sábado, 31 de outubro de 2009
Sapatos high-tech
Grande parte da obra de Hélio Oiticica vai se salvar
Cozinha ultra compacta
sexta-feira, 30 de outubro de 2009
Espelho angulado
Esquina da foto
Esforço Zumbírico
por: Cleidiana Ramos
Em meio aos problemas espinhosos do debate pré-eleitoral e os próprios de quem foi pedra e agora é vidraça, afinal passou anos fazendo oposição, eis que descubro que o governador Jaques Wagner consegue conservar o bom humor e, além disso, o está adequando à realidade histórico-cultural baiana.
O meu colega repórter, Nelson Barros Neto, me contou uma história ótima. Num encontro de governo esta semana, Wagner elogiou o trabalho do secretário estadual de Turismo, Domingos Leonelli e disse:
- Ele está fazendo um trabalho hercúleo.
Pensou um pouco e, imediatamente, se corrigiu.
- Hércules não. Acabo de chegar de um encontro com o pessoal do movimento negro para discutir os preparativos para o 20 de novembro.Então, Zumbi é melhor. É um esforço “zumbírico”.
Taí uma nova expressão para o vocabulário.
Fonte: Mundo Afro
Escada de plantas
Ideal para quem não tem muito espaço, mas adora plantas, esta espécie de escadinha cheia de nichos para vasos é simplesmente perfeita. Uma torre de 2 metros de altura que pode ser encostada em qualquer canto de quintal ou área livre.
Feita em plástico, é uma criação do alemão Jan Ott.
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
Comemorado desde 1966, o Dia Nacional do Livro foi escolhido por ser o aniversário da criação da Biblioteca Nacional, que hoje possui cerca de 9 milhões de itens e é considerada pela Unesco a oitava maior do mundo, além de ser a maior da América Latina.
Após a chegada da Família Real ao Brasil, em 1808, dom João 6º ordenou que a Real Biblioteca portuguesa fosse transferida para a então colônia, o que ocorreu no dia 29 de outubro de 1810 --há quase dois séculos. À época, o acervo contava com 60 mil peças --entre livros, manuscritos, mapas, moedas e medalhas. Após a Independência, em 1822, algumas dessas obras retornaram a Portugal e outras foram compradas pelo Brasil, criando a Fundação Biblioteca Nacional, chamada assim desde 1990. Em 1812, foi publicado o primeiro livro em terras brasileiras: "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga.
Comemore o Dia Nacional do livro lendo ou presenteando alguém com os títulos indicados por grandes escritores brasileiros ou se prefeir, confira no site da Livraria da Folha todos os títulos disponíveis.
MOACYR SCLIAR
Ganhador do Prêmio Jabuti por "Feliz Ano Velho", Marcelo Rubens Paiva indica aos leitores da Livraria da Folha "O Vampiro de Curitiba", livro clássico de Dalton Trevisan que conta a história de um vampiro em pele de cafajeste que persegue virgens e prostitutas em fim de carreira em uma Curitiba degradada. Tendo dedicado toda a carreira ao conto, Trevisan é considerado o maior mestre brasileiro no gênero.
Atual sensação da literatura jovem, Thalita Rebouças elegeu o comentado "Ensaio sobre a Cegueira", que originou o filme de mesmo nome dirigido por Fernando Meirelles.
A partir de uma fantasia aterradora, José Saramago, vencedor do prêmio Nobel de Literatura de 1998, faz um exame vívido dos piores apetites e fraquezas do homem neste romance.
Tudo começa quando uma terrível "treva branca" deixa cegos, um a um, todos os habitantes de uma cidade. As autoridades conduzem as pessoas que ficaram cegas a um hospício desativado, mas lá as pessoas se tornam alvos de criminosos.
Escritor e dramaturgo, o paulista Fernando Bonassi sugere a obra "Angústia", de Graciliano Ramos.
O livro não se distingue somente por evidenciar, a cada parágrafo, a capacidade de observação do autor, mas o romance também nos chama a atenção pelas qualidades literárias que fizeram dele uma obra única no incomum momento de sua publicação: o escritor estava preso, sem ter sido ouvido uma única vez, acusado de ser um militante comunista. "Ri e chorei com ele", confessa Bonassi.
O livro conta a trajetória de Eduardo Marciano, um jovem em desesperada procura de si mesmo e da verdadeira razão de sua vida. História de adolescência e juventude, de prazeres fugidios, desespero, cinismo, desencanto, melancolia e tédio, que se acumulam no espírito do jovem, amadurecendo em um mundo desorientado.
