“Na secretaria de Cultura nosso foco são as artes. Não estamos preocupados com educação, que é um sistema congestionado, complicado. Estamos felizes pelo fato de estarmos separados dele”, afirmou Sayad.
“Também não queremos fazer turismo. Somos pressionados para atrair o turismo, mas nosso foco é a arte. Também não estamos preocupados nem com economia nem com emprego. Nossa preocupação é com o que não está na moda, com o que não chega às pessoas. Nos interessa tanto a Pinacoteca quanto o hip-hop.”
Matéria publicada ontem por Ana Paula Sousa, na Folha de S.Paulo, atiçou os ânimos e antecipou a disputa que se desenha no campo da cultura em tempos de eleição. Não quero cair nessa, mas aposto no gancho para continuar uma discussão que temos fomentado nos últimos meses.
Albuquerque é um intelectual ativo, daqueles que utilizam o conhecimento em campo, articulando e desenvolvendo a cultura política dos cidadãos. Devo muito dos meus questionamentos às nossas conversas, que adentram madrugada. Preocupa-nos muito a junção estratégica da cultura com a educação, sobretudo no que tange à retomada do Estado em sua responsabilidade cultural.
“Devemos encorajar as práticas culturais no processo de aprendizado e formação do indivíduo, reforçando tanto a dimensão cultural da educação quanto a função educativa da cultura. A escola é um espaço público, de natureza cultural, pertencente à comunidade. Apropriar-se desse espaço é direito e dever do cidadão e do Estado. A partir daí, devemos ressignificar o conceito de desenvolvimento, a partir dos aspectos culturais”, diz o escritor.
Bom momento para retomar a discussão e ampliar a visão do Estado em relação à cultura.
Sobre "Leonardo Brant " http://www.brant.com.br Pesquisador de políticas culturais. Autor do livro "O Poder da Cultura" e diretor do webdocumentário Ctrl-V::VideoControl. |
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