domingo, 31 de janeiro de 2010

Fevereiro: encerramento de inscrições em editais

Coco de Roda - Fabio Smith
Por Blog Acesso
Aquelas velhas máximas de que início de ano é sempre morto e de que as coisas só acontecem mesmo depois do carnaval, não valem quando o assunto é encerramento de editais. É bom ficar atento porque, só na primeira quinzena de fevereiro, são dez os editais em fase de finalização. Para quem ainda não se inscreveu, ainda dá tempo. Confira os editais e seus prazos para inscrições. Boa sorte!
TÉRMINO: 01 FEVEREIRO
Edital Petrobras
Categorias: Festival de cinema
TÉRMINO: 05 FEVEREIRO
Edital de modernização de museus 2010
Informações: www.cultura.gov.br
TÉRMINO: 08 FEVEREIRO
Edital de produção de obras audiovisuais de longa metragem
TÉRMINO: 10 FEVEREIRO
Edital Mais Cultura de modernização de bibliotecas públicas municipais
Informações: www.cultura.gov.br
Fundo Setorial do Audiovisual – Prodav 01/2009
Informações: www.cultura.gov.br
Fundo Setorial do Audiovisual – Prodecine 01/2009
Informações: www.cultura.gov.br
TÉRMINO: 12 FEVEREIRO
Prêmio Banco da Amazônia de Artes Visuais
Categoria: Pautas de exposições
Informações: www.bancoamazonia.com.br
Prêmio Darcy Ribeiro 2010
Categoria: Ação educativa em museus
Informações: www.cultura.gov.br
Festival Panorama de Dança – coLaBoratorio
Categoria: Residências artísticas
Informações: blog do coLABoratorio
TÉRMINO: 15 FEVEREIRO
Fundo Ibermedia 2010 – audiovisual
Categorias:
• Apoio a programas de formação orientados a profissionais da indústria audiovisual iberoamericana.
• Apoio à coprodução de filmes iberoamericanos – Linha Aberta a Documentário.
• Apoio ao desenvolvimento de projetos de cinema e televisão.
• Apoio a conteúdos para vendas internacionais “delivery”.

GELO JÓIA

Neste verão de altas temperaturas, que tal dar um toque "sofisticado" e divertido às suas bebidas?! Com esta forma, transforme o gelo em enormes diamantes que ajudarão a refrescar e decorar sucos, refrigerantes e drinques. O molde de silicone garante o visual único e permite que a "pedra" seja facilmente retirada. O "solitário" congelado fica com mais de 7,5 cm de diâmetro por cerca de 5 cm de altura e cada forma custa 6,95 dólares. Fonte: Bem Legaus!

sábado, 30 de janeiro de 2010

Estudo ajuda plano para igualdade racial

Empresa selecionada pelo PNUD coordenará trabalho de consultorias que farão levantamento das iniciativas para reduzir desigualdades
Da PrimaPagina

Aprovado em junho de 2009, o Plano Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Planapir) começa a sair do papel, apostando em políticas de ação afirmativa para reduzir as diferenças raciais que foram sendo estabelecidas ao longo dos séculos e que afetaram principalmente as populações negra e indígena.

Apesar de já terem sido definidos os 12 eixos que guiarão as ações do programa (entre eles trabalho, saúde e educação), ainda falta determinar os indicadores que ajudarão a atestar se negros, índios, ciganos e outras minorias estão, finalmente, conseguindo abrir caminho e dispor das mesmas ferramentas para se afirmar como iguais na sociedade brasileira.

A tarefa de definir estes indicadores será feita por uma empresa selecionada por meio de uma parceria da Seppir (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) com o PNUD.

A firma será responsável por coordenar o trabalho das consultorias contratadas por seis agências da ONU - PNUD, Organização Internacional do Trabalho, Fundo de Populações das Nações Unidas, Programa das Nações Unidas para os Assentamentos Humanos, Fundo das Nações Unidas para a Infância e Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher).

Estas consultorias farão um levantamento, nas diferentes secretarias e ministérios, das iniciativas existentes para reduzir as desigualdades raciais e avaliarão se os indicadores utilizados pelos órgãos são os melhores em termos quantitativos e qualitativos. Caso não sejam, vão propor ajustes e possíveis caminhos para elaborar formas de mensurar os resultados que sejam mais adequadas.

Um exemplo prático: o Programa Brasil Quilombola visa assegurar a esta comunidade a propriedade de suas terras, o desenvolvimento econômico sustentável e a preservação do patrimônio cultural material e imaterial deste grupo.

A forma encontrada pela Seppir para medir o resultado foi usando o percentual para verificar três braços da iniciativa (atendimento às comunidades quilombola, evolução dos grupos certificados como remanescentes de quilombos e evolução de quilombolas com terras tituladas).

Se as consultorias decidirem que não é a melhor maneira de comprovar a eficácia das ações da Secretaria para este grupo, vão propor um indicador para substituí-lo que considerem mais adequado.

A partir do estudo, a empresa coordenadora vai elaborar uma proposta que será apresentada à Seppir, em um processo que deve terminar em fevereiro. A Secretaria, então, avaliará as sugestões e definirá a sistematização e a metodologia de monitoramento a serem utilizadas.

Em seguida, a Seppir buscará sensibilizar os ministérios e secretarias para que adotem os parâmetros definidos em seus programas de combate às desigualdades raciais. Conforme explica o secretário-adjunto da Secretaria, Eloi Ferreira de Araujo, o objetivo do órgão é promover o que ele chama de "transversalidade", ou seja, o diálogo entre as instâncias governamentais.

Isso porque apesar de algumas ações implementadas, como programas dirigidos à saúde da população negra e a concessão de bolsas de iniciação científica para alunos que entraram nas universidades públicas por meio de reserva de vagas, a função da Seppir é, principalmente, monitorar as iniciativas para verificar se estão dando frutos concretos.

"A Seppir é um órgão articulador e monitora as políticas públicas de igualdade", explica o secretário-adjunto. A atuação do órgão, então, é a seguinte: cada Secretaria e Ministério elabora seus próprios projetos de fomento à inclusão destas populações e à igualdade racial.

Uma vez por mês, a Seppir e estas instâncias se reúnem para analisar os trabalhos e decidir quais políticas intensificar e quais reforçar.