Ele vê seu matrimônio quebrar-se quando já não pode abdicar. Por sua própria experiência, o suicídio deixa de ser uma solução. Nessa paisagem atormentada, ele deve renunciar a si mesmo, para comparecer ao encontro com uma antiga verdade.
O escritor Ilan Brenman indica, para crianças e adultos, a leitura de "Onda", um livro sem palavras, recheado de belas imagens feitas a carvão.
"Uma narrativa sensível e poética. A relação do mar com uma menina ganhou uma dos mais belos livros de imagens já publicado", avalia. A autora, Suzy Lee, ilustrou em azul, preto e branco o ruído das águas, o bater de asas das gaivotas, o vento que balança o vestido da criança e a conversa silenciosa que se estabelece ao longo da narrativa.
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
28 de Outubro, Dia Internacional da Animação
Concurso fotográfico Nikon Small World 2009
O Small World é um concurso internacional de microfotografia promovido desde 1977 pela empresa de equipamentos fotográficos Nikon. Com uma reputação firmada ao longo de mais de 30 edições, o concurso representa neste momento um dos eventos mais importantes para exibição de trabalhos fotográficos no microscópio. Pretende-se premiar todos aqueles que, com as suas fotos do mundo infinitamente pequeno, contribuem para o desenvolvimento das Ciências, e em especial na área da Biologia.
Os premiados da edição deste ano foram já revelados. O primeiro premio foi para a fotografia que vemos acima, obtida pelo Dr. Heiti Paves, da Universidade de Tecnologia de Tallin, na Estônia, representando uma antera de Arabidopsis thaliana, uma planta que teve a particularidade de ser a primeira a ver o seu genoma sequenciado. O espécime da antera foi previamente tratado com substâncias fluorescentes e colocado num microscópio confocal, geralmente utilizado para este tipo de microfotografias.
O júri deste ano, constituído pelo Dr. Gary G. Borisy, diretor do Marine Biological Laboratory, pelo fotógrafo Charles Krebs, pelo editor de ciência da National Geographic Jamie Shreeve e pelo jornalista Clive Thompson, analisou mais de 2000 fotografias e decidiu considerar esta a melhor. Os critérios foram a originalidade, o conteúdo informativo, a qualidade técnica e o impacto visual. A decisão não deve ter sido fácil.
Para além da fotografia vencedora, fiquemos com uma pequena amostra dos trabalhos distinguidos. A nossa escolha também foi difícil.
terça-feira, 27 de outubro de 2009
ABC Afro-Brasileiro
Com base em informações sobre a influência dos povos africanos na formação da identidade brasileira, a obra traz ilustrações feitas pela própria autora, com técnicas como uso de lápis, guache e aquarela. O livro é recomendado para crianças a partir de oito anos.
Ela já tem outros livros publicados como Aguemon- Um mito yorubá da criação do mundo, Caminhos de Exu, dentre outros. O livro tem 48 páginas e o preço sugerido pela editora é R$ 30.
Fonte: Mundo Afro
Case protetor para notebook ganha a brasilidade da chita
Com costura reforçada, o acessório tem o corpo recheado com uma manta de espuma para proteção, evitando arranhões e pequenos impactos. O fechamento com velcro é prático e seguro porque não risca o equipamento.
Além da praticidade, a chita imprime brasilidade. O acessório pode ser utilizado também como pasta para cadernos e pode ser levado dentro da maleta, mochila ou mala de viagem.
O Case protetor custa R$ 75,00 + frete. Para saber o custo do frete envie o CEP de destino do case para babeldasartes@gmail.com
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Saneamento privado não chega a favelas
A privatização de serviços de água e saneamento não melhorou as condições em favelas urbanas, afirma um artigo divulgado pelo IPC-IG (Centro Internacional de Políticas para o Crescimento Inclusivo), órgão do PNUD em parceria com o governo brasileiro. O texto diz que, especialmente nos países pobres da África, a concessão para a iniciativa privada derrubou os investimentos diretos no setor.
Intitulado "Acesso à Água nas Favelas do Mundo em Desenvolvimento", o artigo foi publicado na revista Poverty in Focus, do IPC-IG. De acordo com os autores, os economistas Hulya Dagdeviren e Simon Robertson, da Universidade de Hertfordshire (Reino Unido), “em regiões onde os serviços públicos foram privatizados, houve problemas relacionados a adequação do orçamento e regulamentação dos serviços”.
