Montanha-russa do dólar
Nos últimos dias, a taxa de câmbio tem apresentado quedas consecutivas que levaram o dólar a patamares vistos anteriormente apenas no final da década de 1990, o que tende a se estabilizar junto com o desenvolvimento econômico cada vez maior no Brasil e um fluxo de investimentos muito grande no país devido a eventos internacionais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
No mercado, com esta surpreendente valorização do real, os exportadores sofrem e os consumidores ganham. Confira abaixo de que forma o dólar (cotado a R$ 1,564 no fechamento da última quarta-feira) pode ajudar o seu bolso segundo o vice-presidente de Marketing do Grupo Confidence, Paulo Volpe, o professor do Ibmec do Distrito Federal, Aquiles Rocha de Farias, e o professor do curso de Especialização em Gestão de Operações e Serviços Bancários da Fundação Vanzolini, Ricardo Rocha.
Viagens internacionais
Com o dólar mais baixo, certas viagens para os EUA chegam a ser mais baratas do que para alguns destinos no Nordeste brasileiro. Outros destinos tipicamente caros, como Suíça e Londres, também passam a ficar mais acessíveis para quem deseja conhecê-los.
Compras no exterior
Produtos importados, no geral, ficam mais baratos. CDs, eletrônicos, itens de supermercado e, até mesmo, carros passam a ser mais acessíveis. Na questão dos carros, o preço tende a cair ainda mais, pois a chegada dos carros chineses ao Brasil também força os preços a ser tornarem cada vez mais competitivos.
Aumento do poder de compra
Com a valorização do real, o poder de compra do consumidor brasileiro, na comparação com o dólar e outras moedas estrangeiras, aumenta. Por exemplo, para viajar as pessoas acabam disponibilizando a mesma quantia de dinheiro, porém conseguem comprar mais dólares com o mesmo montante.
Com isto, é possível almoçar no centro de Paris ou tomar um café do lado do Coliseu, em Roma, pelos mesmos preços encontrados em São Paulo.
Investimentos
A queda do dólar beneficia a compra de ativos, tanto ações como imóveis, em países estrangeiros. Ainda no caso dos imóveis há três benefícios. Como a crise em alguns países estrangeiros ainda não se encerrou, os preços ficam mais baratos, e ainda há taxas de câmbio favoráveis, inclusive com países como os EUA facilitando financiamentos.
Já para fundos cambiais, é necessário pensar no longo prazo, pois não há garantia plena de que o dólar irá subir, o que depende, principalmente, da recuperação econômica fora do país e a redução da taxa de juros no Brasil.
Cuidados
O ideal seria ter uma taxa de câmbio que permitisse ao consumidor viajar e comprar produtos importados com facilidade e, ao mesmo tempo, que mantivesse a inflação baixa e as exportações em alta. Porém, temos que aprender a conviver com um câmbio flutuante. Por isso, os consumidores devem estar sempre atentos.
Em relação a compras internacionais, vale apena usar o cartão pré-pago, que não tem cobrança de IOF e a pessoa não sofre com flutuações, pois já fica com o dinheiro convertido. No caso de compras com o cartão de crédito, é possível quitar a fatura antecipadamente, se a pessoa perceber que o dólar está caminhando para patamares perigosos.
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