Lavagem das mãos deve durar dois "Parabéns a você", diz OMS
Tatiana Pronin
Editora do UOL Ciência e Saúde
Em São Paulo
Você tem ouvido falar muito sobre a importância de se lavar as mãos para evitar a transmissão de doenças, inclusive a gripe suína. Inúmeros estudos comprovam que essa medida simples evita a disseminação de vírus e bactérias e, no caso da atual epidemia, pode até ser mais eficiente (e mais simples) do que usar máscaras cirúrgicas. A questão é: você lava as mãos corretamente?

A consciência pesou? Então saiba que, além de caprichar no sabão (a ponto de espalhar espuma por toda a superfície das mãos), é preciso esfregar muito bem entre os dedos (veja passo a passo sugerido pela OMS) e, se possível, lavar também os pulsos.
A enfermeira lembra que é fundamental tirar os anéis no momento da higienização, pois a sujeira se acumula entre o adereço e a pele. "Para quem trabalha com saúde, a recomendação é nem usar anéis, além de manter as unhas sempre aparadas", diz. Pesquisas comprovam que a lavagem de mãos é a principal medida de prevenção contra infecções em ambiente hospitalar.
Sobre o tipo de sabão mais adequado, não há comprovação de que as fórmulas antibacterianas sejam mais eficazes na prevenção de enfermidades. É o que constatou um estudo feito por pesquisadores americanos, da Escola de Saúde Pública da Universidade de Michigan e o próprio FDA (órgão que regulamenta remédios e alimentos no país).
"Para a maior parte das doenças, o sabão comum é suficiente", explica o infectologista Gustavo Johanson, da Universidade Federal de São Paulo. Ele diz que, em casa, sabonetes em barra podem ser usados. Já em locais de maior circulação e, especialmente, em hospitais, a versão líquida é a única permitida, pois as rachaduras dos produtos em barra podem virar esconderijo de micro-organismos.
Todo mundo aprende desde pequeno que lavar as mãos é obrigatório após o usar o banheiro, ao chegar em casa, após mexer em dinheiro e antes das refeições. Mas, em tempos de gripe, vale reforçar a importância de se repetir a operação depois de um acesso de tosse ou espirro.
"As pessoas levam as mãos à boca ao tossir e espirrar e acabam contaminando os objetos", explica o infectologista Gustavo Johanson, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). É por isso que, além da lavagem frequente, é bom controlar o impulso de levar os dedos à boca e aos olhos, trazendo os germes do ambiente para dentro do organismo.
Veja as recomendações da OMS para lavar as mãos:





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