sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

LUZES DE NATAL - POR QUE AS UTILIZAMOS?

Velas, luzes elétricas, fitas que lançam brilhos - de onde vem esta necessidade de iluminar o Natal? Há rituais que podem explicar o motivo de tantas fachadas iluminadas durante as celebrações. Nos nossos tempos, importa também saber como lidamos com o dispêndio de tantos Watts num mundo cada vez mais eco-responsável.

Os primeiros registros de celebrações natalinas datam de 336 dC, quando a Igreja, ao invés de proibir festas pagãs existentes, as transformava em cristãs. Os primórdios do que hoje conhecemos como Natal sobrepuseram-se ao culto ao Sol Invictus – um apanhado de deuses, tidos até então como a divindade máxima do Império Romano.

Os participantes do ritual, celebrado no solstício de inverno, acendiam velas para manter viva a presença divina. Muitos séculos mais tarde, com o advento da eletricidade, as velas de parafina primeiramente foram substituídas por velas elétricas e, posteriormente, por pequenas lâmpadas hoje abundantes no mercado varejista no fim do ano. Ao contrário do que muitos pensam, não há qualquer ligação com o Menorah, o candelabro judaico.

Os pisca-piscas (chamados simplesmente de luzes de Natal, em Portugal) tornaram-se populares devido ao seu baixo custo e grande impacto visual em fachadas, jardins e árvores de Natal. Tomadoas como kitsch por serem como a versão caseira das grandiosas decorações natalinas de edifícios, parques e monumentos públicos, as microlâmpadas invadem as casas dos subúrbios de várias cidades ocidentais, onde é comum haver competições que buscam premiar a casa mais iluminada.

Tanto dispêndio de energia e dinheiro pode parecer controverso nos tempos atuais, quando, além da convivência com resquícios de uma crise econômica global, fala-se cada vez mais em poupar recursos a fim de preservar o planeta.

E foram problemas orçamentários que tornaram menos iluminado o fim deste ano. A prefeitura da cidade inglesa de Chichester, por exemplo, alega não poder arcar com os valores de um alto gasto de energia nas comemorações. Por consideração para com o contribuinte, vetou qualquer ornamentação com dinheiro público.

Por outro lado, a decoração natalina não está completamente fadada à repressão: novas tecnologias mostram-se uma alternativa viável quanto ao dispêndio de energia. Lâmpadas de LED (Light Emitting Diode ou diodo emissor de luz), por exemplo, consomem quase 8 vezes menos do que uma lâmpada incandescente de igual potência e garantem 100 mil horas de vida, ou seja, mais de 10 anos de uso contínuo. Se ligadas apenas durante o mês de dezembro, durariam cerca de 120 celebrações de Natal.

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