sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Confira dicas de limpeza energética para fazer na passagem de ano

Foto: Edourd Boubat 1923-1999

Deixe as limitações para trás

Geralmente no final do ano queremos encerrar aquilo que foi ruim, com a esperança de um ano melhor. Mas muitas vezes esquecemos que tudo depende única e exclusivamente de nós mesmos - dos nossos atos, nossos pensamentos e nossa fé. Tudo depende de como lidamos com os acontecimentos de nossas vidas.

Todo mês de dezembro as pessoas me perguntam o que recomendo fazer na passagem de ano. Se você também tem esta dúvida, eu proponho um encontro com você mesmo, uma limpeza da sua energia. Eu costumo reequilibrar os pontos que me fizeram sofrer, reavaliando o ano e trazendo para minha consciência os meus medos e limitações. Depois decido libertá-los ou paro de pensar neles - desta forma não os sinto mais. Aí estou pronta para ir atrás da minha felicidade. Livre dos comportamentos limitadores e esvaziadores, eu vou cuidar ainda mais de mim. Vou me dar descanso, atenção total e muito carinho.

Quer tentar também? Aqui vão algumas dicas:

Tome um banho bem perfumado. Preste atenção em todas as sensações que a água lhe traz. Deixe que ela leve embora tudo que não serve, tudo que está velho, aquilo que você não quer mais. Fique atento e bem presente. Sinta, imagine os pensamentos negativos indo ralo abaixo. Passe um óleo cheiroso ou seu perfume predileto. Arrume seu cabelo. Faça tudo que for necessário para sentir-se bem consigo mesmo. Coloque uma roupa leve, clara e de preferência com a sua cara. Não importa o que está na moda. Você precisa sentir-se bem, se colocar como prioridade.

Depois de pronto, olhe-se no espelho. O maior que tiver. Observe-se por inteiro e não se critique. Olhe, acolha-se, aceite-se, seja bem menos exigente do que de costume. O ano foi duro e este é um momento de amor. Diga para sua imagem refletida: "Eu te amo. Obrigada por estar comigo sempre e não desistir de mim. Conto com você neste novo ano que vai entrar. Juntos estaremos fortes para reinventar a alegria em nossa vida. Eu te amo, te respeito, te aceito exatamente como você é. Sei que só conto contigo para transformar as crenças e comportamentos indesejados em mim. E sei também que você mora dentro do meu coração. Neste momento eu fecho os meus olhos e te acolho num grande abraço de amor. Somos um só ser, um ser Divino se unificando e, ao mesmo tempo, desabrochando. Muito obrigada por poder agradecer."

Após este reencontro, sente-se confortavelmente num ambiente cheiroso, limpo e tranquilo. Respire, levando ar até as extremidades do seu físico. Permita-se o prazer de sentir o ar entrando e saindo de seu corpo, cada vez mais suavemente. Mantenha sua atenção no sentimento de alegria e paz que começa tomar conta de você. Faça um leve sorriso nos lábios. Abra seu peito mantendo seus ombros para trás. Fique aberto e receptivo para a nova vida que se apresenta com sua nova atitude. E respire aliviado por este momento de harmonia.

Quando sua mente insistir em falar, lembre-se que não é hora de críticas. Perdoe-se e liberte completamente seus pensamentos, não os alimentando com mais conclusões e julgamentos. Você não só pode, como deve fazer absolutamente nada. Apenas permanecer sentado, sentindo a tranquilidade deste momento único. Afinal, durante todo o ano, foram vários dias pedindo um descanso de verdade, não é mesmo? Então, aproveite! Sinta a satisfação dentro do seu coração e fique o maior tempo que conseguir curtindo o seu eu no momento presente.

Faça isso um dia antes ou depois, ou mesmo na passagem do ano. E repita sempre que sentir vontade nos meses que se seguirem.

A alegria se decide. Veja bem o que vai escolher pensar em 2011!

Feliz Ano Bom !

SOBRE O AUTOR
Regina Restelli

Regina Restelli

Terapeuta Energética. Combina técnicas e dinâmicas energéticas com base na Radiestesia e na Radiônica. Mantém no Rio de Janeiro o Sanat Kumara Centro de Terapias Energéticas. Contato: sanatkumara.tera@gmail.com

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Bichos com medo de fogos pedem atenção especial

A Billie (sob a cadeira) tem medo de fogos; já Figo nem se abala - Isadora Brant/Folhapress

Os tradicionais fogos de artifício desta época do ano não costumam ser bem recebidos por alguns animais de estimação -- parte deles tem pânico da barulheira.

A vira-lata Billie, 3, do securitário Marcus Schmidtt, é um desses bichos que merecem atenção especial.

"Eu a coloco dentro de casa. Algumas vezes, se esconde embaixo das minhas pernas", conta Schmidtt. Já seu basset, Figo, nem liga.

Segundo a ONG PEA (Projeto Esperança Animal), é preciso tomar cuidado.

Em pânico, o bicho assustado pode fugir e se perder ou ser atropelado, ou mesmo se ferir ao tentar passar por portões, grades de ferro ou portas de vidro.

A ONG Fala Bicho aconselha dar uma alimentação leve aos bichos antes da virada, para evitar problemas na digestão, fechar portas e janelas e organizar um "esconderijo" para o medroso dentro de casa.

LINK

Como lidar com a depressão de fim de ano

Sim, a propaganda ilude: um monte de fotos com famílias e casais alegres e lindos, com roupas deslumbrantes, rodeados de presentes. Os slogans, escritos em verde, vermelho e dourado, insinuam que todo mundo está feliz, mas você não se sente tão bem assim (o que só piora as coisas). O que se pode dizer neste momento? Que milhões de pessoas pelo mundo também estão sentindo uma espécie de tristeza nesta época, e é normal na maioria dos casos. Um exemplo é a procura pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), que cresce em média 20% nos finais de ano. Segundo Elaine, voluntária há mais de uma década, isso acontece por vários motivos: perda de entes queridos perto dessa data, família distante ou em pé de guerra, sensação de frustração por não ter cumprido metas, questionamento de valores ou falta de um amor. “No CVV nós não damos conselhos, apenas facilitamos o diálogo da pessoa com ela mesma. Quando ela se ouve, percebe muitas coisas e começa a se reorganizar internamente. Atendemos 24 horas por dia para ouvir quem precisa”, diz Elaine.

