A demanda por desenvolvimento (agora sustentável) abriu novas frentes de exploração e especulação mercadológica, com base em créditos de carbono, carteiras de investimento “éticos” e uma série incontável de produtos, já anunciam um processo de “commoditização” da sustentabilidade.
Mas quando falamos de responsabilidade ambiental ou social, referimo-nos, em última análise, a uma necessidade de mudança de comportamento e atitude em relação a nós mesmos e ao planeta em que vivemos. Uma questão cultural, portanto.
Por outro lado, a questão cultural é inexplicavelmente deixada de lado. Não faz parte do vocabulário e das discussões estratégicas no campo da sustentabilidade.
Por que o mesmo tipo de convergência das agendas sociais não se efetivou do lado da cultura? Por que o apelo do marketing e do entretenimento sobrepõe-se às questões de relevância para o desenvolvimento cultural? Como buscar uma afinidade temática entre as questões ambientais e as responsabilidades social e cultural?
* Trecho do livro O Poder da Cultura.
Sobre "Leonardo Brant " http://www.brant.com.br Pesquisador de políticas culturais. Autor do livro "O Poder da Cultura" e diretor do webdocumentário Ctrl-V::VideoControl. |
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