quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Juventude transformando com ARTE

“Juventude + arte = transformação social”. Inspirados nessa equação, os profissionais do Centro de Estudos de Políticas Públicas (CEPP) planejaram, em 2005, redesenhar o mapa do Brasil, com base em projetos de inclusão social para jovens por meio da arte. Assim nasceu o programa Juventude Transformando com Arte, que tem como objetivo dar visibilidade a instituições das esferas pública e privada que desenvolvem trabalhos sociais através da arte e da cultura.

Beatriz Azeredo, diretora do CEPP, conta que o programa se apoia na pesquisa de projetos e na criação de um banco de dados, o chamado “Mapeamento de Experiências Sociais com Arte e Cultura”. Com base no levantamento, é realizada uma Mostra Bianual, no Rio de Janeiro, com oficinas e espetáculos que apresentam os trabalhos dos jovens participantes dos projetos mapeados Brasil afora. Como resume Beatriz, as ações trazem visibilidade para os grupos, além de “melhorar o intercâmbio de informações no Brasil e interferir nas políticas públicas para arte e cultura”.

O programa já realizou um grande mapa dos projetos da região Nordeste, onde foram identificadas 572 experiências em nove estados.

No Espírito Santo, estado também já mapeado, foram registrados 27 projetos de organizações governamentais e 109 de não-governamentais, totalizando 136 grupos, espalhados por 40 municípios. As iniciativas estão sendo incluídas no banco de dados. Atualmente, os jovens pesquisadores fazem o levantamento dos projetos nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. “Queremos mostrar o ‘invisível’, sobretudo o que está além dos centros urbanos. A arte é uma marca do Brasil. Seja qual for a região ou o tamanho da cidade, sempre há algum tipo de manifestação cultural rico e diverso. Apostamos nisso”, explica Beatriz.

Há uma tendência na iniciativa privada e nos órgãos do governo de reconhecer, ajudar e valorizar ações sociais e iniciativas culturais, segundo a diretora do CEPP. “A tendência hoje é ir além do patrocínio”, diz a diretora. Sobre o impacto do Programa Juventude Transformando com Arte em todo o Brasil, ainda é cedo para concluir algo, mas é certo que, individualmente, para os jovens que participam da Mostra e passam a figurar no banco de dados, há boas perspectivas. “Eles ficam muito felizes ao se apresentarem num teatro grande, com clima mais profissional”, conta. A própria presença dos projetos no mapa online permite que eventuais patrocinadores ou parceiros encontrem iniciativas com as quais tenham afinidade. Assim, ações que antes estavam pouco visíveis se tornam fáceis de localizar.

“Outro ponto é que quem faz arte e passa a circular também consome, e nós queremos ajudar a colocar o jovem em todas as etapas da cadeia produtiva, inclusive nas plateias”, explica.

Para quem quiser conferir pessoalmente, a terceira edição da Mostra deve acontecer em julho de 2010.

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