Iya Casa de Cultura e Arte Negra

A Biblioteca Abdias do Nascimento convida:

1º Feijão Preto

Feijoada Cultural Afro-Literária

Poesia Negra, Música, Contos, Bate-Papos

e muito mais

Ingressos Limitados

R$ 10,00

direito a 1 Prato Najé e 1 Latão

Dia 7 de fevereiro às 11h

Local: Biblioteca Abdias do Nascimento

Rua Almirante Aragão, 30, Itacaranha (rua ao lado da sinaleira)

Maiores informações:(71) 8742-1045

Não Percam!!!

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

O agente duplo

Leonardo Brant
CULTURA E MERCADO

A sustentabilidade dos artistas no mundo atual é a preocupação central deste blog. Buscamos estabelecer relação direta deste cada vez mais complexo e difícil desafio frente às políticas públicas de cultura e as dinâmicas de mercado. O canto da sereia, muitas vezes o caminho da sobrevivência, outros da corrupção de valores e sentidos. Mas pode se tornar o motor potente, em busca de autonomia para navegar nas incertezas e na volatilidade das políticas públicas, orientadas cada qual à visão de mundo e de cultura dos detentores do poder.

Fui à II Reunião Pública Mundial de Cultura, promovido pela prefeitura de São Leopoldo (RS) como parte do Fórum Social Mundial, para lançar o webdocumentário Ctrl-V. Antes da exibição do webdoc, assisti a conferência de David Harvey, que discorreu sobre a necessidade de o artista trabalhar como uma espécie de agente duplo, dentro dos sistemas político e, sobretudo, do mercado.

Em busca de autonomia, ele pode e deve, segundo Harvey, ocupar espaços deixados no mercado para a criatividade. O autor acusa o capitalismo de ser o menos imaginativo dos sistemas. Sua existência depende de um certo grau de mecanicismo, que condiciona pessoas dentro de comportamentos e formas de atuação mais ou menos homogênea.

O geógrafo e professor da City University of New York (CUNY) enxerga neste terreno árido e difícil que é o mercado um mar de oportunidades para as atividades criativas e para o desenvolvimento e ocupação de espaços disfuncionais e subversivos. E deposita no artista a esperança e a responsabilidade de encontrar as brechas necessárias para implodir o sistema, ressignificá-lo ou reinventá-lo, com base em princípios humanos e éticos.

Harvey admite o risco de o artista “vender-se” ao capitalismo, mas diz que esse risco é um desafio saudável, pois estimula a tensão entre o artista, sua obra e sua função pública.

Perguntei ao pensador britânico, o que ele pensa sobre a formação e consolidação de indústrias culturais propriamente brasileiras, depois de apresentar-lhe como premissa o projeto desenvolvimentista do país, que acende uma vela para o capitalismo, baseando sua política econômica no mercado financeiro, e outra para o socialismo, ampliando a presença do Estado em ações sociais de cunho assistencialista, deixando o processo cultural numa área cinzenta, frente às contradições dessa política.

Harvey mostrou-se cético em relação ao desenvolvimento de uma indústria nacional. Considera os espaços ocupados por redes colaborativas mais adequado para o florescimento da criatividade. Mas não apontou como se daria o financiamento dessas atividades, provavelmente pelo Estado.

Mas se o Estado não é mercado, ele corre o risco de confundir-se com um produtor cultural, moldando aquilo que devemos ou não devemos ver, ouvir e consumir como arte e cultura. Diante desse risco eminente, vivido no Brasil em tempos de Procultura, Harvey defende quase que uma conspiração de artistas, em defesa da sobrevivência e em defesa da democracia.

Uma reflexão importante para o ano que se inicia, em que definiremos o novo modelo de política cultural para o Brasil, exercendo e negociando o poder de voto e de construção de uma agenda democrática, baseada na garantia dos direitos culturais e no pleno exercício da liberdade de expressão.

Sobre "Leonardo Brant " http://www.brant.com.br

Pesquisador de políticas culturais. Autor do livro "O Poder da Cultura" e diretor do webdocumentário Ctrl-V::VideoControl.

Um artigo do Professor Jaime Sodré

Foto: Lúcio Távora | AG. A TARDE
Balaio de Idéias: Sagrada Colina
Jaime Sodré

Chegou o dia. Dona Tidinha pronta, nos seus 67 anos, obediente a iconografia musical de Caymmi, segue a orientação do mestre quanto ao “trajo”: torço de seda, brincos de ouro, corrente de ouro, pano-da-costa, bata rendada, pulseira de ouro, saia engomada, sandália enfeitada, tem. Mas, a bem da verdade, onde consta a palavra “ouro”, leia-se dourado, sinais dos tempos. Tinha graça como ninguém. Dona Tidinha não tinha um rosário de ouro, nem uma bolota assim ou balangandãs. Mas, com as graças de Oxalá, vai ao Bonfim. Jarro enfeitado, branquinho, palma de Santa Rita e Angélica, caule imerso no “amassi”.

Lá vai Tidinha. Segue pela Rua Direita de Santo Antônio, passa pela reforma da Igreja do Boqueirão, benze-se. Vislumbra a Igreja dos Quinze Mistérios, reduto Malê, benze-se. Segue o Pelourinho, dá de frente com a Catedral da Sé, benze-se ao padroeiro de Salvador, São Francisco Xavier. Desce o Elevador, repousa nas escadarias da Igreja de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Bahia, e aguarda a saída rumo ao padroeiro popular da Bahia, Nosso Senhor Oxalá do Bonfim. Era assim que ela entendia e exercia a sua religiosidade. E toca a esperar… cochila.

No íntimo, agradece ao Capitão-de-mar-e-guerra Theodósio Rodrigues de Faria, a feliz ideia de render graças ao Senhor do Bonfim. A imagem de Nosso Senhor e de Nossa Senhora da Guia, vindas de Portugal, chegaram à Bahia por iniciativa deste capitão, fruto de uma promessa quando enfrentara intempéries marinhas. Em 16 de abril de 1745, a réplica da imagem instalada em Setúbal, terra natal de Theodósio, chega à Bahia.

Com a permissão do bispo D. José Botelho de Matos, é abrigada na Igreja de Nossa Senhora da Penha de França. Após o término da construção da igreja, iniciada em 24 de junho de 1754 e concluída em 1772, as imagens são trazidas para a Sagrada Colina.

Para alguns a lavagem teria sido iniciada em 1773, quando, a mando da irmandade dos leigos, os escravos efetivaram a lavagem do templo para a Festa do Bonfim, no segundo domingo após o Dia de Reis. Informa-nos o brilhante professor Sebastião Heber, que essas lavagens têm as suas raízes na metrópole portuguesa, mas não eram muito do agrado dos senhores bispos. Em 1534 o bispo de Évora teria interrompido este ato, alegando desrespeito aos valores católicos.

