quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Música e exposição para celebrar o triunfo sobre a escravidão

Abertura de Exposição da Unesco marcará as celebrações do Dia da Consciência Negra

Com a presença do governador Jaques Wagner será aberta, no próximo dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, às 11h, no Palácio Arquiepiscopal (Praça Sé), a exposição “Para que não esqueçamos: o triunfo sobre a escravidão”, doada à Fundação Pedro Calmon pela Unesco/ONU. A cerimônia de abertura contará com a participação da banda Tambores da Raça, do compositor Adailton Poesia, autor de diversas canções para blocos afros e da Banda Erê do Ilê Aiyê, formada por jovens percussionistas. O público assistirá também a uma apresentação do Grupo de Dança São Gonçalo, da comunidade remanescente de quilombo, Pitanga de Palmares, em Simões Filho.

Após a cerimônia, músicos e visitantes se integrarão às comemorações que acontecerão na Praça da Sé, no busto de Zumbi dos Palmares, como desfiles de entidades afros, a exemplo do Olodum, Malê Debalê e o Cortejo de baianas. Em seguida, a manifestação terá como destino a Praça Castro Alves, onde um palco armado receberá, a partir das 13h, militantes e artistas negros para uma grande celebração, que contará com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Um show da cantora Margareth Menezes encerrará as festividades.

A exposição Para que não esqueçamos: o triunfo sobre a escravidão, organizada pelo Programa Rota dos Escravos, da UNESCO, é formada por 32 painéis ilustrativos e com textos bilíngües (português e inglês), onde são retratadas imagens do povo negro e das atrocidades cometidas pela escravidão. Os estudantes do Colégio da Polícia Militar serão os primeiros visitantes da exposição que, até o dia 04 de dezembro, receberá estudantes de escolas públicas de Salvador, para palestras, exibição de filmes e atividades recreativas da Biblioteca Móvel. A presença da Biblioteca Móvel garantirá uma interação dos visitantes, que poderão expor suas impressões acerca da exposição através de textos, desenhos, pinturas ou colagem. Uma equipe de bibliotecárias e arte educadoras orientará os trabalhos. Uma parceria com o Centro de Estudos Afro-Orientais, CEAO, permitiu que 18 estudantes cotistas da Universidade Federal da Bahia recebessem um curso intensivo sobre a história da escravidão e da resistência negra. Esses jovens serão os monitores da exposição, sendo responsáveis por orientar os visitantes.

A exposição internacional fará parte do “Novembro Negro”, uma série de atividades promovidas pela FPC e que comemoram o Dia Nacional da Consciência Negra, relembrando as lutas e conquistas do povo negro. À exposição, a Fundação Pedro Calmon acrescentou a relação das 31 rebeliões escravas ocorridas na Bahia, no século XVIII, entre 1807 e 1837, revelada através de pesquisa do historiador João José Reis. O público, formado especialmente por estudantes, poderá conferir também a localização das comunidades remanescentes de quilombo espalhadas por todo território baiano, além de exibições de filmes e palestras com especialistas sobre o tema.

SERVIÇO:

O que: Exposição Internacional “Para que não esqueçamos: o triunfo sobre a escravidão”

Onde: Palácio Arquiepiscopal na Praça da Sé (ao lado da estátua de Zumbi dos Palmares)

Quando: De 20 de novembro a 4 de dezembro

Gratuito

ASCOM Fundação Pedro Calmon: (71) 3116-6918 / 6676

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