Descubra os segredos para transformar LinkedIn, Facebook, Twitter e Orkut em aliados na busca por uma recolocação profissional
Os currículos tradicionais, por enquanto, ainda são uma das ferramentas mais importantes para conseguir um novo emprego. Contudo, as redes sociais têm virado um excelente aliado para chamar a atenção de potenciais empregadores e reduzir o tempo para recolocação no mercado de trabalho.
Na área de tecnologia, por exemplo, existem hoje diversos canais no LinkedIn e Twitter a partir dos quais as pessoas podem visualizar oportunidades de trabalho em todo o País. Além disso, muitas empresas costumam divulgar as vagas em aberto em redes sociais como o Facebook.
Se ficou mais fácil descobrir a vaga dos sonhos pelas redes sociais, por outro lado, esses mesmos ambientes ajudam os profissionais a atrair potenciais empregadores. Isso porque, dependendo do que o indivíduo escreve em seu Twitter, LinkedIn, Facebook ou Orkut ele pode tornar-se mais – ou menos – atraente para uma empresa interessada em contratá-lo.
Para Maria Paula Menezes, gerente da consultoria em recrutamento de profissionais Robert Half e responsável pelo segmento de empresas de tecnologia, explica que as empresas tendem a, cada vez mais, analisar o perfil dos candidatos nas redes sociais dentro do processo de seleção.
A especialista cita que essa avaliação das pessoas nas redes sociais tem o objetivo de mapear diversos fatores ligados ao conhecimento e ao comportamento dos indivíduos, o que inclui desde o número de contatos, opiniões e participações em fóruns de discussão até mercados de interesse. “Não existe uma ou outra informação, eles costumam prestar a atenção em praticamente tudo”, avisa Maria Paula.
Assim, quem quiser aumentar as chances de trabalho precisa prestar atenção ao que escreve e aos grupos dos quais faz parte nas redes sociais. Já que, segundo a especialista da Robert Half, um comentário infeliz pode acabar com a chance de um candidato conseguir uma vaga de emprego.
Além disso, ela alerta que, apesar do LinkedIn, Twitter, Orkut e Facebook não substituírem o currículo tradicional, podem ser excelentes fontes para as empresas consultarem informações das pessoas que se candidatam a uma vaga. Por isso, vale a pena dar uma verificada se os dados postados no perfil das redes sociais estão alinhados, efetivamente, com a experiência e o conhecimento que o profissional quer passar para o mercado.
Um relatório da consultoria especializada em recrutamento Harris Allied, com dicas para profissionais de tecnologia que querem melhorar suas chances de conseguir um novo emprego, reforça a opinião de Maria Paula. Um dos conselhos do estudo é para que as pessoas visitem seus perfis nas redes sociais com o objetivo de apagar fotos ou comentários que possam afetar sua imagem profissional.
Como melhorar sua imagem profissional no LinkedIn
Cada vez mais pessoas tomam consciência de que é necessário separar informações pessoais das profissionais nas redes sociais, principalmente para evitar problemas nas empresas. Para isso, muitas delas têm optado por manter Orkut, Facebook e Twitter para conversar com amigos, enquanto o LinkedIn é usado como uma vitrine profissional, voltada ao relacionamento com pessoas ligadas ao trabalho e para visualizar oportunidades de emprego e de carreira.
André Assef, diretor operacional da consultoria em recursos humanos da Desix – especializada em recrutamento, seleção e retenção de profissionais de TI –, admite que, hoje, sempre que está buscando uma pessoa para atuar em determinado cargo, visualiza o perfil dela no LinkedIn e utiliza essas informações como critério de escolha. “As outras redes sociais nós nem olhamos”, afirma o especialista.