Na versão oral, a lavagem vinculada a Oxalá, nos moldes que conhecemos, teria sido uma iniciativa do Babalorixá Bernardino, com filhas de santo e água de cheiro, pagando uma promessa. Em 1863 fechou-se o adro, colocando-se um gradil, doado pelo ex-juiz J.P. Rodrigues da Costa, contra abusos. Para comemorar o primeiro centenário da Independência da Bahia, em 1923, fora incluída na programação, a venerada Igreja do Senhor Jesus do Bonfim. Para a ocasião cria-se o Hino ao Senhor do Bonfim. A relação da Igreja e música surge em 1839, com as composições do violonista e compositor baiano Damião Barbosa de Araújo para as missas cantadas em latim.

Dona Tidinha acorda do cochilo, começa a romaria. Aos gritos de “Viva o Senhor do Bonfim” a caminhada segue com fé, e todos cantam o “Gloria a ti”, popularizado em uma gravação de Caetano Veloso. Na verdade, o Hino Oficial é de autoria musical de Edgas Muniz de Aragão Pethion de Gueiroz, com letra de Remigio Domenech: “Ao teu lado, sempre unidos, somos o seu povo, Nosso Senhor, Nosso Senhor do Bonfim, salva, protege, alumia pelo sinal desta cruz, o coração da Bahia, que a teus pés, o amor conduz, volve os teus olhos divinos, aos nossos males, oh sim, ouve o clamor desse hino, Nosso Senhor do Bonfim”.

O “Gloria a ti”, como o povo o intitula, foi composto em 1923 para as comemorações do centenário, por João Antônio Wanderlei e Artur de Sales. Artur teve a sua letra escolhida por Wanderlei, na ocasião regente da Banda da Polícia Militar. Dona Tidinha entoa a canção, promove uma alteração na letra, e ao invés de cantar “mansão da Misericórdia” canta “Mãe Santa Misericórdia”, mas tudo vale.

Às 18 horas do mesmo dia, os pés estão na água quente, a roupa, os adereços e fios de contas na cama, e diante do cansaço e esforço comenta o seu filho: “Não sei pra que isso, mamãe, se cansar à toa”. Responde D. Tidinha, retirando o torço: “Não é por mim filho, é pela humanidade”.

Jaime Sodré é professor, historiador e religioso do Candomblé

Museu Afro recolhe donativos para o Haiti

Foto: EFE |David Fernández
Instituição baiana participa de campanha para auxílio às vítimas da tragédia no Haiti.
Cleidiana Ramos

Para quem quiser ajudar as vítimas do terremoto no Haiti, o Museu Afro-Brasileiro da Ufba, está recolhendo alimentos não perecíveis.

A campanha é coordenada pelo Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Os alimentos arrecadados serão encaminhados para a Cruz Vermelha.

A entrega deve ser feita na portaria do museu que fica no prédio do Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus, Centro Histórico. O horário de funcionamento é das 9 às 18 horas, de segunda a sexta. Mais informações pelos telefones 3283 5540 / 5541

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Nove alimentos para deixar a imunidade nas alturas

Transforme-os em aliados e deixe a saúde perfeita

Por Gabriela Pio
Sua imunidade anda baixa? Ou, melhor ainda, você não quer dar chance para que nenhum mal afete a sua saúde? Aposte em um prato de comida bem equilibrado, principalmente com os ingredientes certos. "Os alimentos são ricos em vitaminas, minerais e outras substâncias que auxiliam na manutenção do sistema imunológico", afirma Ioná Zalcman, mestre em nutrição pela Universidade Federal de São Paulo. De acordo com a nutricionista, atingir a recomendação diária de consumo de frutas e vegetais já garante uma defesa melhor. "O consumo deve ser de cinco porções por dia: três frutas e dois vegetais", completa. A seguir, confira a lista de campeões da blindagem e conheça os motivos que tornam esses alimentos poderosos aliados do organismo.
Frutas cítricas, como laranja, acerola, kiwi, tomate, além de brócolis, couve e pimentão verde e vermelho são ricos em vitamina C, antioxidante que aumenta a resistência do organismo:
Vegetais verdes escuros (brócolis, couve, espinafre), feijão, cogumelo (shimeji) e fígado são alguns dos alimentos que apresentam ácido fólico. O nutriente auxilia na formação de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo:
Carne, cereais integrais, castanhas, sementes e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico), são ricos em zinco, nutriente que combate resfriados, gripes e outras doenças do sistema imunológico:
Noz, castanha, amêndoa e óleos vegetais (de girassol, gérmem de trigo, milho e canola) são ricos em vitamina E. Ela é benéfica, principalmente para os idosos, agindo no combate à diminuição da atividade imunológica por conta da idade:
Rico em licopeno, o tomate é forte aliado para combater doenças cardiovasculares, removendo radicais livres do organismo:
O ômega-3 presente, por exemplo, no azeite e no salmão, auxilia as artérias a permanecerem longe de inflamações, ajudando a imunidade do corpo:
A castanha-do-Pará e cogumelos (Champignon) contêm selênio, um forte antioxidante que combate os radicais livres, melhorando a imunidade do corpo e acelerando a cicatrização do organismo:
Rico em vitaminas C, B6 e com ação bactericida, o gengibre vai além de ajudar a tratar inflamações da garganta e auxilia nas defesas do organismo:
A pimenta é fonte de betacaroneto, substância que se transforma em vitamina A, nutriente que protege o organismo de infecções:

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

PRÉ-CONFERÊNCIA SETORIAL DE ARTES VISUAIS - PE

MINISTÉRIO DA CULTURA

Representação Regional Nordeste

CONVITE

PRÉ-CONFERÊNCIA SETORIAL DE ARTES VISUAIS

ASSEMBLÉIA DE ELEIÇÃO DOS DELEGADOS - PERNAMBUCO

A Representação Regional Nordeste do Ministério da Cultura, Fundação Nacional de Artes, Fundarpe, por meio da Coordenação de Artes Plásticas e Graficas, Secretaria de Cultura do Recife por meio do Museu de Arte Moderna Aluísio Magalhães e o Fórum de Artes Visuais de Pernambuco, convidam os artistas, produtores, curadores, professsores, pesquisadores, entidades e gestores culturais do segmento das Artes Visuais, a participarem da Assembléia de Eleição dos Delegados da Pré-Conferência Setorial, a ser realizada nesta quarta-feira, dia 27 de janeiro, às 19h, no Auditório do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães/MAMAM.