Para o psiquiatra Geraldo Massaro, do Serviço de Psicoterapia do Hospital das Clínicas, de São Paulo, as pessoas querem se sentir amadas, aceitas, queridas e, mesmo quem não está solitário no final do ano, torna-se mais crítico, acha que poderia ter feito as coisas de uma maneira melhor, pensa no que perdeu e em quem perdeu. “É importante lembrar que ficar triste no nesta época pode acontecer com qualquer um, não é ‘privilégio’ de quem está só. Temos de deixar de lado o mito de que os casais são felizes e os solteiros, infelizes”, afirma Massaro.

“Quando o vazio da alma ataca, não é fácil para ninguém. Mas é importante lembrar que é exatamente este vazio existencial que nos mobiliza para sermos melhores: mais bonitos, mais inteligentes, mais sábios. Ele só é ruim quando a pessoa não o coloca em ação para se transformar. Meu conselho para o fim de ano? Seja menos rígido e faça as pazes com essa sensação de vazio. Não tente se livrar dela”, sugere a psicóloga Dorit Wallach, mestre em psicologia clínica pela PUC-SP e especialista em dependência química pelo Instituto Sedes Sapientiae.

O que fazer

O psicólogo Alexandre Bez, especializado em ansiedade e síndrome do pânico pela Universidade da Califórnia (UCLA) e em relacionamento pela Universidade de Miami, sugere algumas atitudes para diminuir a depressão e o estresse causados pelas festividades de fim de ano:

  • Perceba se há um problema emocional presente nas datas.
  • Não tente ignorar a data, achando que o problema vai embora, ao contrário, esteja ciente para que você lide melhor com essa situação.
  • Esteja atento à frustração, caso seus planos não saiam como o planejado.
  • Não desconsidere as experiências desagradáveis, use-as a seu favor aprenda com os erros.
  • Nunca tente passar as comemorações só. Estresse e depressão podem aumentar nessa situação.
  • Se estiver distante das pessoas queridas, procure se ocupar com atividades diversas.
  • Lembre-se com carinho, e não com tristeza, dos que já foram e dos que não estão mais na condição de cônjuge ou namorado.
  • Caso não consiga se engajar em algum grupo, faça parte de um trabalho voluntário.
  • Mantenha-se ocupado, participando das comemorações e entrando na confraternização, com isso a depressão com hora marcada irá atrasar e provavelmente nem aparecer em seu contexto natalino e de ano-novo.
  • Esqueça os problemas que podem atrapalhar suas comemorações, tais como conjugais, financeiros e pessoais.

O que não fazer:

  • Desligar os telefones
  • Ficar em casa sozinho
  • Não fazer planos
  • Desconectar o computador
  • Deixar de atender a porta e/ou interfone

Conclusão

Participe, colabore, enturme-se, curta as datas dentro de suas possibilidades econômicas e psicológicas. Um panetone e algo para beber com a pessoa amada já é uma celebração se não der para ir a Paris, por exemplo. Faça o que puder fazer, respeitando os seus limites, mas faça!

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O poder das afirmações positivas

Como atrair o que você quer através das palavras escritas e faladas

Você já deve ter ouvido falar que "as palavras têm poder". Mas será que você acredita nessa afirmação? O que você não sabe é que seus pensamentos e convicções sobre a vida e as circunstâncias podem influenciar a sua maneira de agir e conseguir o que quer. Se entendermos de uma vez por todas que o que afirmamos diariamente são nossos pensamentos e sentimentos, devemos reeducar o nosso modo de desejar, começando pelo que queremos realmente atrair. Aliás, "as palavras têm poder" já é uma afirmação, pois quem profere essa frase e quem realmente acredita nela, está dando força à ideia, fazendo com que realmente as palavras tenham poder.

Além da voz, outro processo que algumas pessoas utilizam para perpetuar as dificuldades pessoais é a escrita. Mandar e-mails para amigos ou familiares contando dos problemas da semana, por exemplo, é uma maneira de afirmá-los e, pior, registrá-los e armazená-los. A palavra escrita tem tanto poder quanto a falada. É interessante perceber que quando você escreve algo, é mais fácil se conscientizar daquilo. Basta ler e reler para que a mensagem tenha efeito. Pense nisso quando estiver escrevendo para seus amigos e familiares.

As afirmações, tanto positivas quanto negativas, abrem portas. Elas são o ponto de partida do caminho para as mudanças em sua vida. Tudo o que disser ou escrever, hoje e amanhã, serão afirmações. Quando alguém lhe diz para tomar cuidado com o que deseja - pois você pode conseguir - é uma verdade indiscutível, já que as palavras revelam as nossas intenções para com o mundo. Se você afirmar: "minha saúde é ruim", estará perpetuando um quadro triste sobre os problemas físicos ou mentais. Outro exemplo é quando garantimos "eu não vou passar por decepções amorosas", negando qualquer tipo de experiência que fuja ao controle da situação, mas devemos entender que essa é uma atitude de quem tem medo de passar por qualquer experiência afetiva que desvie o relacionamento da zona de conforto ou do que consideramos certo. O correto seria dizer "eu vivo intensamente o meu amor com segurança e sinceridade", mantendo uma postura positiva diante do romance e excluindo qualquer tipo de receio que possa comprometer a rotina afetiva.

Atenção aos pensamentos

Mas pronunciar ou escrever o que você deseja ou acredita é apenas uma parte do processo. É importante dar atenção redobrada para o que você pensa e faz ao longo do dia, pois a sua postura mental é essencial para ativar as mudanças que deseja sentir ou ver através das afirmações. Quando estamos tristes ou emocionalmente "carregados", fica mais difícil acreditar nas afirmações que proferimos. É como dizer "eu sou feliz 24 horas por dia" e no fundo estarmos preocupados com o trabalho, os filhos ou mesmo com o relacionamento afetivo. Por isso é imprescindível que você mantenha uma posição de "ataque" diante dos conflitos cotidianos para se certificar de que ainda restam forças para se reerguer e lutar por mudanças positivas. A partir daí, com clareza e convicção de que você dirige sua vida em todos os momentos, dá para escolher palavras e frases que podem transformar a rotina e a maneira de enxergar o mundo e obter dele o melhor, sempre.

