sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quatro fotógrafos abrem sua casa e revelam como expõem seus trabalhos

Fotógrafos ensinam como emoldurar e expor fotos

Reportagem Visual: Aldi Flosi
Texto: Lúcia Santos Gurovitz
Fotos: Valentino Fialdini
Fonte: casa.com.br>detalhes da casa
Valentino Fialdini
Paisagens e imagens de arquitetura preenchem as paredes do quarto do fotógrafo Valentino Fialdini. “Em geral, as pessoas reservam as melhores obras para expor na sala. Eu não. Gosto de ter coisas bacanas no quarto também”, diz. Em frente à cama, a foto em preto e branco mostra as ruínas de Angkor Wat, no Camboja, e a colorida, Petra, na Jordânia. Ambas são exemplos do trabalho artístico que Valentino desenvolve em viagens que faz com a mulher, a designer Dóris Sochaczewski. “Estas imagens em grande formato dão a ilusão de profundidade, como se fossem um espelho”, afirma. As fotos menores surgem em composições com objetos e obras de arte.
Tuca Reinés
Natureza emoldurada
Viajando a trabalho pelo interior do Rio de Janeiro, o fotógrafo Tuca Reinés topou com a paisagem pendurada no canto de leitura de seu apartamento. “Vi o último reflexo da luz do dia batendo em um morro coberto de capim queimado. Pedi que o motorista parasse o carro e corri para o clique”, conta. A imagem foi para o arquivo pessoal do fotógrafo, abastecido por ele em oportunidades como essa, que aparecem em meio à agenda lotada. Depois de montar a foto em uma moldura branca e estreita, sem passe-partout, para uma exposição, Tuca a deu de presente para sua mulher, a designer gráfica Carla Reinés. “As imagens que temos em casa hoje são as que ela mais gosta”, diz.
Lula
Boas lembranças na estante
Durante a produção de uma reportagem para a revista Casa Claudia, em 2005, o fotógrafo Luis Gomes montou uma estante composta de prateleiras em seu estúdio. “Deu um trabalho danado, mas mesmo assim resolvi copiar a ideia em casa”, conta, rindo. A peça aproveitou um canto sem uso, entre a cozinha e a escada para os quartos. No móvel, Lula – como é mais conhecido – apoiou fotos queridas, enquadradas em molduras variadas, sempre com passe-partout. “A moldura dourada, em que coloquei o retrato de minha filha mais velha, Tainá, foi comprada em um brechó”, conta. Pequenos objetos, alinhados mais à frente, ajudam a capturar o olhar para as imagens.
Marcelo Greco
Varal de experiências
Em seu ateliê – um anexo no terreno de casa –, o fotógrafo Marcelo Greco deixa as ampliações com as quais está trabalhando no momento presas em um varal, feito de cabo de aço revestido de plástico. “Olho para elas o tempo todo. Decido qual é o tamanho mais adequado, o tipo de moldura, se elas terão ou não passe-partout. O varal permite essa dinâmica e as imagens podem passar meses penduradas”, diz.

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