Os membros da Sociedade Civil interessados em participar da Pré-Conferência Setorial de Cultura, na condição de Delegados, deverão atentar aos seguintes detalhes:

1º. Fazer o registro de sua candidatura em Formulário disponibilizado no site do CNPC (www.cultura.gov.br/cnpc) até a data de realização das assembléias setoriais.

2º. Participar da Assembléia, onde serão eleitos os 3 (três) representantes da sociedade civil.

3º. Postar até 31/01/10, os documentos exigidos na Resolução nº 2 para concluir sua habilitação (para os delegados eleitos).

Contamos com a participação de todos!

Contatos para dúvidas ou mais informações:

Funarte Nordeste/MinC: 81 3194.1314 / 8639.0447

Coordenação de Artes Plásticas e Gráficas/Fundarpe: 81 3184.3078

MAMAM: 81 3232 1694

Fórum de Artes Visuais de Pernambuco - Bruno Monteiro: 81 8845.2094 / 9747.4507

Local:

Auditório do Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães/MAMAM - entrada pela Rua da União, 88, Boa Vista

Dia: Quarta-feira, 27 de janeiro de 2009 - Hora: 19h

Saiba sobre as mudanças no aluguel

Entra em vigor Lei do Inquilinato. Confira principais mudanças

Aprovada em dezembro de 2009, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Lei do Inquilinato entra em vigor nesta segunda-feira (25). Algumas das alterações beneficiam locadores e locatários.

"A lei que rege o aluguel estava mesmo precisando de mudanças. Ela era muito antiga e deixava de fora situações importantes que foram surgindo na sociedade ao longo dos anos. Por exemplo, um casal em união estável, quando se separava, tinha muita dificuldade em saber definir como ficaria a situação do imóvel alugado. Sem falar que muitas vezes o fiador estava relacionado ao integrante que deixava o imóvel. Agora a lei contempla esses casais e esses fiadores", explica o diretor de legislação do inquilinato do Secovi-SP, Jacques Bushatsky.

Inquilinos x locadores

Para quem acredita que a nova lei beneficiará mais os proprietários do que os locadores, já que prevê - entre outras coisas - um despejo mais rápido para quem atrasa o aluguel, por exemplo, Bushatsky diz que não concorda com essa visão.

"Ninguém será prejudicado. É bom lembrar que nenhum direito foi alterado. A nova lei apenas dá um basta em contratos que eram assinados, mas não eram cumpridos. Infelizmente, chegou um momento em que a pessoa se comprometia a pagar um aluguel, não pagava, e o proprietário não conseguia tirá-la do imóvel e amargava um prejuízo. Resumindo, a lei diz que você vai ter que cumprir o que prometeu. A mesma coisa cabe ao proprietário, que precisa manter o imóvel em ordem, respeitar os prazos de contrato, entre outras coisas", explica.

Benefícios

O advogado, porém, é categórico em afirmar que a lei será muito benéfica para os brasileiros que põem para alugar e alugam imóvel. "Para quem vai alugar, a lei traz grandes facilidades. Antes, conseguir um inquilino era um grande problema para quem queria alugar. Agora é possível firmar contrato sem a presença de um fiador. Isso facilita a vida de milhares de pessoas", garante.

E completa: "Já para quem tem um imóvel para alugar, a facilidade acontece porque essa nova lei traz garantias de que o proprietário não vai amargar prejuízos. Não há números estatísticos, mas no Brasil há muitos imóveis que poderiam ser alugados, mas que o dono prefere deixar fechado a alugar e enfrentar problemas, como destruição do patrimônio, não recebimento da renda com que contava, entre outros. Além do mais, se existir mais imóveis no mercado e menos medo de prejuízo por parte dos proprietários, há grande chances do aluguel ficar mais barato", finaliza.

Confira abaixo algumas das principais mudanças na lei, relacionadas aos aluguéis residenciais:

Em contratos firmados com assinatura do fiador, este poderá pedir o encerramento de seu compromisso, mas ainda responderá pela fiança por um prazo de 120 dias

O locador poderá exigir a substituição do fiador que estiver em regime de recuperação judicial. O inquilino tem 30 dias para apresentar um substituto. Caso contrário, o contrato pode ser encerrado

O contrato poderá ser firmado sem fiador, desde que haja a concordância do locador

Durante a vigência do contrato, o dono do imóvel não poderá recusar a restituição do imóvel pelo inquilino. Mas quem aluga deverá pagar a multa estabelecida no contrato

Em caso de contratos sem fiador, a retomada do imóvel já poderá ser pedida a partir do atraso de um aluguel

Neste caso, a ação de despejo será suspensa se, no prazo máximo de 15 dias, o inquilino quitar integralmente a dívida. Deixa de valer o requerimento em que o locatário manifesta intenção de pagar a dívida

A partir de agora, a multa rescisória passa a ser proporcional. Se o inquilino decidir entregar o imóvel antes do fim do prazo, pagará apenas um valor proporcional ao tempo que faltava para cumprir o contrato

Feiras de artesanato no Nordeste são opção de passeio nesse verão

Vila do Artesão
O Salão de Artesanato Paraibano encerrou sua programação no último domingo, mas ainda existem muitas opções para turistas que estejam em visita à região Nordeste. O período de férias favorece inclusive que moradores locais venham às feiras, mas como todos os estados tem um aumento significativo no fluxo de visitantes que chegam para curtir o verão, essas feiras acabam se tornando eventos expressivos que dinamizam a economia da região como um todo. E artesãos nordestinos agradecem.
Em Aracajú acontece até o dia 31 de janeiro a Feira de Sergipe, com 294 estandes montados na praça de eventos da Orla de Atalaia. Além de artesanato, toda a riqueza gastronômica do estado e muitas dicas de turismo.
Em Maceió, Alagoas, acontece a Artnor que encerra no próximo dia 24. Aqui são 500 expositores de todo o Nordeste, com foco especial para as rendeiras do Filé, a mais tradicional do estado.
Em Natal, RN, começa agora no dia 22, no Centro de Convenções de Natal, a 15ª Fiart com o tema “A arte do mundo na vitrine potiguar”, homenageando 12 mestres potiguares de diferentes tipologias. O evento vai até o dia 31.

Marque na sua agenda um passeio e leve para sua casa muitas lembranças belas dos artesãos nordestinos.