Devemos reeducar nossas palavras e, principalmente, nossos desejos. Eles são a chave para solidificar mudanças favoráveis. Aqui vão algumas afirmações que com certeza você profere automaticamente e as que devem ser adotadas, mesmo que num primeiro momento pareça difícil. Afirmar é uma forma de persuadir a realidade a mudar a nosso favor.

  • "Sou gordo e não consigo emagrecer" Substitua por "Amo o meu corpo e ele se torna cada dia mais bonito"
  • "Odeio o meu emprego, queria algo melhor" Substitua por "Oportunidades maravilhosas me seguem o tempo todo"
  • "Meus amigos não ligam pra mim" Substitua por "Meu círculo de amizades é sincero e harmônico todos os dias"
  • "Nunca consigo o que quero" Substitua por "Eu atraio diariamente tudo o que desejo"

Experimente mudar esses princípios tão negativos que estão internalizados em você por afirmações livres e extremamente positivas para começar bem o ano de 2011. Elas podem operar transformações que começam pela sua maneira de vivenciar o cotidiano - já que tudo passa a ser visto com olhos mais pacientes e otimistas - e em seguida são percebidas nas suas relações com as pessoas próximas até dominar os ambientes que você freqüenta. Manter uma postura emocional e mental que priorize o melhor que a vida pode oferecer é uma prática saudável que garante bons resultados em seu modo de se comunicar e conseguir o que quer. Use as palavras com mais responsabilidade e faça com que elas lhe sirvam para trazer ainda mais alegrias neste ano novo. Elas indiscutivelmente, têm poder. Que tal descobrir?

SOBRE O AUTOR: Leonardo Chioda

Tarólogo, escritor, artista gráfico e ambientalista. Dedica-se ao simbolismo das cartas como forma de abordagem, expressão e análise do homem e do mundo. Realiza atendimentos e palestras. Contato: chiodatarot@gmail.com

domingo, 26 de dezembro de 2010

SINAIS DO TEMPO

sábado, 25 de dezembro de 2010

REGRESSO ÀS ORIGENS: O NATAL NAS CULTURAS PAGÃS

Numa época antes de Cristo, o dia 25 de Dezembro era assinalado com grandes festividades pagãs que comemoravam o deus-sol, Mitra. Havia também nesta altura muitos banquetes para festejar o solstício de Inverno e o fim das colheitas. Até que ponto esta e outras tradições pagãs influenciaram os costumes de hoje do Natal? Vamos ver.
Imagem: Silvio Tanaka

As tradições da festa por excelência dos cristãos não têm a sua gênese em práticas religiosas, mas antes nas culturas pagãs. Apesar do sentido que a maioria de nós dá ao dia de Natal, em tempos a maioria dos símbolos associados à data tinha um significado muito diferente. Ou pelo menos, assim consta.

Em primeiro lugar, o dia em si. O dia 25 de Dezembro aproxima-se, no hemisfério norte, ao solstício de Inverno e era nesta data que as culturas pagãs celebravam o "Natalis Solis Invictus" (Nascimento do Sol Invencível), uma celebração ao deus-sol, Mitra. O dia 25 está até marcado no Calendário Philocaliano romano, compilado em 354. Também em muitas partes do mundo antigo a comemoração do deus-sol coincidia com o solstício de Inverno, altura em que os povos comemoravam o final das colheitas. A influência do culto pagão terá levado a que este dia fosse o escolhido para celebrar a data oficial do nascimento de Cristo. Aliás, na Bíblia não está assinalada nenhuma data específica, e apenas se pode indicar que o mês terá sido provavelmente Setembro.
O assinalar do nascimento do deus-sol não influenciou apenas a escolha do dia de Natal. Estas festividades envolviam também a decoração de árvores e a troca de presentes. Apesar da hipótese de que estas duas tradições tenham sido introduzidas por Martinho Lutero no século XVI, há quem advogue a sua origem pagã. Por exemplo, segundo a mitologia babilônica, Ninrode (neto de Noé) gostava de receber presentes debaixo de uma árvore depois de morto. Mas esta não é a única ligação do paganismo às árvores: a madeira servia para adoração e culto doméstico porque simbolizava a vida, enraizando-se à terra e projetando-se verticalmente.

Também as velas provém de uma tradição pagã: eram utilizadas ao crepúsculo para homenagear o deus romano Júpiter, chamando o Sol depois de este se pôr. As grinaldas, que hoje são colocadas nas portas das casas em Dezembro, eram utilizadas no Egito Antigo para proteger e agradecer: significavam o fim da colheita (ano) e protegiam o lar - daí a sua forma redonda.

Imagem: 4028mdk09
O presépio é outro elemento de caráter ambíguo. Apesar de se saber que foi introduzido por São Francisco, há quem defenda que se trata de uma representação de um altar a Baal, figura consagrada na antiguidade babilônica e que estimula a idolatria. Os banquetes são, por outro lado, um hábito antigo e bem documentado. Bebia-se e comia-se com fartura, especialmente na altura dos solstícios. Era um sinal de aliança com Talmuz, Nirode e outros deuses da Babilônia. Nos dias de hoje, o costume da "grande ceia" mantêm-se.
A festa do Natal é, por isto tudo, mais que um dia religioso do Cristianismo. Tornou-se uma data assinalada globalmente, mas com origem ancestral e múltipla: provem também das culturas pagãs, algumas de caráter mundano. De uma altura em que as comunidades adoravam o Sol e agradeciam à Terra os bons anos de agricultura sem calamidades. A Igreja Romana, com a forte presença destes costumes pagãos, integrou-os, na impossibilidade de os excluir, dando-lhe um significado religioso. Durante a Idade Média, estas tradições persistiram no mundo feudal ocidental, enraizaram-se e mantêm-se na cultura popular dos dias de hoje.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

LUZES DE NATAL - POR QUE AS UTILIZAMOS?

Velas, luzes elétricas, fitas que lançam brilhos - de onde vem esta necessidade de iluminar o Natal? Há rituais que podem explicar o motivo de tantas fachadas iluminadas durante as celebrações. Nos nossos tempos, importa também saber como lidamos com o dispêndio de tantos Watts num mundo cada vez mais eco-responsável.

