoberta não transformava a natureza geral da arte e da cultura.
A nova invenção teve importância mais filosófica do que científica. Nasceu dentro do germe da sociedade industrial e a partir desta data o mundo nunca mais seria o mesmo.
Evolução cronológica dos principais registros:
Grécia, antes de Cristo – Aristóteles – Criação da imagem através de um orifício.
Século X – Alhazen (árabe) descreveu como observar um eclipse solar no interior de uma câmera obscura.
Século XVI – Redução da câmera obscura (auxiliar na pintura).
Século XIX (1826) – Joseph Nicephore Niépce (francês) foi a primeira pessoa no mundo a tirar uma verdadeira fotografia - processo heliográfico com 8 horas de exposição à luz.
Ano de 1830 – Josef Petzval criou uma nova lente dupla abertura F 3.6 (30 vezes mais rápida que a anterior).
1832/1833 – Hércules Florence descobre isoladamente a fotografia na Brasil - na vila de São Carlos, atual cidade de Campinas (SP).
1835 – Louis Jacques Mandé Daguerre, firmou-se como único inventor da fotografia prática, através de seu - Daguerreótipo - chapa de cobre revestida com prata, banhada com iodeto de prata. Na presença de vapor de mercúrio surge a imagem, gerando um único positivo (era o "polaroid" da época).
1840 – Willian H. Fhox Talbot, descobre o processo negativo/positivo usando como filme folhas de papel sensibilizado (preparado para reagir à luz) que depois foi substituído por vidro. Os negativos de vidro foram usados até os anos 50.
1871 – Richard Leach Maddox, primeira chapa usando gelatina para manter o brometo de prata no lugar.
1877 – George Eastman, popularizou a fotografia com a criação do filme flexível (em rolo), que tinha o nome de "American Film" e vinha com 100 poses.
1925 – Lançamento da câmera 35mm (Leica)...

Carta ao Daguerre, enviada por Mesa de Luz na 18/08/2009 – 11:03 pm

Foto: Nicéphore Niépce, em 1825.

Prezado Daguerre . Quanto tempo hein? 170 anos!! Poucas democracias chegaram perto disso…Se você visse o que anda acontecendo com a nossa amiga…..

Mas tiro o chapéu. Graças a essas suas caixinhas maravilhosas vimos muita coisa ao longo desses anos. Tudo bem, nem tudo foi muito legal. A gente podia passar numa boa sem guerra e tem muito carinha tarado por fotografar uma. Mas por outro lado se não fossem as fotos não saberíamos das carnificinas da Segunda Guerra, o Vietnã teria com certeza durado muito mais tempo e a guerra da Coréia seria só literatura. E Ruanda? Pergunta ao Salgado e ao Natchway. Eles sabem o que é horror. No afã de chegar cada vez mais próximo do front, alguns colegas nossos chegaram aí mais cedo. Quando encontrar com o Capa, dá um abração nele e diz que ele tem todo o meu apoio nessa fofocagem de que aquela foto dele da Guerra Civil Espanhola é armação. E se for? Alguém armou melhor?

Mas mudando de assunto, lembra da Life? Que banho hein? Quanta foto cara. Ninguém mais tem coragem de fazer aquilo, mas ó….todo mundo tem saudades. Aqui nos trópicos nós tivemos a Realidade, show de bola também. Nela a Claudia Andujar deitou e rolou e fez um dos maiores trabalhos de fotografia documental da história. Eu choro cada vez que revejo o trabalho dela. Assim ó com o Eugene Smith, tem até foto dele. Falando nisso e ele? Continua barbarizando aí encima? Aqui todo mundo reverencia.
E o Bresson, continua com régua e compasso? Você não sabe a confusão que ele arrumou aqui. Tem gente que não se agüenta mais de tanto instante decisivo he, he. Eu me divirto com isso. Ah!! Já ia esquecendo, não fala nada não pro Bresson, mas aquela foto do beijo do Doisneau? Pura armação….. (mas cá entre nós…mandou bem também não foi?)