Fotos: Divulgação

SID/MinC lança Blog sobre o Encontro dos Povos Guarani

Evento será realizado de 2 a 5 de fevereiro, em Diamante D'Oeste, no Paraná, reunindo representantes da etnia de quatro países

A Secretaria da Identidade e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SID/MinC) lançou um Blog para divulgar o Encontro dos Povos Guarani da América do Sul - Aty Guasu Ñande Reko Resakã Yvy Rupa, que será realizado de 2 a 5 de fevereiro deste ano, na aldeia indígena Tekoha Añetete, localizada no município de Diamante D’Oeste, no Paraná. O Encontro reunirá mais de 800 indígenas Guarani da Bolívia (Chiriguano), do Brasil (Kaiowa, Ñandéva e Mbya), do Paraguai (Ache-Guayaki, Kaiowa, Mbya e Ava-Guarani) e da Argentina (Mbya).

As notícias sobre o Encontro - que tem como objetivo principal criar uma nova perspectiva de intercâmbio cultural que fortaleça a relação entre os Guarani - poderão ser acessadas em tempo real, a partir de agora, e durante toda a realização do evento. No Blog estarão disponibilizadas, ainda, fotos e vídeos, artigos e documentários.

Os Guarani constituem um povo de forte identidade étnica e cultural, que fala uma única língua e que vive de acordo com valores e construções cosmológicas muito similares. Os territórios de ocupação tradicional desses povos se estendem pelo Paraguai Oriental, o Norte da Argentina, o Sul da Bolívia e por sete estados brasileiros (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e Espírito Santo). No Brasil, somam mais de 65 mil indivíduos, dentre os 250 mil existentes na América do Sul, e representam o grupo étnico mais numeroso do país, concentrando-se predominantemente no Mato Grosso do Sul.

Por meio do Blog, os interessados poderão acompanhar tudo que acontece no Encontro e informar-se sobre a história da etnia no Brasil e nos outros países da América do Sul, além de acessar links que remetem o internauta a outros sites que abordam questão relativas aos povos Guarani. Os usuários podem contribuir com sugestões ou comentários na área Notícias.

O Blog do Encontro do Povos Guarani da América do Sul pode ser acessado no seguinte endereço eletrônico: blogs.cultura.gov.br/encontroguarani.

(Comunicação SID/MinC)

Comunicação SID/MinC

Telefone: (61) 2024-2379

E-mail: identidadecultural@cultura.gov.br

Acesse: www.cultura.gov.br/sid

Nosso Blog: blogs.cultura.gov.br/diversidade_cultural

Nosso Twitter: twitter.com/diversidademinc

sábado, 23 de janeiro de 2010

DRAMÁTICO SEM SER TRÁGICO: a cor na pintura

Ivan Lima
ensinamento de 22 de dezembro de 2007, fayga ostrower, publicada
"vale a pena entrar um pouco mais detalhadamente na questão da cor - porque, também em termos de expressividade, a cor formula os conteúdos através de relacionamentos espaciais. nas artes plásticas, a cor constitui um dos elementos básicos da linguagem (ao lado de outros elementos visuais: linhas, superfícies, volumes, luz, isto é, contrastes de claro/escuro). nunca se trata porém, de uma cor isolada e sim de relações colorísticas. na imagem, a elaboração formal das cores se dá através de determinadas relações (cuja escolha pelo artista é sempre intuitiva), que permite configurar determinadas modalidades de espaço (linear, plano, profundo, vibratório, ou outras), estabelecendo combinações variadas de dimensões espaciais - de espaço/tempo.
Esta especialidade, por sua vez, irá corresponder a determinadas visões do mundo e estados de ser. Assim as cores se tornam expressivas através de seus relacionamentos espaciais, através de movimentos formais, distanciamentos e proximidades que são articulados dentro da relação colorística.
Por exemplo, vejamos a pintura de Van Gogh, de um vaso com girassóis.
Vincent Van Gogh, girassóis, 1888, óleo sobre tela, 92x173cm, national galery, londres.
porque o conteúdo expressivo deste quadro seria dramático?
afinal, o tema, em si, nada tem de dramático: são simples flores. além do ritmo agitado das pinceladas, temos que ver as cores.
e como van gogh usou as cores? entre as várias relações, ele escolheu a de cores complementares (as outras relações sendo: tonalidades, cores primárias-secundárias, cores quentes-frias); de fato, é a relação que permite estabelecer os contrastes máximos, de atração e tensão, enaltecendo sempre o caráter sensual das cores.
Nesta relação, van gogh cria grandes tensões espaciais, tensões quase que insuportáveis, ao afastar os grupos de cores encaminhá-los para distanciamentos extraordinários antes de finalmente reunir as cores de novo (reunir, quer dizer, neste caso, complementar as cores na totalidade da luz, fechando a relação). daí o caráter dramático da imagem, a partir de um tema tão inocente. mas evidentemente, havia toda uma visão interior em van gogh, de terríveis conflitos, e também (o que não deve ser esquecido), de sublimação, que ele queria, precisava expressar। o tema das flores era apenas um pretexto, ou digamos, um trampolim, para configurar o conteúdo expressivo."
publicado na página 198, de "acasos e criação artística" de fayga ostrower (*19/09/1920+13/09/2000)-, editora campus http://www.campus.com.br/ , já na sexta edição. a primeira edição é de 1990, livro o qual colaborei.

Gilberto Gil é o convidado do Ilê neste sábado

O próximo ensaio pré-carnavalesco do Ilê Aiyê, na Senzala do Barro Preto, neste sábado (23) contará com um convidado ilustre. O cantor e compositor baiano Gilberto Gil se apresenta no Curuzu junto com a Band’Aiyê, Da Cor do Samba e Jair Sete Cordas. Gil promete desfilar alguns dos seus maiores sucessos e, com certeza, homenagear o Ilê na canção de Paulinho Camafeu imortalizada em sua voz: “Que bloco é esse? Eu quero saber. É o mundo negro que viemos mostrar pra você”.
Quem também vai marcar presença na noite de sábado é a recém eleita Deusa do Ébano, Gisele da Silva Santos, que fará sua primeira apresentação oficial como rainha negra do Ilê Aiyê. Eleita no último sábado (16), Gisele dançará ao som dos percussionistas do Ilê e da cadência afro da Band’Aiyê, anfitriã da casa e primeiro grupo a subir ao palco da Senzala do Barro Preto.
O ensaio está marcado para começar às 22 horas. Os ingressos custam R$30 (camarote) e R$15 (pista).
Serviço
Local: Centro Cultural Senzala do Barro Preto – Curuzu
Data: 23/01
Horário: 22h
Atrações: Band’Aiyê e Gilberto Gil, Da Cor do Samba e Jair Sete Cordas
Preços: R$ 15,00 (promocional) e R$ 30,00 (Camarote)
Informações: 2103-3400 / ileaiye@ileaiye.org.br