Com a privatização, o setor público se retirou do setor, mas as favelas ficaram desassistidas. “A mudança para serviços privatizados ou comercializados significou queda nos investimentos públicos em água, mas a lacuna não foi coberta pelo setor privado”, escrevem os autores, que, no entanto, não apresentam números sobre o impacto da privatização em favelas.
Os assentamentos informais sofrem mais intensamente a falta de água e esgoto em razão, dentre outras coisas, das condições geográficas, que dificultam a instalação de encanamentos. A localização em morros, várzeas ou áreas desérticas, a urbanização desordenada, as construções precárias exigem que o poder público interfira. As incertezas sobre posse da terra também dificultam a instalação de benfeitorias. “Planejamento urbano e problemas de posse do espaço exigem uma intervenção multifacetada dentro do escopo dos governos”, defendem os economistas. “A privatização não é uma opção em áreas pobres e de baixa renda onde os serviços não são lucrativos”, afirmam.
Para o setor público, porém, há grande benefício em melhorar as condições das favelas, pois o acesso a água potável diminui a incidência de doenças e de mortalidade, com aumento na produtividade das pessoas e queda dos gastos com saúde. A cada dólar investido no setor, economiza-se entre US$ 3,9 (África Subsaariana e sul da Ásia) a US$ 17,2 (América Latina).
No entanto, a maioria dos países em que grande parte da população vive em favelas não deve conseguir atingir a meta de saneamento dos ODM (Objetivos de Desenvolvimento do Milênio).
O sétimo dos oito ODM prevê a redução pela metade da população sem acesso a água potável e saneamento entre 1990 e 2015. Mas em Moçambique, em que 94% da população urbana vive em favelas, a porcentagem de pessoas sem acesso a água encanada aumentou de 67% para 82% entre 1990 e 2004. Em Uganda, onde 93% moram em favelas, a população sem água encanada também cresceu no período: de 73% para 96%.
No Brasil, o serviço de água e esgoto é privatizado em alguns municípios, principalmente na região Sudeste. O país, porém, conseguiu implantar, com sucesso, regras para obrigar investimentos do setor privado, diz estudo publicado na mesma edição da revista Poverty in Focus. O economista André Rossi de Oliveira aponta que o serviço privado conseguiu melhorar o acesso a água em mais de 26% entre 1995 e 2003. “Há evidências de que uma maior presença de empreendimentos privados no setor de água brasileiro pode ser benéfica (...) porque pode melhorar o acesso dos pobres quando isso for uma obrigação contratual”, afirma.
domingo, 25 de outubro de 2009
A arte de ser avó
Pesquisa da Fundação SM mostra como o professor vê sua própria formação
A Fundação SM e a Organização dos Estados Ibero-Americanos apresentam hoje (22 de outubro) o resultado da pesquisa de opinião A formação e a iniciação profissional do professor e as implicações sobre a qualidade de ensino, levantamento inédito com professores de todas as regiões brasileiras para saber o que pensam a respeito dos primeiros anos de carreira. O anúncio acontece durante o Seminário de Educação para a Cidadania, que está sendo realizado na sede da Fecomércio, em São Paulo, reunindo especialistas nacionais e internacionais para discutir as perspectivas de formação docente no Brasil.
Para a consulta de opinião, foram distribuídos 15 mil questionários para professores de Educação Básica em pleno exercício da profissão, durante o primeiro semestre de 2009. Foram consideradas respostas de 3.512 professores de todo o Brasil, que foram analisadas pela socióloga Gisela Wajskop, mestre e doutora em Educação e dirigente do Instituto Superior de Educação de São Paulo/Singularidades. “A amostra foi definida aleatoriamente e não responde a critérios estatísticos”, explica a pesquisadora. “Mas os resultados trazem à tona questões relevantes sobre a formação inicial e continuada dos professores ingressantes, que podem indicar caminhos para o debate". Quase que a totalidade das respostas é de professores de escolas públicas (96,3%).
Formação inicial – De acordo com mais da metade dos entrevistados, a qualidade do sistema educacional brasileiro está diretamente relacionada à formação inicial do docente. Entretanto, menos de 20% dos docentes creem que o currículo da formação inicial contemple todas as competências necessárias para o exercício da profissão e quase a metade dos professores considera que não há equilíbrio entre teoria e prática nos currículos de Pedagogia e das licenciaturas.