Lembra do Gagarin dizendo “a Terra é azul”? Poético né? Mas se não fizesse a fotinha, ia passar por maconheiro cara. E teve baiano aqui embaixo fazendo música e das boas por causa dessa foto. O que? O que é baiano? Baiano é uma espécie alegre que enche nossos corações de música, poesia e muita preguiça, que ninguém é de ferro.

Mas show mesmo foi ver Pelé dando bicicleta e o Alberto Ferreira tava lá pra fazer a foto, linda, magistral, perfeita como a bicicleta do Rei do futebol (mas todo mundo diz que quem inventou a bicicleta foi o Leônidas da Silva). Pelé gostava dessas coisas sabia? Ele aparece de novo socando o ar e puxando a fileira de craques trás dele, comemorando mais um dos gols que deram o tri ao Brasil no México, na foto do Lemyr Martins.

E aquela foto da pegada do Homem na lua? E tem gente que duvida mesmo vendo a foto! Pra esse pessoal, tudo é armação. Mas duvido que digam que a Marilyn Monroe esvoaçante é armação. Ali é sensualidade pura mesmo!!

Mas deixa eu puxar uma brasinha pra cá. Não vou citar nomes porque você sabe como é, se esquece alguém dá pancadaria, mas….e aquela do Pixinguinha na cadeira de balanço? E aquela São Paulo de sombras e luzes e sem máscaras? E aquela do Lula mostrando o umbigo? E aquela das mulheres trabalhando no sisal? E aquela tempestade linda na Amazônia? E aquela…que loucura!!….do soldado passando por cima do índio e dos nossos 500 anos de história? E aquela outra do soldado caindo da moto? E aquela…linda….de um casal de carvoeiros, cercados de escravidão mas encontrando um momento para um beijo e muita ternura? E aquele cemitério lá nos states (que céu!!)? e aquela do negro segurando uma galinha d’angola? E aquela dos militares perfilados e com as cabeças todas cortadas!!! Bom….eu podia passar a noite toda aqui falando delas, mas como diz o nosso baiano aqui, a coluna tem que acabar.

Estou aproveitando o último pixelmóvel da noite para enviar essa carta. Não se preocupe que logo ela chega aí. O que é pixel? Hummmm…..bom.. manja um grão de prata metido a besta, que gosta de aparecer, purpurinizado? É mais ou menos isso. Mas não se preocupe, a fotografia é sua, continua sua, ninguém tasca. Mas vamos dar uma colher de chá pro Niépce né? A gente já sabe como rolou essa história, tudo bem, não se preocupe. Mas justiça seja feita, ele estava bem na foto. E na real, você teve sorte porque se o Florence tem telefone……

Um abraço do Carlos Carvalho e da turma do Mesa de Luz.
***
Obs: Comemorando os 170 anos da fotografia, uma homenagem de Carlos Carvalho e a turma do Mesa de luz

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Recital poético

Você respeita seus limites?

Vença a resistência em reconhecer suas limitações e viva mais feliz
Fonte: Personare

Você costuma exceder seus limites? Força seu corpo a permanecer acordado mais horas do que ele aguenta? Não consegue dizer não para os outros, se sobrecarregando de responsabilidades e atividades? Coloca-se em situações e relacionamentos com os quais não está em condições mentais ou emocionais para levar adiante? Obriga sua mente a trabalhar mesmo quando ela não já não suporta mais?

Quando não respeitamos nossa identidade física com seus potenciais e limitações, corremos o risco de mal utilizar nosso corpo, causando lesões e danos. Uma pessoa muito insatisfeita com sua aparência física, por exemplo, pode criar distúrbios como anorexia, ou exercitar-se demais e machucar-se. Se alguém tem diabetes ou alergia a algum alimento, mas insiste em comer o que lhe faz mal, agrava sua doença. Assim também são igualmente nocivos os desrespeitos às nossas identidades emocional, mental e espiritual.

Normalmente focamos no que gostaríamos de ser, e não necessariamente em quem realmente somos. Isso leva ao famoso sentimento de vazio. Se a pessoa que desejamos ser está de acordo com nossos limites, com nossa real identidade, seremos satisfeitos e plenos. Entretanto, quando nos pautamos pela verdade dos outros ou na ilusão externa, e não na própria verdade, isso nos leva a muitos tropeços e dor.