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Explosão de beleza

Selmy Yassuda
AS VEDETES DO PARQUE
Floração da palma talipot: palmeiras dão cachos de até 4 metros de altura

Floração de palmeiras plantadas por Burle Marx vira atração no Rio de Janeiro. É um espetáculo raro da natureza, que leva cinquenta anos para acontecer

Carolina Vaisman

Um grandioso e raro espetáculo da natureza está em cena no Rio de Janeiro. Trata-se da floração de palmeiras Corypha umbraculifera, ou palma talipot, no Aterro do Flamengo. Trazida do Sri Lanka por Roberto Burle Marx, autor do projeto paisagístico do parque, ela floresce uma única vez na vida, cerca de cinquenta anos depois de plantada. Em seguida, inicia um longo processo de morte. Os cachos da palma talipot contêm aproximadamente 1 milhão de microflores e ficam no topo da palmeira, formando uma copa de tonalidade castanha de até 8 metros de diâmetro e 4 metros de altura. Nos dois anos que separam essa explosão de flores de sua morte, a palmeira produz uma tonelada de sementes, a forma que a natureza encontrou para garantir a sobrevivência de uma espécie que leva tanto tempo para se reproduzir. A palma talipot faz parte do estupendo mosaico de espécies criado por Burle Marx em seu maior e mais importante projeto, que levou à frente durante o governo de Carlos Lacerda, no início dos anos 60. Em 1,2 milhão de metros quadrados, numa área que se estende do centro do Rio até o bairro de Botafogo, ele espalhou 16 000 mudas de plantas de 200 espécies, de forma a garantir um parque florido em todas as épocas do ano.

Dos cinquenta exemplares da palmeira existentes hoje no Aterro, doze estão floridos – e assim devem permanecer por aproximadamente dois anos. A palma talipot atinge 30 metros de altura, e os leques formados por suas folhas chegam a medir 4 metros de diâmetro. A espécie também é conhecida como "palmeira dos 100 anos", porque em sua região de origem demora cerca de oito décadas para florescer. No Brasil, esse tempo foi reduzido praticamente à metade, possivelmente em virtude das diferenças em relação a seu habitat. Na Índia e no Sri Lanka, a palmeira vive em meio a florestas densas e por isso demora mais tempo para encontrar a luz necessária à floração. No Flamengo, ela foi plantada em área aberta, com grande exposição à luz do sol, e o processo foi acelerado.

As primeiras mudas que chegaram ao Brasil floresceram nos anos 90. Em 1998, a Fundação Parques e Jardins, órgão responsável pela manutenção dos parques da cidade, usou as sementes para fazer novas mudas. Delas surgiram sete exemplares de palma talipot, que também foram plantados no Aterro e hoje medem cerca de 5 metros de altura. As palmeiras são recursos ornamentais de grande apelo não só por sua majestade e elegância, mas também por sua facilidade de adaptação a diferentes ambientes. Servem tanto para decorar interiores de shopping centers quanto para ornamentar calçadas de condomínios à beira-mar. Só no Aterro, foram utilizados quarenta tipos. A palma talipot não chega a ser tão imponente e elegante quanto a palmeira-imperial, originária das Antilhas, que teve seus primeiros exemplares plantados no Jardim Botânico do Rio de Janeiro por dom João VI. Nem tão graciosa quanto a pequena palmeira-de-manila, muito usada em jardins por sua delicadeza. O que lhe dá destaque nos projetos paisagísticos é a exuberância. "Tudo nela é exageradamente grande", diz o botânico Ricardo Reis, especialista em palmeiras. Foram os imensos leques formados por suas folhas que colocaram as palmeiras talipot entre as espécies escolhidas por Burle Marx, que ao plantá-las já tinha mais de 50 anos e sabia que não as veria florir. "Ele comentava que para isso era preciso mais que uma vida", conta o arquiteto Haruyoshi Ono, parceiro do paisagista em seus principais projetos.

Genteeeeeeeeeeeeeee!! Hoje tem show de Dão e a Caravanablack!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Batalha nacional de graffiti

King of Brasil
Os praticantes e amantes do Graffiti têm até o dia 10 de fevereiro para se inscrever, gratuitamente, na primeira Batalha Nacional de Graffiti que acontecerá entre os dias 25 e 28 de março, no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. A ficha de inscrição e todo o regulamento podem ser baixados pelo site www.kingofbrasil.com.br. Poderão participar da Batalha crews brasileiras que possuam artistas brasileiros e no máximo um estrangeiro.
Capitaneada pelos grafiteiros Graphis, Shock Maravilha e Bonga, o K.O.B. será o maior acontecimento para a arte Graffiti nacional e contará com um corpo de jurados composto por grafiteiros internacionais. A Batalha acontecerá durante o Urban Fest - Feira de cultura, atividades e moda que vai agitar a cena urbana da capital paulista. O Graffiti será um dos grandes destaques.
Nos quatro dias de evento, o público poderá conferir, ainda, inúmeras atrações como live paint com jurados e capitaneadores da Batalha, workshops, exposições, customização, futebol freestyle, skate, batalha de break, performances de DJs e outras manifestações artísticas e urbanas.
Onde: Centro de Exposições Imigrantes
Quando: Entre os dias 25 e 28 de março
Quanto: Gratuito
Informações: http://www.kingofbrasil.com.br/, http://www.urbanfest.com.br/, culturahiphop.uol.com.br

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Promoção Cultural do Mundo Afro

O blog Mundo Afro está lançando sua primeira promoção cultural. Vai sortear quatro exemplares do livro Uma Historinha Africana, de autoria do professor Jaime Sodré, com ilustrações de João Victor Dourado. O professor Jaime, gentilmente, doou os exemplares para este fim.
Para participar vá até o blog Mundo Afro clicando aqui.

Um canto que vem do Haiti…

Mensagem
Por Ney Mourão
Em meio ao caos, à desolação e aos escombros do Haiti, um acontecimento que mereceria a maior de todas as manchetes. Depois de uma semana – isso mesmo: UMA SEMANA! -, um homem não se afastou por um segundo do local onde estaria a sua mulher. Apesar de todos os esforços das pessoas, dizendo que não havia mais chance dela estar viva, debaixo de tanto cimento, ferro retorcido, poeira, ele disse que ainda tinha esperanças e uma certeza absoluta de que ela estaria viva. Dali ele são sairia, até que lhe provassem o contrário!

