quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Lavagem do Bonfim

Concentração em frente à Igreja da Conceição da Praia, antes do
cortejo partir em direção à Colina do Bonfim.
Foto de LUCIANO DA MATTA | Agência A Tarde

Lavagem do Bonfim começa sem a presença dos tradicionais jegues

A festa da Lavagem do Bonfim foi aberta com um ato ecumênico, que começou por volta das 8h40 desta quinta-feira, 13, em frente à Igreja da Conceição da Praia, no Comércio, tradicional local de concentração da festa. O ato teve como mestre de cerimônias o garoto Álvaro Cruz, 12 anos, integrante de projeto artístico e cultural ligado à Fundação Cidade Mãe.
Antes do início da celebração, o conhecido personagem Bira do Jegue, protestou contra a proibição da participação de animais no evento: "Acabaram com uma tradição de mais de 200 anos. Era o jegue que levava a água para lavar a Igreja. O jegue representa o trabalho", disse o homem, que foi sem o seu jegue, Zebra. Ontem, de acordo com decisão liminar do juiz Rui Eduardo Brito da 6ª Vara Pública do Tribunal de Justiça da Bahia, ficou proibida a circulação de animais no evento.
O vigário da paróquia da Conceição, Valson Santos Sandes, abriu o ato pedindo um minuto de silêncio para lembrar as pessoas que sofrem com as chuvas no Rio de Janeiro. Centenas de devotos se aglomeraram em frente ao templo e acompanharam a cerimônia que contou com o coral da Basílica da Conceição da Praia, entoando cânticos religiosos.
Como sempre acontece, baianas vestidas a caráter borrifam alfazema nas pessoas. A auxiliar administrativa Dilma das Virgens, 55, disse que participa da festa desde a infância por influência da mãe, que também sempre foi ao evento religioso. Ela olhou para o céu e rezou para chover no percurso. "Para mim, é melhor caminhar sem o sol forte".
O prefeito João Henrique não participa da festa e é representado pelo vice, Edvaldo Brito.
Fonte: A Tarde

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