Reconhecer os limites da própria identidade nem sempre é um processo agradável. Em um primeiro momento, surge a resistência em aceitá-los. A voz interna do ego-negativo nos gera medo e insegurança, nos fazendo acreditar que se assumirmos nossa verdade, não seremos bons o suficiente ou aceitos, e que nos sentiremos aprisionados e limitados. É preciso nos desapegar das ilusões, de sonhos que aparentemente nos movem, mas na realidade são exatamente aqueles que nos levam para o vazio e frustração.

Quanto mais abertos estamos para buscarmos quem realmente somos e para assumirmos nossa verdade, permitindo-a aflorar, sem o apego às imagens e padrões pré-estabelecidos, mais leve e natural é o processo.

Uma vez reconhecidos os limites de sua identidade, o próximo passo é fazer novos acordos com você mesmo e com quem se relaciona. Passe a trabalhar as horas que seu corpo aguenta. Explique que não pode fazer o favor ao outro, pois isso o sobrecarregaria e o resultado de um favor mal atendido prejudicaria ambos. Aceite que no momento não está preparado para estar em uma situação ou relacionamento, explicando seus motivos ao outro e se permitindo afastar-se para rever sua identidade. Assim, pode utilizar esses verdadeiros, mas de alguma maneira novos, limites de modo suave e justo. Pode inclusive aprimorá-los, assim como se faz com seus músculos na musculação. Uma coisa é levantar cem quilos, não estando preparado para isso e se lesionar. Outra, é treinar, começando com pesos leves, aumentando gradativamente até chegar a 100 kg. Os limites podem ser trabalhados para se tornarem mais flexíveis e fortalecidos, mas respeitando sua verdade e identidade, sem precisar rompê-los e se machucar.

Como saber se estamos respeitando nossos limites?

Esteja atento aos seus sentimentos e impressões, ainda que muitas vezes eles sejam bem sutis. Sabe aquele leve mal estar ou aquela voz baixinha lá no fundo lhe dizendo que algo não é bom? Ou quando você sorri de modo forçado, com sentimento de peso e obrigação? Muitas vezes você sente e sabe que algo não será positivo. Ainda assim ignora sua verdade, desrespeitando-se e machucando-se, não é verdade? Mas a cada segundo você tem a escolha de fazer diferente, optando pelo respeito a si mesmo. Por que não começar agora?

Mais reflexões sobre seus limites:
Quando alguém lhe pede algo, você avalia se isso vai ou não lhe sobrecarregar, e se realmente deseja atender ao pedido?
Quando não atende aos outros, sente-se insuficiente?
Sente-se sempre cansado e sugado?
Sente-se oprimido ou tem sensação de peso em seus relacionamentos?
Precisa atender às expectativas, próprias e dos outros, muitas vezes passando por cima dos seus reais desejos?

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

MARCIA CASTRO

A cantora Marcia Castro, depois de 1 ano e meio, retorna aos palcos baianos com o show Pecadinho. Participações da baiana Sandra Simões e da cabo verdiana Mayra Andrade.
Data: 21/08/2009
Local: Praça Pedro Archanjo, Pelourinho
Horário: 21 horas
ENTRADA FRANCA

sábado, 15 de agosto de 2009

2º Prêmio Foto Arte

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Grupos.com.br

I Encontro Nacional Pela Vida e um outro Modelo de Segurança Pública

Acontece, de 14 a 16 de agosto, em Salvador, o I Encontro Popular Pela Vida e por Um Outro Modelo de Segurança Pública (I ENPOSP). O evento, realizado na Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia (UFBA), no bairro da Federação, reunirá representantes de movimentos sociais, comunidades e familiares de vítimas de execuções sumárias ou de violência policial de todo o Brasil. A abertura acontece com um ato público, realizado na Praça da Piedade, seguido de abertura solene.

Contatos: Liu Nzumdi - Associação de Familiares e Amigos de Presos e Presas (ASFAP) (71 9212-9075).