Nenhum ruído deu a ele essa esperança. Ao redor, apenas o vazio, a ruína, o desespero. Nenhum gemido ao longe que pudesse acenar com a possibilidade de que sua esposa ainda respirasse, por milagre, lá debaixo.

Depois de UMA SEMANA, sem dali se afastar, ele acompanha um trator com uma pá empilhadeira retirar toneladas de pedaços de paredes. A empilhadeira, para todos, a metáfora definitiva de que, por vidas humanas, não havia mais o que fazer. Necessário limpar, retirar as lajes caídas, o pó. No entanto, o homem continua lá, sozinho em sua esperança, firme na expectativa de que sua esposa apertasse sua mão e olhasse pelo menos mais uma vez, com vida, em seus olhos. Permanecendo em uma certeza quase insana.

Até que se ouve um pequeno e longínquo gemido. Sim! Um gemido. Um pedido de socorro. DELA! Viva! Tão lá embaixo que foi preciso uma microcâmera para percebê-la. Lá em cima, o marido, cavando com as mãos, num gesto infrutífero, mas revelador de um amor que não tem barreiras físicas. Não! Com as mãos, não! Com as unhas. Feito garras, um bicho tresloucado de amor, tentando rasgar o chão e o concreto, que o separava de um corpo vivo, que clamava por socorro.

Desceram um microfone até a mulher e ela, então, fez duas coisas: primeiro, disse que, caso ela morresse, a coisa que mais importava para ela, naquele momento, era que ele soubesse que ela o amava. Debaixo de uma pilha enorme de concreto e sob um mundo desabado, ela disse que o que mais importava era a revelação de seu amor.

Que morresse, mas que ele tivesse essa certeza!

Depois do dito, ela… CANTOU!

Um canto que pareceu não sair da garganta, mas que veio da alma. Um canto que veio de algum lugar onde mulheres dizem aos amados que eles são importantes, ainda que hajam escombros, destroços, misérias, desigualdades, injustiças, guerras, preconceitos. Um canto de amor correspondido. Um canto que veio de um lugar onde os amantes transformam unhas e garras, para tentar mover um mundo que parece não sair do seu lugar de infelicidades e prantos.

Um canto que, como aquele amor, demonstrado ali, em poucos minutos, diante das câmeras, talvez tenhamos que aprender como a mais bela de todas as canções.

Os noticiários do mundo dedicaram longas e longas horas para mostrar os escombros, a luta pelos alimentos, a tragédia. E poucos segundos, para o homem que acreditou que havia razão para a esperança em meio ao caos, e para a mulher que revelou o amor acima de toda a destruição. E milésimos de segundos, para o canto.

Quisera eu saber aquela melodia, para sair por aí, cantando a todos. Quisera eu que aquele amor se espalhasse pelo mundo, contaminasse cada ser humano como uma bactéria que se instalasse nos corações e nenhuma vacina pudesse jamais prevenir, nenhum tratamento pudesse jamais medicar.

Quisera eu que todos nós acreditássemos na possibilidade do amor, da esperança, do canto! E que essas coisas pudessem ser manchetes diárias, em letras garrafais, a cada manhã de nossas vidas!

Que tenhamos pelo menos um pouco de humildade para aprender com aquele casal. Não sei os seus nomes. Talvez não saberemos nunca. Talvez não saibamos que, como todos, sofreram dificuldades cotidianas, enfrentaram problemas de relacionamento, tiveram que aprender que conviver é um gesto cotidiano de oferta.

O que sabemos é que são sábios, em seu amor e esperança. Com toda a sua aparente simplicidade e pobreza, ricos e sábios, em sua cumplicidade capaz de remover destroços e aproximar corpos, corações e almas.

Amemos… E cantemos!

Ney Mourão é jornalista e educador. Especialista em Educação a Distância. Poeta; autor do livro "Notas Dispersas pelas Paredes" (Editora Autêntica). Interessado em PESSOAS, tem formação em Terapias Holísticas (Reiki, Shiatsu, Reflexologia Podal, Florais de Bach, Aromaterapia). Em seus atendimentos, prefere dizer que acalenta almas para que estejam bem em seus corpos.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

