domingo, 22 de novembro de 2009

Artesãs do Rio de Janeiro se unem para ganhar próprio dinheiro

São donas de casa de comunidades pobres que viraram microempresárias e hoje ganham o próprio dinheiro.
Uma pequena iniciativa fez uma enorme diferença na vida de Valdete Santos das Neves. Logo ela, que mal sabia costurar: “Eu trabalhei dez anos como vendedora de loja, ganhando salário-mínimo”.
Hoje, Valdete pinta, costura, borda e ainda ganha dinheiro. O time de 12 artesãs inventa moda. Todas são inspiradas pelas telas de pintores brasileiros. Obras de Tarsila do Amaral, Di Cavalcanti e Portinari foram parar em capas de almofadas e nas bolsas.
“As pessoas ficam muito admiradas porque sabem que o grupo não tem formação em artes plásticas, em bordado. Todo mundo aprendeu junto. É para confirmar que potencial todo mundo tem. Basta desenvolver”, comenta a coordenadora da cooperativa Mônica Ribeiro. Veja o caminho para legalizar o seu próprio negócio:
Criar produtos diferentes, com qualidade e bom acabamento. Mas isso tudo não basta sem a divulgação e a procura do consumidor. Por isso, esta e outras 30 cooperativas de artesanato do Rio de Janeiro decidiram se unir e hoje escoam a produção para todo Brasil.
Ana Maria e Lúcia descobriram o segredo de ganhar dinheiro há cinco anos. Toda semana, elas saem da cooperativa onde trabalham para levar peças até um centro de distribuição de produtos, onde ouvem sugestões da área de criação.
Catálogos com a divulgação dos produtos são distribuídos para 200 revendedores. Se houver mais encomendas, mais dinheiro e trabalho para as artesãs.
“O artesanato me deu liberdade financeira. Não depende de marido, de pensão”, compara a artesã Ana Maria Silva.

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