Buscou-se analisar quais são os aspectos mais importantes para que um curso formador de professores tenha qualidade. São elas: capacitação para planejamento de aulas, abordagem de temas atuais relativos à infância e juventude e apresentação de estratégias para a avaliação da aprendizagem. Os estágios supervisionados são considerados menos importantes.
Em relação às competências profissionais, cerca de 65% dos entrevistados consideram que os professores ingressantes trazem ideias novas às escolas. “Reproduzindo uma ideia bastante corrente no senso comum, são os mais jovens e ingressantes aqueles mais animados, esforçados e que trazem ‘arejamento’ ao ambiente escolar”, comenta Gisela.
Dentre os entrevistados, 20% avaliam que os novos docentes desconhecem o sistema educativo e seus problemas. Os educadores observam que os docentes em início de carreira conseguem manter boas relações com todos os membros da comunidade educativa, principalmente com os companheiros de profissão. Cerca de 60% opinam que o tratamento dado a professores novos e antigos é o mesmo; somente 22% do professorado acreditam que a escola protege de certa forma o ingressante.
A porcentagem dos docentes que considera que os ingressantes não têm a mesma vocação que antigamente aumenta com os anos de experiência. De acordo com a pesquisadora que analisou os dados obtidos pela pesquisa, esse resultado surpreende, pois vai de encontro com outras pesquisas realizadas anteriormente, que destacam a capacidade de inovação, interesse e entusiasmo dos ingressantes.
Aprender com a experiência – Os dados gerais da pesquisa mostram que 50% dos professores veteranos não consideram que os novos docentes sejam de certa forma relutantes a aprender com aqueles que já têm mais experiência. No entanto, menos de 20% dos professores em início de carreira compartilham da mesma opinião. “Curiosamente, são os mais jovens na profissão, com menos de três anos de docência, que consideram que seu grupo é resistente a aprender com a experiência dos mais antigos”, comenta a Gisela Wajskop.
Para a pesquisadora, os dados indicam que os educadores recém-formados, entusiasmados com o que aprenderam na faculdade, acham que não precisam aprender com quem já trabalha. 53% dos entrevistados também acreditam que os professores novos devam começar com grupos mais novos, não com turmas antigas.
Também se constatou que 65% dos entrevistados se sentiram amparados pelos colegas de trabalho quando começaram a atuar nas instituições de ensino. A porcentagem é ainda maior se considerarmos somente os professores de escolas públicas. A pesquisa mostra que os professores que estão começando na carreira profissional chegam às escolas com uma série de dúvidas e inseguranças, que, além de ter seus fundamentos na educação específica, advém da educação básica e vivência anterior da pessoa.
Qualidade dos professores – A pesquisa retrata que 72,6% ainda não perderam o entusiasmo que tinham quando começaram a trabalhar, e que 70% recordam com orgulho seus primeiros anos de docência. 83,4% dos professores afirmam que não se entendiam com a direção da escola no começo da carreira, mas acreditam que não lhes eram deixadas as piores classes. Desta opinião compartilham somente 30% dos entrevistados. Mais da metade lembra-se de ter achado, no início da carreira, que a formação recebida na faculdade não lhe servia de nada, mas apenas uma pequena parcela (23,7%) pensou em abandonar a docência. Mais de 90% dos docentes se considera melhor professor atualmente do que antes.
Os fatores que mais de 95% dos professores consideram importantes ou muito importantes para formar um professor com qualidade são, por ordem: o trabalho em equipe (97%), a formação continuada (96,3%), a formação inicial (95,8%), ter oportunidades para seu desenvolvimento cultural (95,5%), os programas de incentivo e desenvolvimento do hábito de leitura (95,4%) e as condições de trabalho (95,3%). Os considerados menos importantes são os relacionados à supervisão, seja no período de estágio ou no início da carreira.
“Saltam aos olhos as opiniões altamente contraditórias quanto aos estágios e práticas supervisionadas, tanto na formação inicial quanto no exercício da docência”, chama atenção Gisela Wajskop. De um lado, 86,5% dos professores acreditam que as etapas supervisionadas são importantes, mas também são altas as respostas que não valorizam essa prática. “Essa contradição revela que há uma idealização de uma prática provavelmente não experimentada por causa da formação generalista e tecnicista dos cursos de Pedagogia”, explica a pesquisadora. Outras pesquisas sugerem que os estágios se reduzem à observação e não se constituem em práticas efetivas.
http://www.pluricom.com.br/clientes/grupo-sm/noticias/2009/10/AF_pesquisa_baixa.pdf