O governo desenvolvimentista

O governo de JK é lembrado como de grande desenvolvimento, incentivando o progresso econômico do país por meio da industrialização. Ao assumir sua candidatura, ele se comprometeu a trazer o desenvolvimento de forma absoluta para o Brasil, realizando 50 anos de progresso em apenas cinco de governo, o famoso “50 em 5”.
Seu mandato foi marcado por grande calmaria política, sofrendo apenas dois movimentos de contestação por medo das tendências esquerdistas do presidente: as revoltas militares de Jacareacanga, em fevereiro de 1956 e de Aragarças, em dezembro de 1959. As duas contaram com pequeno número de insatisfeitos, sendo ambas reprimidas pelas Forças Armadas. Com o fim das revoltas, Juscelino concedeu “anistia ampla e irrestrita” a todos os envolvidos nos acontecimentos.
O governo JK foi marcado por grandes obras e mudanças. As principais foram:
- O Plano de Metas, que estabelecia 31 objetivos para serem cumpridos durante seu mandato, otimizando principalmente os setores de energia e transporte (com 70% do orçamento), indústrias de base, educação e alimentação. Os dois últimos não foram alcançados, mas isso passou despercebido diante de tantas melhorias proporcionadas por JK;
- Criação do Grupo Executivo da Indústria Automobilística (GEIA), implantando várias indústrias de automóvel no país;
- Criação do Conselho Nacional de Energia Nuclear;
- Expansão das usinas hidrelétricas para obtenção de energia elétrica, com a construção da Usina de Paulo Afonso, no Rio São Francisco, na Bahia e das barragens de Furnas e Três Marias;
- Criação do Grupo Executivo da Indústria de Construção Naval (Geicon);
- Abertura de novas rodovias, como a Belém-Brasília, unindo regiões até então isoladas entre si;
- Criação do Ministério das Minas e Energia, expandindo a indústria do aço;
- Criação da Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste (Sudene);
- Fundação de Brasília.
Durante esse governo houve um grande avanço industrial e a sua força motriz estava concentrada nas indústrias de base e na fabricação de bens de consumo duráveis e não-duráveis. O governo atraiu o investimento de capital estrangeiro no país incentivando a instalação de empresas internacionais, principalmente as automobilísticas.
Essa política desenvolvimentista só foi possível por meio de duas realizações de Vargas: a Companhia Siderúrgica Nacional, em Volta Redonda (RJ), em 1946 e a Petrobras, em 1953. Com a criação da Siderúrgica, o Brasil pôde começar a produzir chapas de ferro e laminados de aço, necessários como material para outras indústrias na fabricação de ferramentas, pregos, eletrodomésticos, motores, navios, automóveis e aviões.
A Siderúrgica impulsionou a indústria automobilística que, por sua vez, impulsionou a indústria de peças e equipamentos. As três juntas impulsionaram o crescimento e a construção de usinas hidrelétricas mais potentes. A criação da Petrobras também forneceu matéria-prima para o desenvolvimento da indústria de derivados do petróleo, como plásticos, tintas, asfalto, fertilizantes e borracha sintética.
Todo esse desenvolvimento concentrou-se no Sudeste brasileiro, enquanto as outras regiões continuavam com suas atividades econômicas tradicionais. Por esse motivo, as correntes migratórias aumentaram, sobretudo as do Nordeste para o Sudeste – que chegaram a 600 mil pessoas em 1953, o que significava 5% da população nordestina – e do campo para a cidade.
Os bens produzidos pelas indústrias eram acessíveis apenas a uma pequena parcela de brasileiros, enquanto que a maioria – formada pela classe trabalhadora – continuava política e economicamente marginalizada,prova cabal da concentração de riquezas nas mãos de poucos.
Para tentar sanar esse problema, JK criou a Sudene, em 1959, para promover o desenvolvimento do Nordeste. A intenção era que houvesse industrialização e agricultura irrigada na região. Porém, o seu partido, o PSD, era ligado aos coronéis do interior, o que impediu que a Sudene fosse um instrumento da prática da Reforma Agrária na região, solução decisiva para acabar com as desigualdades sociais.
Além desses problemas, o progresso econômico também gerou muitas dívidas. Apesar de o Produto Interno Bruto – PIB – ter crescido 7% ao ano e da taxa de renda per capita ter aumentado num ritmo quatro vezes maior do que o da América Latina, as exportações não atingiram o mesmo valor do endividamento e JK foi se enforcando com a própria corda. O capital estrangeiro que trazia riquezas ao Brasil era o mesmo que lhe cobrava montanhas de juros pelos empréstimos realizados pelos Estados Unidos. Nessa época a taxa de inflação crescia sem parar e a moeda brasileira estava cada vez mais desvalorizada.
A sorte de Juscelino foi que esses problemas só vieram à tona quando seu mandato estava bem perto do fim, e isto não abalou a sua imagem diante da população, que até hoje o considera como um político visionário e de grande responsabilidade pelo desenvolvimento do país.
Brasília
A fundação de Brasília como nova capital do país, em localização estratégica, criou uma metrópole no interior do território nacional. Até 1950 existia uma idéia de que existiam dois “Brasis”: um litorâneo, produtivo e moderno e outro interiorano, estagnado social e economicamente. Brasília serviria para permitir a interiorização do desenvolvimento. A Novacap, empresa responsável pela construção de Brasília, atraiu mais de 3 mil operários para o centro do país.
Conhecidos como “candangos”, estes homens trabalhavam sem parar, noite e dia. No dia de sua inauguração, em 21 de Abril de 1960, a nova capital contou com a presença de mais de 100 mil visitantes que puderam ver o nascimento de um dos principais símbolos arquitetônicos do mundo, idealizado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer.

Maravilhoso!! Imperdível!!

R$ 2,2 bilhões para a cultura

Leonardo Brant

Passei o dia examinando o complexo universo do orçamento brasileiro. Considero-me um cidadão relativamente bem informado e percebo os avanços no processo de transparência pública. Sinto-me, no entanto, um tanto frustrado na tarefa que me impus esta semana. Tentar explicar como será o orçamento da cultura em 2010, que chegará, pela primeira vez na história ao patamar de 1% do orçamento federal. O mérito é todo de Juca Ferreira.

O Ministro fez barulho em 2009: incomodou seus colegas de governo, cutucou o Congresso, cobrou de todos a responsabilidade do Estado em relação à cultura. Seu principal feito, no entanto, foi alinhar-se politicamente com Dilma, mostrando que cultura pode ser útil no processo eleitoral.

Fez uma aposta arriscada, pois tudo o que é potencialmente forte do ponto de vista eleitoral, torna-se frágil programática e institucionalmente. Um bom exemplo disso é programa Cultura Viva. A partir do momento que foi engolido pelo Mais Cultura, perdeu sua força programática para tornar-se um mero programa de repasse de verbas em parceria com estados e municípios, a ações culturais descentralizadas. Não sabemos para onde irá evoluir esta proposta, que é o grande cabo eleitoral da cultura na gestão Lula.

Até mesmo o processo de revogação da Lei Roaunet, ainda que eu o considere fraco e inadequado, não há como negar o impacto midiático da proposta. E a grande oportunidade política que ele gerou para o governo, vendendo esperança de dias melhores para a cultura de todo o país. Não há dúvida que essa esperança será levada em conta, sobretudo naqueles mares nunca antes navegados pelo sistema público de financiamento à cultura, na hora do voto.

O preço a pagar pela campanha política é grande, sobretudo com os setores estabelecidos do mercado cultural. O Ministro retornará de férias no final do mês, quando terá de encarar a crise do Procultura, apimentada com a demissão de Roberto Nascimento da secretaria do fomento, que cuida da gestão da Lei Rouanet.

O Procultura protocolado no Congresso é uma farsa. O projeto não foi liberado pela Casa Civil e deve sofrer mudanças. O prazo prometido para entrega da versão final é fevereiro. Mas nada disso será motivo de desânimo para o ministro, que vai tentar faturar, para si e para Dilma, os projetos e orçamento aprovados em 2009, sobretudo o Vale Cultura, que deverá ser regulamento ainda este ano.

2010 tem tudo para ser um grande ano para a cultura brasileira. Resta saber como será a ressaca deste ano. Disso dependerá o resultado das eleições, ainda incerto. À sociedade civil resta brigar por programas de governo avançados na área da cultura, buscando sobretudo a institucionalidade programática.

Sobre "Leonardo Brant " http://www.brant.com.br

Pesquisador de políticas culturais. Autor do livro "O Poder da Cultura" e diretor do webdocumentário Ctrl-V::VideoControl.