“O suéter é condenável à noite. Para uma reunião ou coquetel, ele não deve ser usado.” O trecho acima foi retirado de um manual de boas maneiras – e parece muito anacrônico. Os tempos mudaram. Agora, boa parte das relações sociais se faz por meio de sites de relacionamento como o Facebook, que atingiu 500 milhões de usuários na semana passada. Portar-se bem nesses ambientes é o novo desafio.
Mas será que podemos confiar apenas no bom-senso para reger relações virtuais que se tornam cada dia mais importantes? Será que podemos improvisar num ambiente que envolve, potencialmente, contatos de trabalho, relações de amizade e ligações amorosas? A resposta a isso é um peremptório não. Claramente, precisamos de um manual de etiqueta que nos conduza a salvo pela selva das redes sociais.
No Facebook, por exemplo, são inúmeros os problemas. Fotos indiscretas, mensagens ofensivas, spams e até conteúdo ilícito são listados como ocorrências comuns. No Brasil, por causa do sucesso do Orkut, o site teve crescimento tardio, mas hoje sua audiência supera 10 milhões de usuários por mês.
As pessoas estão lá, em números crescentes, mas não têm claro qual é seu objetivo. Vai ser uma conta de uso pessoal ou envolverá também relações profissionais? Essa é a primeira e a mais importante questão. Mas há outras, subsequentes. Você manterá contatos apenas com pessoas próximas ou aceitará o pedido de amizade daquele primo chato de sua ex-namorada? Mais ainda: que tipo de informação você pretende compartilhar com seus contatos? Existe o risco, em uma relação mal administrada com o site, de reclamar de seu chefe e descobrir, dias depois, que ele leu o texto por meio de um amigo comum a vocês dois. Acontece.
Em março, um soldado israelense postou uma frase em seu perfil: “Na quarta-feira, nós limpamos Qatanah, e na quinta, se Deus quiser, voltamos para casa”. Ele fazia referência a uma operação secreta de combate a insurgentes na Cisjordânia. Foi levado à corte marcial, ficou preso por dez dias e perdeu a patente.
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