Os primeiros registros de celebrações natalinas datam de 336 dC, quando a Igreja, ao invés de proibir festas pagãs existentes, as transformava em cristãs. Os primórdios do que hoje conhecemos como Natal sobrepuseram-se ao culto ao Sol Invictus – um apanhado de deuses, tidos até então como a divindade máxima do Império Romano.

Os participantes do ritual, celebrado no solstício de inverno, acendiam velas para manter viva a presença divina. Muitos séculos mais tarde, com o advento da eletricidade, as velas de parafina primeiramente foram substituídas por velas elétricas e, posteriormente, por pequenas lâmpadas hoje abundantes no mercado varejista no fim do ano. Ao contrário do que muitos pensam, não há qualquer ligação com o Menorah, o candelabro judaico.

Os pisca-piscas (chamados simplesmente de luzes de Natal, em Portugal) tornaram-se populares devido ao seu baixo custo e grande impacto visual em fachadas, jardins e árvores de Natal. Tomadoas como kitsch por serem como a versão caseira das grandiosas decorações natalinas de edifícios, parques e monumentos públicos, as microlâmpadas invadem as casas dos subúrbios de várias cidades ocidentais, onde é comum haver competições que buscam premiar a casa mais iluminada.

Tanto dispêndio de energia e dinheiro pode parecer controverso nos tempos atuais, quando, além da convivência com resquícios de uma crise econômica global, fala-se cada vez mais em poupar recursos a fim de preservar o planeta.

E foram problemas orçamentários que tornaram menos iluminado o fim deste ano. A prefeitura da cidade inglesa de Chichester, por exemplo, alega não poder arcar com os valores de um alto gasto de energia nas comemorações. Por consideração para com o contribuinte, vetou qualquer ornamentação com dinheiro público.

Por outro lado, a decoração natalina não está completamente fadada à repressão: novas tecnologias mostram-se uma alternativa viável quanto ao dispêndio de energia. Lâmpadas de LED (Light Emitting Diode ou diodo emissor de luz), por exemplo, consomem quase 8 vezes menos do que uma lâmpada incandescente de igual potência e garantem 100 mil horas de vida, ou seja, mais de 10 anos de uso contínuo. Se ligadas apenas durante o mês de dezembro, durariam cerca de 120 celebrações de Natal.

Colagem de Henri Matisse: Nuit de Noël

Maquete para o vitral Nuit de Noël para a Capela do Rosário de Vence - França (1952). Guache sobre papel cortado e colado.

Inventando uma Árvore

"Não tannenbaum (equivalentes ao pinheiro no Brasil) altas para a venda aqui em Tóquio, a menos que você seja um milionário ou planeje com bastante antecedência. Eu faço a nossa árvore de Natal a partir de tudo o que temos em casa, além de um pequeno estoque de loja de decorações de 100 ienes que encontrei alguns anos atrás. Estas pequenas explosões da energia criativa é uma das coisas que mais curto nos feriados. Já tivemos árvores feitas de papel enfiados em luminárias, postes de bambu amarrados em forma de tenda, e plantas de alecrim decoradas com laços de veludo vermelho. A árvore deste ano foi uma pilha de dezessete taças de vinho cuidadosamente balanceada, decorada com pérolas e iluminada com velas. Arriscada, mas muito elegante. Eu já estava no limite e ainda teríamos durante todo o jantar os presentes. Mas, enfim, as cortinas não pegaram fogo, as contas não derreteram, nem um terremoto derrubou o regime. Feliz Natal!"
Tóquio, dezembro/2009

Árvore de livros

Esta árvore foi criada ano passado por Kristen do Mediatinker e é mais uma de suas criações usando materiais que são facilmente encontrados em casa ou que iriam para o lixo. Neste caso, livros foram a fonte de inspiração e como sei que algumas pessoas discordam de usá-los sem que o fim seja a leitura, lembro que pode-se pegar agendas e qualquer outro tipo de publicação que esteja danificada ou inutilizada. Usando uma furadeira, um tubo de metal para sustentação, um carretel de linha na base e um pouco de imaginação, a árvore ficou pronta. Uma ideia incrível para uma decoração natalina bem diferente! Aqui encontra-se um passo a passo bem detalhado.
LINK