Assim, Assef considera que os profissionais precisam dar um pouco mais de atenção ao perfil no LinkedIn se quiserem construir uma boa imagem no mercado e, principalmente, atrair potenciais empregadores. A seguir, o especialista dá quatro dicas de como usar melhor essa rede social:
Informações atualizadas – o diretor da Desix destaca que muitas pessoas esquecem de incluir dados cursos ou certificações recém-concluídos. Mas ele alerta que isso pode ser decisivo quando uma empresa procura no LinkedIn por profissionais com determinadas competências.
Busque recomendações – sempre que concluir um projeto ou uma atividade, o profissional deve pedir para que alguém avalie sua performance e deixe um testemunho na rede social, por meio do recurso de “Recomendar”. Assim, fica mais fácil para um potencial contratante buscar referências sobre a qualidade do trabalho das pessoas.
Seja objetivo – coloque no LinkedIn informações a seu respeito de forma resumida e direta. Caso contrário, as pessoas não ficarão atraídas por seu perfil profissional, alerta Assef.
Pense no futuro – “É importante buscar relacionamentos no LinkedIn que possam ajudá-lo, pensando no futuro de sua carreira”, aponta o especialista. Para isso, ele aconselha que as pessoas tentem se conectar com profissionais que, de alguma forma, estejam ligados às suas pretensões em médio e longo prazo.
Assef ressalta também que, mesmo com a separação entre vida privada e corporativa no LinkedIn, os profissionais não podem descuidar da imagem nas outras redes sociais. “Na medida em que uma pessoa é associada a uma empresa, ela não consegue dissociar-se completamente disso”, analisa, complementando: “Assim, não dá para usar o Twitter para fazer uma manifestação racista, por exemplo.”
Na visão do especialista, o grande segredo para não errar é usar o bom senso nas redes sociais e só falar algo que, realmente, gostaria de afirmar em público.
Como buscar um novo emprego pelo LinkedIn
Quem hoje está em busca de um novo emprego pode recorrer às redes sociais para aumentar as chances de recolocação no mercado. Isso porque, um número crescente de empresas e de pessoas usa esses sites para divulgar vagas em aberto e para atrair potenciais candidatos.
Entre as redes sociais, o LinkedIn representa um dos ambientes mais eficientes para quem busca uma recolocação no mercado de trabalho. O que se justifica pela própria origem do site, que é voltado, basicamente, a questões profissionais.
Atualmente, o LinkedIn disponibiliza uma ferramenta específica para divulgar vagas de emprego na rede social. Para tanto, assim que o usuário acessa o site, na parte superior da tela, encontra uma área de ‘empregos’ (ou ‘jobs’, para quem usa a versão do site em inglês). Por meio dela é possível fazer buscas de vagas em aberto por tipo de cargo, palavras-chave, localidade, experiência, tempo de divulgação, entre outros.
Outra alternativa para buscar um novo emprego no LinkedIn é participar dos grupos de discussão. Em alguns deles dá para, além de verificar as oportunidades de emprego, acessar dicas de especialistas em recursos humanos e trocar informações com outros profissionais.
A seguir, separamos algumas indicações interessantes de grupos do LinkedIn, voltados a ajudar quem procura uma vaga de trabalho em tecnologia:
Grupo: Vagas de TI
Membros: cerca de 8,9 mil participantes
Acesso: não exige autorização prévia para acessar o grupo
Grupo: Emprego de TI
Membros: cerca de 990 participantes
Acesso: grupo fechado (o usuário precisa se cadastrar e esperar uma autorização)
Membros: cerca de 440 participantes
Acesso: grupo fechado (o usuário precisa se cadastrar e esperar uma autorização)
Grupo: Só TI Jobs
Membros: cerca de 1,3 mil participantes
Acesso: grupo fechado (o usuário precisa se cadastrar e esperar uma autorização)
Grupo: Suporte Técnico Brasil
Membros: cerca de 590 participantes
Acesso: grupo fechado (o usuário precisa se cadastrar e esperar uma autorização)
Membros: cerca de 4,1 mil participantes
Acesso: grupo fechado (o usuário precisa se cadastrar e esperar uma autorização)
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