terça-feira, 12 de julho de 2011

Como cortar gastos e sair das dívidas com pequenas mudanças

Como amenizar o risco da inadimplência

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência do Consumidor fechou o primeiro semestre do ano com alta de 22,3%, na comparação com o mesmo período do ano anterior, representando o maior aumento em nove anos.
De acordo com a empresa, "o consumidor enfrenta uma redução no poder aquisitivo e o crescente endividamento dificulta o pagamento das dívidas assumidas anteriormente". Como reverter o quadro?
Atitudes simples, com pequenas mudanças na rotina e reavaliação da planilha de orçamento, podem ser o pontapé inicial para cortar gastos e sair da inadimplência.

Reveja seus gastos


O primeiro passo é fazer uma boa análise da planilha de orçamento e verificar "gorduras" que podem ser cortadas. Para onde vai o seu dinheiro? Você sabe exatamente como e com o que gasta? Tendo consciência de que é possível reduzir as despesas e adequar os gastos à receita, e não o contrário, já é meio caminho andado para o sucesso do planejamento financeiro.

Mudança de costumes

Pesquisa da Harris Interactive com mais de 2,1 mil americanos mostra que, desde a crise de 2008, a população dos EUA tem adotado hábitos diferentes de consumo, com o corte de despesas diárias, a fim de guardar dinheiro. Segundo o levantamento, a mudança mais adotada foi a substituição de certas marcas, mais caras, por produtos genéricos, mais baratos, nas compras do dia-a-dia.

Evite comer fora de casa

De acordo com o IPCA, que mede a inflação oficial do Brasil, comer fora de casa já está mais de 5% mais caro no ano. Assim, trocar os restaurantes por comida feita em casa e levada ao escritório pode ser uma matéria de economizar e evitar gastos com alimentação fora do lar, que nunca ficam apenas na refeição - sempre tem uma bebida, um cafezinho ou sobremesa que acabam encarecendo ainda mais.

Vá menos ao salão


Serviços de beleza também têm sido importantes vilões do orçamento. Assim, com o intuito de economizar, reduzir a ida a esses estabelecimentos pode ser a melhor atitude a tomar. Não é necessário cortar o serviço, mas, por exemplo, quem costumava ir ao salão uma vez por semana pode passar a frequentá-lo quinzenalmente. O gasto, no final do mês, cairá pela metade.

Faça um pente fino nas assinaturas


Você realmente lê todos os jornais e revistas que chegam à sua casa? Talvez, pelo menos por enquanto, o ideal seja reduzir esse gasto. Escolha uma publicação de sua preferência para manter a assinatura e cancele as demais. A economia no final do mês pode fazer muita diferença.

Você aproveita a TV por assinatura?



Faça uma análise dos seus hábitos e responda: você passa a maior parte do tempo assistindo aos canais abertos ou fechados? Muita gente tem TV a cabo, mas não tem o hábito de assistir aos canais por assinatura. Talvez o ideal seja cortar essa despesa para garantir uma folga no orçamento.

Controle a conta do celular


Pesquise operadoras que ofereçam mais vantagens, de acordo com o seu perfil de usuário. Não adianta pagar por diversos serviços, como chamada de espera, teleconferência etc, se você não utiliza nenhum deles. A dica vale tanto para telefone fixo quanto para móvel. Veja se o seu pacote de serviços está de acordo com as suas necessidades e evite pagar por tecnologia que não utiliza.

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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Veja como aproveitar o câmbio em queda

Montanha-russa do dólar

Nos últimos dias, a taxa de câmbio tem apresentado quedas consecutivas que levaram o dólar a patamares vistos anteriormente apenas no final da década de 1990, o que tende a se estabilizar junto com o desenvolvimento econômico cada vez maior no Brasil e um fluxo de investimentos muito grande no país devido a eventos internacionais como a Copa do Mundo e as Olimpíadas.
No mercado, com esta surpreendente valorização do real, os exportadores sofrem e os consumidores ganham. Confira abaixo de que forma o dólar (cotado a R$ 1,564 no fechamento da última quarta-feira) pode ajudar o seu bolso segundo o vice-presidente de Marketing do Grupo Confidence, Paulo Volpe, o professor do Ibmec do Distrito Federal, Aquiles Rocha de Farias, e o professor do curso de Especialização em Gestão de Operações e Serviços Bancários da Fundação Vanzolini, Ricardo Rocha.

Viagens internacionais



Com o dólar mais baixo, certas viagens para os EUA chegam a ser mais baratas do que para alguns destinos no Nordeste brasileiro. Outros destinos tipicamente caros, como Suíça e Londres, também passam a ficar mais acessíveis para quem deseja conhecê-los.

Compras no exterior


Produtos importados, no geral, ficam mais baratos. CDs, eletrônicos, itens de supermercado e, até mesmo, carros passam a ser mais acessíveis. Na questão dos carros, o preço tende a cair ainda mais, pois a chegada dos carros chineses ao Brasil também força os preços a ser tornarem cada vez mais competitivos.

Aumento do poder de compra


Com a valorização do real, o poder de compra do consumidor brasileiro, na comparação com o dólar e outras moedas estrangeiras, aumenta. Por exemplo, para viajar as pessoas acabam disponibilizando a mesma quantia de dinheiro, porém conseguem comprar mais dólares com o mesmo montante.
Com isto, é possível almoçar no centro de Paris ou tomar um café do lado do Coliseu, em Roma, pelos mesmos preços encontrados em São Paulo.

Investimentos

A queda do dólar beneficia a compra de ativos, tanto ações como imóveis, em países estrangeiros. Ainda no caso dos imóveis há três benefícios. Como a crise em alguns países estrangeiros ainda não se encerrou, os preços ficam mais baratos, e ainda há taxas de câmbio favoráveis, inclusive com países como os EUA facilitando financiamentos.
Já para fundos cambiais, é necessário pensar no longo prazo, pois não há garantia plena de que o dólar irá subir, o que depende, principalmente, da recuperação econômica fora do país e a redução da taxa de juros no Brasil.

Cuidados

O ideal seria ter uma taxa de câmbio que permitisse ao consumidor viajar e comprar produtos importados com facilidade e, ao mesmo tempo, que mantivesse a inflação baixa e as exportações em alta. Porém, temos que aprender a conviver com um câmbio flutuante. Por isso, os consumidores devem estar sempre atentos.
Em relação a compras internacionais, vale apena usar o cartão pré-pago, que não tem cobrança de IOF e a pessoa não sofre com flutuações, pois já fica com o dinheiro convertido. No caso de compras com o cartão de crédito, é possível quitar a fatura antecipadamente, se a pessoa perceber que o dólar está caminhando para patamares perigosos.