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

O Natal se origina em tradições mais antigas que o próprio cristianismo

Mesas generosamente servidas, canções, árvore cheias de luzes e o alegre soar de sinos são algumas características da festa de Natal, uma celebração que não nasceu com o cristianismo, mas tem raízes em antiqüíssimos ritos pagãos indo-europeus bem anteriores a Jesus Cristo.
A festa mais universal do Ocidente, a comemoração do nascimento do menino Jesus, foi celebrada pela primeira vez, com o sentido de hoje, em 25 de dezembro de 336, em Roma, poucos anos depois de o cristianismo ser adotado como religião do Império.
Contudo, na época, a capital imperial era Constantinopla, onde até o século V a Igreja do Oriente celebrou no dia 6 de janeiro o nascimento e batismo do Filho de Deus.
O nome da festa vem do substantivo latino 'nativitas' (nascimento, geração) e este do adjetivo "nativus" (o que nasce).
Ao longo dos séculos, as dioceses orientais foram adotando o dia 25 de dezembro como data oficial e deixando o 6 de janeiro para celebrar o batismo de Cristo, com exceção da Igreja Armênia, que até hoje comemora o Natal no primeiro mês do ano.
Sobre as razões para adotar o dia 25 de dezembro como data do Natal, pouco se sabe, mas considera-se provável que os cristãos quisessem na época substituir com o nascimento de Cristo a festa pagã conhecida como "natalis solis invicti" (festa do nascimento do Sol Vitorioso), que correspondia ao solstício de inverno no Hemisfério Norte.
Esta efeméride astronômica coincide com o dia mais curto do ano ao norte do Equador, por volta de 21 de dezembro, início do aumento da duração dos dias e do encurtamento das noites, ou seja, a época em que o Sol passa pela sua maior declinação boreal ou austral.
Uma vez que a Igreja Oriental adotou a data de 25 de dezembro como Natal, o batismo de Jesus Cristo começou a ser festejado no Oriente em 6 de janeiro, mas em Roma esta data passou a ser usada para lembrar chegada a Belém dos Reis Magos, com presentes de ouro, incensos e mirra, que em alguns países católicos é celebrada com a distribuição de presentes para as crianças.
No Brasil, a tradição de trocar presentes acontece na noite de Natal após a meia-noite da madrugada de 24 para 25 de dezembro. Ao longo dos séculos, os costumes tradicionais vinculados ao Natal se desenvolveram a partir de múltiplas fontes.
Há uma considerável influência nestas tradições o fato de a celebração coincidir com as datas de antiqüíssimos ritos pagãos com origem agrícola, que aconteciam no começo do inverno.
Sendo assim, o Natal recebeu elementos da tradição latina de Saturnália, uma festa alegre e de trocas de presentes, que os romanos costumavam celebrar em 17 de dezembro, em homenagem a Saturno.
O dia 25 de dezembro também era a festa do Deus persa da luz, Mitra, respeitado por Diocleciano e que inspirou gregos e romanos a adorar Febo e Apolo.
O certo é que o dia de Natal foi fixado oficialmente no ano de 345 quando - as instâncias de São João Crisóstomo e São Gregório Nacianceno - estabeleceu o 25 de dezembro como data de nascimento de Jesus Cristo.
Cumpria-se assim uma vez mais o costume da Igreja primitiva de absorver e dar nova forma aos rituais pagãos, em vez de rejeitá-los ou proibi-los para poder angariar mais seguidores para sua nova crença.
No Ano Novo, os romanos decoravam suas casas com luzes e folhas de plantas, dando presentes às crianças e aos pobres, em um clima que hoje seria chamado de natalino e, apesar do ano romano começar em março, estas tradições também foram incorporadas à festividade cristã.
Por outro lado, com a chegada dos invasores teutônicos à Gália, à Inglaterra e à Europa Central, ritos germânicos se mesclaram com costumes celtas e foram adotados por parte dos cristãos, tornando o Natal praticamente desde o começo uma celebração regada a muita bebida e comida, com chamas, luzes e árvores decoradas.
Na Idade Média, a Igreja introduziu as canções temáticas. O Natal que celebramos hoje é, por isso, fruto de um milênio cristão em que as tradições gregas e romanas se conjugaram com rituais celtas, germânicos e com liturgias de antigas religiões orientais.
Posteriormente, o personagem de São Nicolau, velhinho barbudo e vestido de pesadas roupas vermelhas, inspirou a representação do atual Papai Noel, personagem generoso e adorado pelas crianças.
Atualmente, o Natal superou as fronteiras do mundo cristão e a sociedade de consumo, com sua avalanche de presentes e comidas diversas, fez que fosse esquecido parte de seu significado original, embora o ato de presentear sempre seja um gesto agradável independente das circunstâncias. LINK

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Aproveite a temporada de calor para dar adeus às megaproduções

Entre no clima dos acessórios
Aproveite a temporada de calor para dar adeus às megaproduções. Assim como anunciaram os fashionistas em seus desfiles, tiaras, presilhas, lenços e chapéus estão por toda parte. Logo, é hora de investir nos enfeites que são a cara do verão.
Cheia de charme
Dê um ar descontraído, mas sem perder o charme, às suas melenas que acabaram de secar. Divida o cabelo na lateral e prenda uma presilha do lado menor. Aqui, a escolha foi de um aplique na forma de borboleta.
Truque esperto: para que as pontas não fiquem esticadas, invista em sérum ou reparador de pontas. Se os cabelos forem ondulados ou cacheados, além do leave-in, borrife spray de brilho sobre os cachos.
Hippie- chique
Aproveite a ondulação e o movimento natural dos cabelos e prenda a parte da frente dos fios numa tiara grossa. Se preferir, improvise usando uma faixa de tafetá amassado, cetim, algodão, seda ou até crochê. Prenda-a na testa, deixando todo o restante dos cabelos solto.
Truque esperto: você pode valorizar a textura dos fios com a ajuda de musse para definir a ondulação. Se seu cabelo é liso, lance mão de spray de volume, para deixar os fios com movimento.
Na mais fina flor
Sabe aquele dia em que o cabelo amanhece nem liso nem ondulado e você não sabe o que fazer com ele? Improvise uma presilha em forma de rosa ou com tecido com motivos florais. Jogue as madeixas para a lateral e coloque o enfeite.
Truque esperto: se tiver dificuldade em prender apenas parte dos cabelos com a presilha, ou mesmo se o dia estiver muito quente, prenda todo o cabelo na lateral, com elástico, e cubra com a presilha.
Alinhar ao centro
Preso displicente
Se o cabelo está solto e ligeiramente armado, aproveite essa textura e lance mão de um rabo de cavalo alto e displicente, reservando uma mecha da franja. Cubra o elástico com o próprio cabelo. Deixe a franja para prender por último num leve topete, desfiando a raiz antes de prender. Enfeite a cabeça com uma tiara fininha — aqui, a delicadeza está na tiara de pastilha.
Truque esperto: para que o penteado não desmonte, borrife spray de fixação.
Efeito trançado
Este look remete à praia, mas pode ser usado num passeio, quando você não está com muita criatividade para um penteado elaborado. Leve os cabelos para a lateral, faça uma trança larga e fofa, e prenda a ponta com um elástico e acomode o chapéu de palha.
Truque esperto: para que a trança não solte facilmente, aplique spray de fixação forte.

domingo, 19 de dezembro de 2010

5 coisas que você deve saber sobre compras compulsivas

A psicóloga Tatiana Filomensky explica esse sentimento que leva as pessoas a traduzir suas frustrações em compras compulsivas e descontroladas.
• O que são as ‘compras compulsivas’?

É um excesso de preocupações e desejos relacionado ao comprar. A pessoa que compra compulsivamente apresenta um comportamento de descontrole com relação às compras e ao gasto de dinheiro. Compra para lidar melhor com as próprias emoções. Por exemplo, se está triste, vai comprar para ficar feliz; se tem uma reunião no trabalho, vai comprar uma roupa nova, ou seja, há sempre uma justificativa para ir às compras. Dessa forma, tenta mascarar seus sentimentos verdadeiros (tristeza, raiva, ansiedade, etc.) com o prazer que sente ao comprar.

Como essas pessoas compram muito, costumam mentir sobre o que compram, quando compram, quanto gastaram, pois há sempre alguém dizendo que estão gastando demais. Algumas vezes podem chegar a roubar, falsificar assinatura de cheque ou cartão para conseguir crédito para comprar. Muitas vezes tentam controlar seus gastos, diminuir as compras, mas não conseguem, se sentem frustradas e incapazes de lidar com essa situação exagerada de comprar. E, ao longo do tempo, percebem que vão comprando cada vez mais coisas para atingirem a sensação de prazer.

Por quais razões ocorre o comprar compulsivo?

Alguns fatores que contribuem para o desenvolvimento da compra compulsiva incluem desde fatores biológicos e psicológicos até os socioculturais, considerando uma sociedade que estimula a troca rápida de bens de consumo. Famílias de compradores compulsivos geralmente têm outros integrantes que apresentam falta de controle do impulso de comprar, ou de jogar, ou mesmo a dependência química. Também existem alguns estudos que apontam para uma baixa ação dopaminérgica, a chamada Síndrome da Deficiência do Sistema de Recompensa Cerebral, causando esse descontrole.

Na questão comportamental prevalece o fator da baixa autoestima, pessoas com uma identidade frágil que se apoiam na compra de objetos, roupas, acessórios, para mostrarem quem são ou aumentarem sua autoestima. É o que costumamos chamar de ‘Ter’ para ‘Parecer Ser’.

• Como identifico quando alguém está com esse problema?

Observe se a pessoa perde o controle nas situações de compra, verificando se ela apresenta preocupações excessivas com o ato de comprar, tentativas frustradas de diminuí-las, sentidas como um impulso sem controle ou a simples inabilidade de resistir a qualquer objeto de desejo. Perceba se a pessoa compra para buscar prazer, se ao comprar demonstra satisfação e alívio, e mais tarde arrependimento, culpa, sensação de fracasso ou ansiedade.

Verifique se a pessoa passa a ter prejuízos financeiros causados pelo endividamento, falha em cumprir compromissos pessoais e se recorre a mentiras para minimizar o envolvimento com as compras. E, finalmente, se persiste no comportamento de comprar compulsivamente, mesmo diante de muitos prejuízos.

• As ‘compras compulsivas’ têm tratamento?

Sim. O tempo do tratamento vai depender muito de cada pessoa, dos problemas emocionais envolvidos, da sua motivação para se tratar. É muito comum pessoas que fazem compras compulsivas também apresentarem problemas como ansiedade, depressão e alteração do humor. Por isso, é fundamental o acompanhamento médico e o psicoterápico.

Na psicoterapia, por exemplo, a pessoa vai poder rever a forma como lida com as suas emoções, perceber o papel “funcional” do dinheiro na sua vida, estabelecer um novo padrão de comprar, etc. Algumas vezes é necessário contar com a ajuda dos familiares, reduzir o acesso ao dinheiro, estabelecer metas para resolver os problemas financeiros, entre outras providências.

• Qual profissional pode ajudar o comprador compulsivo?

Você deve procurar ajuda do psiquiatra e do psicólogo. O psiquiatra irá fazer a avaliação das questões pertinentes à depressão, ansiedade, humor e lhe medicar, se for o caso. Isso auxilia muito o tratamento.

O psicólogo, por sua vez, irá auxiliar nas questões emocionais que estão relacionadas ao comportamento do comprar compulsivo. A terapia cognitivo-comportamental vem apresentando excelentes resultados no tratamento de compradores compulsivos. Seu foco é ajudar a pessoa a identificar os pensamentos que influenciam o desejo de comprar, e promover a mudança do comportamento, lidando e evitando as situações que aumentam o desejo de consumo.

Por Tatiana Zambrano Filomensky: psicóloga clínica, especialista em Terapias Cognitivas, coordenadora do atendimento de pacientes com compras compulsivas do Ambulatório dos Transtornos do Impulso (AMITI) e psicóloga do Ambulatório de Jogo Patológico (AMJO) do Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP.

Onde encontrar atendimento gratuito:

Ambulatório dos Transtornos do Impulso (AMITI) - www.amiti.com.br

Ambulatório de Jogo Patológico (AMJO) do IPq-HC-FMUSP - www.anjoti.org.br

Meninas egípcias trocam boneca islâmica com véu por Barbie

DA EFE, NO CAIRO

O véu islâmico e o recatado guarda-roupa da Fulla, uma das bonecas mais vendidas no Oriente Médio, já não seduzem tanto as meninas egípcias, que agora preferem as saias curtas e os vestidos justos da Barbie.

"A Fulla desapareceu de nossas prateleiras. Ninguém mais procura por ela porque está fora de moda", disse a jovem Nevine Ibrahim, funcionária de uma loja de brinquedos do bairro de Dokhi, no Cairo.

A boneca, batizada com o nome de um típico jasmim da região, foi lançada na Síria em 2003. Segundo Hani Orfali, um responsável da empresa fabricante, ela "representa o mundo muçulmano com sua cultura, valores e esperanças".

"A Fulla simboliza o sonho de toda menina árabe: uma personalidade popular e divertida que contribui positivamente para a sociedade e ressalta a importância da vida familiar", assinalou Orfali, diretor da divisão de brinquedos da NewBoy, em e-mail à Agência Efe.

Ele garantiu que as vendas da boneca nos últimos anos foram "mais altas que as de qualquer outra boneca no Oriente Médio", mas preferiu não mencionar números nem dar detalhes sobre a atual situação.

No entanto, o comerciante egípcio Talat Mustafa, dono de uma loja de brinquedos em um centro comercial, destacou que ela já quase não é vendida no Egito.

"Durante alguns anos, as vendas do produto subiram sem parar, mas era uma moda passageira. Agora, nenhum cliente a solicita", comenta.

De fato, nas prateleiras de seu estabelecimento, as únicas concorrentes da Barbie são as pomposas princesas ocidentais, de vestidos rosa brilhante.

Já não há lugar para a Fulla porque, segundo Mustafa, a boneca islâmica "perdeu a batalha do marketing".

"Mas quem sabe? Se voltar a aparecer na televisão, talvez nossos clientes nos obriguem a trazê-la de volta à loja", acrescentou.

"Muitos pais pensaram que, se sua filha brincasse com uma boneca islâmica, seria uma boa religiosa quando crescesse. Mas esse conceito mudou", ressaltou Mustafa.

Na loja de brinquedos de Ibrahim também não há rastro dos olhos castanhos e do cabelo preto da Fulla, mas sim restam algumas concorrentes de traços árabes e véu islâmico que, por serem mais baratas, esperam que algum comprador se compadeça delas.

As "primas" islâmicas da Fulla são Karima [generosa, em árabe], que veste um longo vestido azul e tem um véu branco, e Yamila [bela], produzida com uma "abaya", túnica negra usada nos países do golfo Pérsico que cobre da cabeça aos pés.

Ao contrário da Fulla, fiel à ortodoxia muçulmana que só aceita as relações entre homem e mulher dentro do casamento, Yamila tem um companheiro com túnica e turbante brancos, Yamil, alternativa ao amigo da Barbie, Ken.

Sobre esse delicado assunto, Orfali acredita que é cedo para que a boneca muçulmana tenha um marido porque representa uma jovem de 16 anos, e não revela se seu casamento chegará com a maioridade.

Apesar de ter caído em desgraça entre as meninas egípcias, esta boneca mantém seu prestígio em países do golfo como a Arábia Saudita, onde a Barbie é proibida e a Fulla oferece, além disso, uma extensa unidade familiar formada por seus pais, dois irmãos gêmeos chamados Bader e Nur, e duas amigas íntimas, Yasmin e Nada.

A Fulla não é apenas uma boneca, já que produtos como eletrodomésticos, faqueiros, perfumes e inclusive um kit de oração composto por um véu e um tapete são comercializados com seu nome.

Segundo Orfali, a criação deste universo próprio se deve a que a Fulla continua no foco de algumas jovens árabes "sem renunciar ao véu nem aos trajes típicos de alguns países" e, além do guarda-roupa, compartilha com elas aspirações profissionais.

"A Fulla, como outras meninas de sua idade, sonha em desenvolver uma carreira no futuro", disse o diretor da NewBoy para justificar que a boneca já dispõe de suas versões de professora, dentista e estilista.

E advertiu: "Terá outras muitas profissões, que serão escolhidas com base em nossas pesquisas sobre os sonhos das adolescentes árabes".

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Coleção História Geral da África em português

Brasília: UNESCO, Secad/MEC, UFSCar, 2010
Publicada em oito volumes, a coleção História Geral da África está agora também disponível em português. A edição completa da coleção já foi publicada em árabe, inglês e francês; e sua versão condensada está editada em inglês, francês e em várias outras línguas, incluindo hausa, peul e swahili. Um dos projetos editoriais mais importantes da UNESCO nos últimos trinta anos, a coleção História Geral da África é um grande marco no processo de reconhecimento do patrimônio cultural da África, pois ela permite compreender o desenvolvimento histórico dos povos africanos e sua relação com outras civilizações a partir de uma visão panorâmica, diacrônica e objetiva, obtida de dentro do continente. A coleção foi produzida por mais de 350 especialistas das mais variadas áreas do conhecimento, sob a direção de um Comitê Científico Internacional formado por 39 intelectuais, dos quais dois terços eram africanos.

Download gratuito somente na versão em português:

Informações Adicionais:

Piada de economista: descubra se você é marxista, keynesiano ou liberal

por Mauricio Stycer
Integrante do Centro Acadêmico do Instituto de Economia da Unicamp, Diego Santiago Ortiz Lopez vestia esta camiseta na sexta-feira, 17 de dezembro. Ele era um dos jovens que ajudaram a lotar o acanhado auditório da faculdade, para assistir a defesa da tese de doutorado do senador Aloizio Mercadante.

A camiseta propõe um “método” para classificar ideologicamente os economistas. E brinca com três ícones do pensamento econômico – Adam Smith, John Maynard Keynes e Karl Marx. A primeira pergunta é: “Você considera o capitalismo injusto?” E a segunda, seja para quem respondeu “sim” ou “não”, é: “Você tem certeza disso?”

Se você respondeu “sim” às duas perguntas, você é marxista. Se respondeu “sim” ou “não” à primeira pergunta, mas não tem certeza da resposta, você é keynesiano. E se não considera o capitalismo injusto, você é um liberal, como Adam Smith.

Enquanto aguardava o início da defesa, Diego, que está concluindo o segundo ano de Economia, era alvo da curiosidade dos professores e os questionava sobre as suas preferências. Provocado, um professor disse: “Sempre respondi ‘sim’. Pode ler tudo que já publiquei”, desafiou. Diego ficou sem argumentos: “Nunca li o que você escreveu”, respondeu o aluno.

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sábado, 18 de dezembro de 2010

Como é que se diz "de nada" em inglês?

Uma amiga me contou que certa vez estava dando aula e um aluno perguntou a ela como dizia "de" em inglês. Ela sem saber o que estava acontecendo, respondeu rapidamente "of". Continuou ajudando algumas alunas com a atividade e passado algum tempo o mesmo aluno perguntou como dizer "nada". Ela não titubeou e disse "nothing".

Lá pelas tantas ela percebeu que o aluno questionador ficava dizendo "of nothing" para cá e "of nothing" para lá. Ela não resistiu e perguntou "o que é que você tá dizendo aí?"

O aluno muito empolgado disse: ué teacher, eu tô dizendo "of nothing". Não é assim que a gente fala "de nada" em inglês? Então! Quando alguém fala "thanks" ou "thank you" a gente fala "of nothing", né? "of" é "de" e "nothing" é "nada", certo?"

Minha amiga, ao contar esta história, disse que aprendeu uma lição: sempre pergunte antes o que alguém quer realmente dizer para só então dar uma resposta.

Para aqueles que não sabem, o nosso "de nada" em inglês é "you're welcome". Não se preocupe em querer traduzir literalmente a expressão. Apenas saiba que para dizer "de nada" você dirá "you're welcome". Além de "you're welcome" há ainda outras expressões. Algumas mais formais e outras mais informais! Como o negócio hoje é aprender um inglês mais descolado, maneiro... aí vai um outro modo de dizer "de nada"

Think nothing of it! (Esquenta não! / Relaxa! / De boa!)

Lembre-se que isto é apenas em agradecimentos. E este último de uso bem informal! Coisa de amigo para amigo!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Oscar Niemeyer chega aos 103 anos com projetos de arquitetura e de vida

Comemorações do aniversário do arquiteto, no dia 15, incluem inaugurações no Brasil e no exterior, festa e até lançamento de um samba - composto por ele

Este ano não vai ser igual àquele que passou para o arquiteto Oscar Niemeyer. Diferente do aniversário passado, comemorado de forma discreta, por causa da recuperação das duas cirurgias a que se submeteu dois meses antes, seus 103 anos de vida serão celebrados a partir da próxima quarta-feira com importantes eventos. Nem todos eles ligados ao mundo da arquitetura, diga-se de passagem. Dedicado ao extremo aos projetos que aceita pelo mundo todo, Niemeyer ainda encontra tempo e disposição para realizar outras atividades, como estudar cosmologia, editar uma revista de arquitetura, arte e cultura, ler. Quando se viu impossibilitado de fazer tudo isso, imobilizado numa cama de CTI, juntou-se com o enfermeiro que cuidava dele e fez a letra do samba Tranquilo com a vida.

As comemorações começam no dia 15, data de seu nascimento, às 11h, em Niterói, onde o prefeito Jorge Roberto Silveira, amigo de longa data, inaugura com o arquiteto a sede da fundação que leva seu nome e que integra o Caminho Niemeyer, projeto que tem absorvido a maior parte de seu tempo. No mesmo dia está previsto o lançamento da oitava edição da Revista Nosso Caminho, criada há dois anos e editada a quatro mãos com a mulher e principal assistente, Vera Lúcia, com quem comemora na mesma data quatro anos de casado. E não faltará o tradicional almoço com a família e amigos.

A data também não passará em branco para os clientes e admiradores da obra do arquiteto fora do Brasil. No dia 15, a cidade espanhola de Avilés, nas Astúrias, verá a inauguração do Centro Niemeyer, espaço cultural que pretende se igualar em importância aos maiores do mundo, com uma programação digna de tanto: ali se realizará a conferência inaugural do novo programa de educação e cultura das Nações Unidas, cuja sede, em Nova York, foi projetada por Niemeyer, há 63 anos.

O centro cultural é considerado o principal projeto de Oscar Niemeyer na Europa, mas na lista de trabalhos em andamento no escritório do arquiteto, em Copacabana, no Rio, destacam-se também a Biblioteca dos Países Árabes e da América do Sul, na Argélia, o Museu de Arte Contemporânea de Ponta Delgada, nos Açores, o Porto da Música, teatro para 2 mil pessoas em Rosário (Argentina), a reforma do prédio da Brahma, no Sambódromo carioca, e o aquário do Complexo Educacional e Turístico de Búzios, na Região dos Lagos fluminense.

Apaixonado pela cidade histórica de Petrópolis, na região serrana do Estado, onde costuma passar finais de semana hospedado em casa de amigos, Oscar ainda aceitou um novo desafio: o de desenhar um templo católico em Itaipava, que não será grande como uma igreja nem pequeno como uma capela, conforme adiantou aos mais próximos.

Rotina - Niemeyer desafia o tempo e as regras da longevidade. Trabalha em média oito horas por dia em seu escritório. Ali, depois de almoçar em casa, recebe clientes, visitantes ilustres, desenha, discute os trabalhos com a equipe. “Minha agenda está sempre cheia: é impossível atender a esta gente no meu horário de trabalho. O desenho me ocupa o tempo todo”, conta ele, em entrevista _ por e-mail _ ao site de VEJA. Nesse período, ainda arranja tempo e disposição para se dedicar a atividades diversas, que considera fundamentais para manter-se atualizado. Estuda cosmologia com o físico Luiz Alberto Oliveira, em reuniões que costumam ocorrer às terças-feiras; lê; produz a revista Nosso Caminho, sobre arquitetura, arte e cultura. No Carnaval deste ano, homenageado pela Banda de Ipanema, emprestou seu traço para a camiseta oficial dos foliões.

Sua longevidade e disposição não exigem sacrifícios em nome da saúde. Come de tudo, até ovo frito, mas moderadamente. Fumou cigarrilhas há até três meses atrás. Faz fisioterapia para manter o corpo flexível e consulta regularmente o médico. Usa cadeira de rodas para se locomover em situações que exigem esforço maior, mas faz questão de caminhar pelo escritório e pela casa e de manter o gesto cavalheiro de se levantar para cumprimentar uma mulher. Sai para jantar duas vezes por semana, no restaurante preferido, o Terzetto, em Ipanema, onde tem mesa cativa.

“Ele está sempre arrumando sarna pra se coçar”, brinca o engenheiro José Carlos Sussekind, amigo muito próximo, ao procurar explicação para tanto dinamismo. A mulher, Vera Lúcia,conta que, nestes mais de 30 anos de convivência, aprendeu a admirá-lo não só como profissional, mas como pai, avô e amigo. “Coerente com suas ideias, preocupado permanentemente com os menos favorecidos, Oscar surpreende a todos por sua lucidez, sua capacidade de manter uma notável vigilância crítica em relação ao mundo da política”, comenta ela, lembrando uma de suas maiores paixões.

Desafio ao tempo - Niemeyer desafia o tempo também no terreno das ideias. Orgulha-se de não ter mudado nem um milímetro suas convicções políticas ao longo da vida. Comunista convicto até hoje, acompanha o noticiário e se preocupa com os problemas mundiais, como a crise europeia, que classifica como “crise do capitalismo”, e com o cenário político na América Latina, no qual vê a necessidade "responder às ameaças do imperialismo norte-americano". Admirador do presidente Lula, dedicou sua atenção quase exclusivamente à campanha eleitoral. Feliz com o resultado, diz esperar que Dilma Rousseff continue o trabalho social de Lula, “um dos grandes presidentes que o Brasil já conheceu”.

Bom humor também parece fazer parte da rotina do arquiteto. Na cama do hospital, no ano passado, decidiu compor a letra de um samba com seu enfermeiro, para matar o tempo. O samba, que tem o sugestivo nome de “Tranquilo com a vida”, foi gravado pelo músico Edu Krieger e também será lançado na próxima semana, em comemoração ao aniversário do gênio. Animado com a incursão pela música, Niemeyer comprou um piano, para “batucar e passar o tempo quando a vida está muito chata”, conforme contou aos amigos. Mas não pretende levar a novidade a sério: “tenho consciência que sou um compositor bissexto”, reconhece.